O mar azulzinho de Panama City Beach, na Flórida, não perde em nada para as águas caribenhas. A cidade já é bem conhecida dos norte-americanos, mas aqui no Brasil infelizmente pouca gente sabe que a 6 horas de carro de Orlando fica uma das praias mais bonitas dos Estados Unidos.
Panama City Beach é banhada pelo Golfo do México – o mesmo que faz as águas de Cancún e de Cuba ficarem com aquele tom azul surreal – e por aí já dá para imaginar que praias bonitas são uma atração que você vai encontrar por lá sem precisar procurar por muito tempo. Panama City Beach está em uma ponta da Flórida que poucos se dão conta que existe: no Noroeste do estado, no próprio continente, e não naquela famosa península que engloba Miami e Orlando. A região, aliás, ganhou um nome dos mais apropriados: Emerald Coast, onde está também a praia linda de Destin.
Ainda no tópico geografia, Panama City Beach está mais perto de New Orleans do que daquela Flórida superlatina, o que quer dizer que você vai se deparar com uma cultura mais próxima da Louisiana do que de Miami, incluindo as comidas, os hábitos e sotaques. Nesse pedaço da Flórida, por exemplo, o passo é mais lento; a pesca é mania e a comida típica é o frango frito, o grits e o gravy (be típicos da Luisiana). O grits é uma espécie de mingau de milho, enquanto o gravy, comum no café da manhã, é um molho feito de farinha, carne de porco, bacon e leite, consumido com os biscuits, espécies de pãezinhos.
Organize a sua viagem:
Panama City Beach concentra, além de areia fina e branquinha e do mar azul e transparente tão tradicionais desse pedaço da Flórida, uma quantidade imensa de golfinhos livres, então é bem provável que você veja, da areia mesmo, golfinhos pulando alegres pelo mar. Com todas essas lindezas naturais, tem muito o que fazer em Panama City Beach, na Flórida. Veja todas as atrações.
Quando é a melhor época para ir para Panama City Beach
A melhor época para conhecer Panama City Beach é no início do outono ou do meio de abril a maio. No verão, a temperatura é mais alta, a umidade é maior e os preços são mais altos. Não faz um frio extremo no noroeste da Flórida – tanto que Panama City Beach conta com 320 dias de sol por ano –, mas de dezembro a fevereiro, a média é de 18 0C. Em março, é o período do spring break e a cidade fica lotada de jovens: se você não quiser ser incomodado com o agito dos estudantes nessa época, evite março. Também fique atento ao período de furacões, que vai de junho a setembro.
Qual é o melhor jeito de circular por Panama City Beach
Alugue um carro. Como a maioria das cidades norte-americanas, Panama City Beach não foi feita para andar de transporte público nem de Taxi ou Uber. Se você vier de Orlando, o melhor é continuar com o seu carro alugado. Já se você chegar no aeroporto de Panama City Beach, saiba que do aeroporto ao centro um Uber custa cerca de US$ 25, por isso, já chegue em Panama City Beach com a reserva do carro, e assim você fica livre para ir de uma praia para a outra sem se preocupar com nada. Recomendo alugar pelo site da Rentcars, um comparador de preços de diversas locadoras, e a vantagem é que você paga em reais, sem IOF, e ainda pode parcelar.
O que fazer em Panama City Beach
Praia central
O litoral de Panama City Beach reúne 43 km de praias, mas para ir logo para o ponto do agito, vá até a praia central, na altura do pier Russel Fields, eleita a terceira praia mais bonita dos Estados Unidos pelo TripAdvisor. É por ali que fica o pessoal jogando futevôlei, batendo papo ou tomando um sol. A praia, aliás, é lugar de jovens, tanto que durante o spring break é dos destinos preferidos dos norte-americanos. Tire logo o chinelo para sentir a areia fininha daquela praia. E não é maneira de falar, não. A areia é tão branca quanto talco e é uma das mais brancas e finas do mundo. A explicação é que ela é formada de cristais de quartzo, que na jornada das montanhas à costa ao longo dos rios, foram sendo branqueados, moídos, alisados e polidos.
