Cheguei em Cape Town depois de dirigir por cerca de 1000 km pela Rota Jardim e Oudtshoorn. Depois do roteiro de 15 dias de uma viagem pela África do Sul, agora conto o que fazer em Cape Town em um roteiro de quatro dias.
Veja mais:
Capetown: o que fazer
Roteiro em Cape Town: dia 1
MANHÃ
O que todo mundo quer mesmo é ver a Table Mountain, certo? Dessa forma a dica é ir logo de cara, como um primeiro passeio em Cape Town, para entender de vez a cidade e ver lá de cima a famosa praia de Camps Bay e a praia do lado, Clifton, cheia de mansões e gente chique.
Assim sendo, o melhor é acordar cedo para chegar lá logo que abre. A fila é gigantesca em qualquer hora do dia, e dessa forma vocês pegam um pouco menos de fila.
Preparem-se para enfrentar umas duas horas de pé, mesmo comprando o tíquete com antecedência no site oficial (esse é mais um jeito de pegar um pouco menos de fila).
Outra ideia é ir no fim da tarde, como gosta de fazer o pessoal de Cape Town. No verão dá para aproveitar que o último bondinho parte às 19h, e então subir à Table Mountain no por do sol. Em seguida, o pessoal faz piquenique e leva até champanhe para brindar o cenário e a boa vida da cidade.
O negócio é não ter hora para ir embora para ficar por lá vendo a vista. E quando saírem, uma dica é passar em outro morro a dez minutos dali: a Signal Hill. Não tem multidão para disputar a vista e você ainda consegue ter um visual privilegiado: ver a Table Mountain.
Jardim botânico da Cidade do Cabo (jardim de Kirstenbosch)
Nos pés da Table Mountain está mais uma atração turística: o Jardim Botânico Kirstenbosch, mais um ponto para ver a Table Mountain de um outro ângulo. Por ser pertinho, o melhor é ir logo depois de descer da montanha. Não é daqueles jardins botânicos imperdíveis no mundo, mas é bonito ver a Table Mountain debaixo e rodeando a profusão de proteas, a flor símbolo da África do Sul.
Cerca de 9 mil das 22 mil espécies de plantas do Sul da África crescem ali. No verão, os gramados de Kirstenbosch ficam lotados. Um palco é montado para shows ao ar livre e o jardim botânico vira mais um passatempo das famílias de Cape Town.
TARDE E NOITE
Depois da Table Mountain e do Jardim Botânico, vai sobrar tempo o suficiente para ficar pelo Victoria & Albert Waterfront, ponto turístico de Cape Town tão importante quanto a Table Mountain. É imprescindível na lista de o que fazer em Cape Town.
É um antigo porto revitalizado que deu lugar a um centro com restaurantes, cervejarias com shows de jazz, uma série de lojas de artesanato elegante e um grande shopping perfeito para conhecer marcas locais e bisbilhotar grifes internacionais.
É do waterfront que parte o ferry para um dos pontos mais procurados pelos turistas: a Robben Island, a ilha-presídio onde Nelson Mandela ficou preso e hoje está transformada em museu — se quiserem visitar é bom comprar o ingresso com bastante antecedência. Nas duas vezes em que fui para Cape Town não consegui ir até lá.
A noite não vai muito longe
Apesar do agito noturno do waterfront, a noite não vai muito longe. Depois das 23h, as lojas já estão fechadas e os restaurantes, mais vazios. Aí o que pega então é a Long Street, o endereço dos bares e baladas. É mais underground e menos chiquezinho que o Waterfront, então se preparem para uma Rua Augusta sul-africana. Mesmo se você não você não for da noite, não ignore a rua porque é essencial ir lá também de dia.
Ela aglomera uma série de casas em estilo vitoriano, com sacadinhas de ferro fundido, que são lar de antiquários, sebos e pequenas lojas de moda local moderninha. Dá para achar colares, bolsas e sapatos que só você vai ter no mundo!
Na altura da Long Street com a Shortmarket Street, são 700 metros até Bo-Kaap, o Pelourinho de Cape Town. O bairro de muçulmanos é uma graça com casinhas lado a lado pintadas cada uma com uma cor vibrante, do amarelo ao vermelho e ao verde.