Apesar disso, a vista mais bonita da praia não é propriamente da areia, e sim do píer Russel Fields, que avança por 457 metros pelo Golfo do México. Imaginem ver toda a praia de Panamá City Beach praticamente do meio do oceano? É isso. O píer foi construído para os pescadores, mas não tem turista que não vá lá. É preciso pagar US$ 3 para caminhar até a ponta, mas não deixem de ir.
Pier Park
A região do Pier Park é o Downtown de Panama City Beach. Fica bem em frente à praia e é dos mais animados da Flórida. A sensação é de estar dentro de uma história em quadrinhos ou em um cenário de um dos parques da Disney (detalhe: a uma quadra do mar), já que as lojas, restaurantes e bares são todos em casinhas coloridas de tons pastel e contam com fachadas com desenhos e placas em fontes no maior estilo Comic Sans.
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São 124 lojas, e claro que você vai encontrar todas aquelas lojas americanas que a gente gosta: American Eagle, Hollister, Old Navy, além de lojas de departamento como a Target, Dillard’s, JC Penney e Marshalls.
Roda-gigante SkyWheel
A avenida das lojas, a Pier Park Drive, termina na roda-gigante SkyWheel, e mesmo que você já tenha conhecido as principais rodas-gigantes do mundo, não pense que essa é só mais uma. Ela garante vista do mar azulzinho de dentro da gôndola a 60 metros de altura. O ingresso custa US$ 15 e dá direito a quantas voltas a galera achar necessário. É possível também aderir ao combo de duas atrações para, por US$ 28, brincar no Sky Trail, uma espécie de arvorismo que termina em tirolesa, ou no mini golf de 18 buracos. Já se você quiser as três atrações para se divertir nessa área de Panama City Beach, o combo sai por US$ 35.
Milkshake no The Yard
Na área do Pier Park não vá economizar calorias – aliás, nenhuma viagem aos Estados Unidos fica completa sem enfiar o pé na jaca. Então, aproveite os milkshakes superinstagramáveis do The Yard, em frente à roda-gigante de Panama City Beach. Alguns dos milkshakes do cardápio são o The Mint Green Monsters, Birthday Cake Shake e The Mermaid (US$ 14), e só por aí já dá para imaginar a bomba calórica que o aguarda dentro de um copinho nada simples.
O milkshake The Unicorn, por exemplo, é formado por uma combinação de sorvete de algodão-doce batido, servido em um pote com marshmallow, chantilly, “calda arco-íris” e finalizado com um unicórnio de açúcar. Você também pode usar a imaginação e criar o seu, escolhendo entre sorvetes inusitados como de cheesecake, cafe, cookies com peanut butter, key lime pie e blueberry cheesecake e misturar com toppings gordinhos como Oreo, marshmallow, Twix, waffle, chips de caramelo e por aí vai.
As bebidas são lindas, e as combinações no meny são tão exóticas que fica até difícil escolher. Mas me rendi. Cheguei repetindo que eu só iria experimentar, e não é que o milkshake me venceu? O copo esvaziou rapidinho.
Shell Island, a praia mais bonita da região
Não desmereçam Shell Island: ela é o ponto alto de uma viagem para Panama City Beach. É contornada por um mar verde-esmeralda que chega a arder os olhos, e o melhor: ainda não foi descoberta pelos estrangeiros, o que quer dizer que é lugar para curtir aquele mar com os amigos ou em casal, com toda a liberdade para nadar, boiar, mergulhar…
Está a só 20 minutos de barco de Panama City Beach, e só é possível chegar até lá de barco ou jet-ski, em um trajeto que chega a ser emocionante. Com uma cerveja nas mãos, sol batendo no corpo, mar azulzinho e transparente ao redor, música no barco e amigos, eu, teoricamente, não precisaria de mais nada. Mas golfinhos livres pulavam ao redor do barco com aquele sorriso sempre estampado que acaba alegrando ainda mais o dia de nós, humanos.
Shell Island é contornada por um mar absurdamente verde-esmeralda, tão transparente que os golfinhos são vistos a quilômetros de distância. Conseguia avistá-los brincando no horizonte e chegando de mansinho pulando em grupos ao longo do trajeto. A ilha, que forma uma barreira natural entre o Golfo do México e a St. Andrews Bay, é inabitada, ou seja, espere apenas encontrar a natureza e só. Ao longo dos 11 km que se estende a Shell Island, não há prédios, casas, hotéis, guarda-sóis, quiosques, latas de lixo ou qualquer outra coisa que não faça parte da natureza. Por isso, lembre de levar no barco sanduíches, frutas, água, cerveja ou qualquer outro mantimento que você considere importante para o seu dia nesse paraíso. Outra dica: não fique só na beira da praia. Atravesse a ilha para encontrar um banco de areia e um mar digno de Caribe em plena Florida.
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Como chegar em Shell Island
A forma mais barata de chegar é o ferry PCB Shell Island, que sai da Marina Captain Anderson, por US$ 22 por pessoa ida e volta. Mas se você estiver com amigos, a opção mais divertida é alugar um barco privativo da Lagoon Pontoons, que sai a partir de US$ 179 para meio dia, com capacidade para 12 passageiros, e o valor é dividido entre todos (há várias opções de barcos e opção para aluguel pelo dia todo).
Alguns barcos, como o que me levou até Shell Island, contam até com escorregador para ir direto do deque para aquela água superazul. É diversão garantida, e investir nessa forma de chegar a Shell Island faz com que o dia seja daqueles para serem lembrados décadas depois. E não é preciso de muito para isso. Basta navegar até uma ilha deserta, tomando sol enquanto abre uma cervejinha local, ouve música, curte o vento na cara e vê golfinhos pelo caminho.
Jet ski para Shell Island
Fui duas vezes a Shell Island (para vocês verem como vale a pena). No dia seguinte, cheguei com ainda mais estilo: a bordo de um jet ski (por US$ 129 para duas horas). No passeio, também oferecido pela Lagoon Pontoons, cada turista dirige o seu jetski, sempre seguindo o guia. Confesso que eu, que nunca tinha dirigido jet ski e não sou das melhores motoristas, estava com um medinho, mas o guia faz uma boa explicação antes de todos irem a bordo do jet ski – e os nascidos depois de 1988 devem fazer uma prova escrita para testar os conhecimentos.
Nesse tour, a parada na ilha é mais rápida: dura cerca de 20 minutos, Mas tudo bem porque o foco do passeio é outro: ver os golfinhos ao longo do Golfo do México. Enquanto a liberdade ia às alturas, dirigindo o jet ski por aquelas águas azuizinhas, golfinhos pulavam ao meu redor, e eu girava o jet-ski feito barata tonta, só para ir atrás dos tantos que eu avistava de longe graças à transparência daquelas águas. Razão há muitas para eles saltarem sempre felizes soltos naquele cenário.
Outras praias de Panama City Beach
Não é lá muito necessário, mas se quiser mais um cenário para a praia, você pode ir até a Carillon Beach. Por ali, o cenário já não é de jovens pela praia, mas sim de senhores endinheirados moradores da região. Os arredores são pontuados por casinhas graciosas com seus carrinhos de golfe estacionados, que geram aquela vontade secreta de um dia ter uma casa bem ali. A Carillon Beach é perfeita para ter sossego, estender uma canga, ler um livro e passar o fim de tarde ouvindo uma música ou mesmo o som do mar.
O por do sol em Panama City Beach é uma atração por si só, dos mais bonitos do mundo. O horário do por do sol é quase compromisso: é a hora de se programar para estar na praia, em um bar pé na areia ou em uma varanda com uma bela vista. Mas nunca dentro do quarto do hotel. Uma das praias com um por do sol maravilhoso é a Tidewater Beach, onde está o hotel em que eu fiquei, o Tidewater Beach Resort – ResortQuest by Wyndham, melhor descrito como um condomínio de apartamentos onde famílias norte-americanas vão passar férias ou fins de semana e que permite também reservas de turistas por algumas noites. Todos os apartamentos têm vista para o mar, e que vista!
O que fazer em Panama City Beach: restaurantes
Com a cultura da pesca, Panama City Beach é um destino perfeito para comer peixes e frutos do mar, tudo da melhor qualidade. Os restaurantes vão dos mais despojados, para comer um petisco e tomar um drinque de frente para o mar, até os mais elegantes. Seja qual for o seu estilo, escolhendo esses restaurantes, não tem erro.
The Grand Merlin of Panama City Beach
O restaurante, de frente para a Grand Lagoon, é elegante. O chef premiado Gregg McCarthy traz uma seleção de frutos do mar frescos da região, e as especialidades – as lagostas e ostras – são servidas em temperos como vinho tinto, molho de espinafre ou manteiga de barbecue. As especialidades de frutos do mar saem de US$22 a US$ 39.
Pompano Joe’s
Em frente à praia central, é todo alegrinho, com cadeiras e mesas coloridas. É perfeito para comer camarões e lulas fritas, caranguejo e outros frutos do mar em estilo caribenho acompanhados de coquetéis tropicais (como Piña Colada, Cuba Libre…) em mesinhas ao ar livre de frente para o mar. Os petiscos saem por volta de US$ 13, os pratos a cerca de US$ 18 e os drinques, por US$ 10.
Andy’s Flour Power
O restaurante fica aberto só durante o café da manhã e o almoço, e é adorado pelos norte-americanos para um brunch. Foi premiado como melhor café e padaria da cidade, e os pratos, claro, são fartos e deliciosos, como os waffles, muffins e omeletes (US$ 7,95) cheios de recheio. Para acompanhar e entrar no clima de festa logo de manhã, são oferecidos coquetéis como mimosa, breakfast Martini e bloody mary.
Saltwater Grill
O restaurante é sofisticado, enfeitado logo na entrada com um imenso aquário. Oferece frutos do mar do Golfo do México frescos e macios, e algumas sugestões testadas e aprovadas são o bolo de siri, o atum selado e o peixe grouper, típico da região e acompanhado de carne de siri ( os pratos saem uma média de US$ 28). O restaurante também é um bom lugar para provar pratos típicos da Louisiana, como o camarão com grits (US$ 24).
Liza’s Kitchen
Fica ao lado de uma loja de surf, a vibe do restaurante é bem essa. Todo colorido, com estilo havaiano, serve sanduíches, eggs benedict, biscuits e gravy, bowls de cereais e smoothies naturebas, como um que mistura sementes de cannabis, de abóbora e proteína de cúrcuma batidos em leite de amêndoas.Os shakes saem de US$ 7 a US$ 10, os toasts custam US$ 5 e US$ 6, e os bowls, US$ 9 e US$ 10.
Firefly
Esse restaurante elegante já serviu seus frutos do mar, steaks e sushis inclusive para a família de Barack Obama. Tem ambiente romântico, enfeitado por uma árvore em um quintal, e serve recriações de sushis e pratos à base do peixe grouper. Dica: não deixem de provar os pratos japoneses. Os makis custam cerca de US$ 14 e os rolls, US$ 12. Já os pratos de peixes e frutos do mar custam por volta de US$ 30.
Runaway Island
O restaurante na beira da praia tem um deque despojado. É ótimo para passar uma tarde com os amigos ou em casal, comendo frutos do mar frescos e tomando coquetéis bem criativos olhando aquele mar azulzinho na frente. Os pratos saem cerca de US$ 26.
Hotéis em Panama City Beach
Me hospedei no Tidewater Beach Resort – ResortQuest by Wyndham e recomendo. É um condomínio onde famílias norte-americanas têm apartamentos, mas permite também reservas de turistas por algumas noites. Isso quer dizer que você ficará na frente do mar, a cinco minutos do Pier Park, e em acomodações com jeito de moradia, super equipadas. Podem ter de um a três quartos, têm sala, cozinha, incluem todas as utilidades domésticas (como TV, máquina de lavar, fogão, etc.) e a vantagem de acordar de frente para o mar verde-esmeralda. Dica: tente pegar os andares mais altos para ser presenteado com um visual absurdo do mar diretamente da sua sala. É preciso reservar um mínimo de duas diárias, e o preço é para até quatro pessoas no apartamento.
Outra sugestão, para um outro estilo de hospedagem, é o hotel HolidayInn, que fica em frente à praia, e tem aquela boa estrutura típica de resort. Tem seis opções de bares e restaurantes, academia, spa, jardins, piscina com cascata , jacuzzi, parque aquático e sala de recreação para as crianças.
*Viagem a convite do VisitFlorida. O conteúdo é independente, baseado na opinião livre da autora.
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