Roteiro em Cape Town: Dia 2
Passeio de dia inteiro para o Cabo da Boa Esperança
Um dia inteiro no seu roteiro deve estar reservado para ir ao Cabo da Boa Esperança, a 70 km de Cape Town. É alcançado por uma das estradas mais cênicas do mundo: a Chapman’s Peak Drive, que vai cortando por 114 curvas os costões ao longo do Atlântico, e de tão linda causa uma vontade incontrolável de parar a cada curva para fotografar.
Na minha primeira vez na África do Sul, segui por ela e é realmente maravilhosa. Como a estrada vai contornando o mar, se tiver um pouco de neblina, o governo já fecha a estrada.
Foi o que aconteceu comigo na minha segunda vez na África do Sul, e acabei dirigindo até o Cabo pela M4. Enfim, caso a Chapman`s Peak esteja fechada e você não tenha mais dias disponíveis para trocar o roteiro, pode ir também por essa rota alternativa que vai cortando as montanhas.
Se você for pela Chapman`s Peak vai passar primeiro pela praia de Hout Bay, onde vale a pena parar. Tomei um suco natureba na casa de sucos em frente e uma pinã colada no bar Chapmans Peak, que tem uma vista maravilhosa e gente cheia de classe. Ali é “O: lugar para comer frutos do mar junto de um drinque colorido e com um baita panorama de Cape Town.
E não para por aí
Depois, você passará por Hout Bay, de onde parte um ferry que, em um passeio de 40 minutos, rodeia a ilha das focas, habitada por milhares desses bichinhos simpáticos e barulhentos. É interessante, mas não é o auge do passeio.
Nas aulas de história todo mundo já aprendeu sobre o Cabo da Boa Esperança. Essa península rochosa foi o primeiro ponto onde chegou o navegador português Bartolomeu Dias, em 1488, ao tentar alcançar às Índias Orientais.
Até há um museu lá lembrando o feito, mas os turistas não estão nem aí. O que importa mesmo é a bela paisagem. A região hoje é um parque nacional e não mudou muito desde a descoberta há 600 anos. Prova disso é que você vai ver os avestruzes e babuínos dando uma espiada pela beira da estrada que corta o parque.
A ventania enfrentada por Bartolomeu Dias também continua lá – tanto que por isso que o lugar foi primeiro apelidado de Cabo das Tormentas.
O que foi acrescentado é um funicular que sobe ao morro Cape Point, um mirante natural para testemunhar a mistura do Oceano Atlântico com o Índico.
Para assistir a esse cenário surreal com calmaria, sem disputas pelo espaço e pela foto, peguei uma mesa no Two Oceans, o restaurante de nome sugestivo na área do parque, todo envidraçado e suspenso sobre as águas.
Boulder’s Beach
Só guarde tempo, antes ou depois do Cabo, para a praia no caminho a Cape Town, que é uma das atrações mais bacanas de todo o país: a Boulder’s Beach.
Assim sendo, ela é habitada por uma colônia de 3 mil (!) pinguins e, para preservar a tranquilidade e o ambiente dessas aves desengonçadas, uma passarela de madeira foi construída sobre a areia como caminho.
Roteiro em Cape Town: dia 3
Passeio pelas vinícolas perto de Cape Town
O terceiro dia no seu roteiro de quatro dias em Cape Town pode ser dedicado às vinícolas nos arredores. Os distritos são Constantia, Franschhoek, Paarl e Stellenbosch. Todos ostentam casas senhoriais superelegantes e a produção de vinhos reputados.
Se ficar em dúvida, prefira ir a Stellenbosch, cidadezinha fundada em 1679 por holandeses. Conta com um centro histórico cheio de lojas de artesanato e casas brancas que são uma graça.
Mas o que importa são as vinícolas: há 330 na região. Fui em várias e neste post indiquei as melhores vinícolas para vocês conhecerem:
Veja aqui as melhores vinícolas perto de Cape Town
NOITE
À noite fui ao restaurante de comida típica Gold. É uma experiência gastronômica que vale muito a pena o investimento: .Você pode escolher apenas o menu degustação (com 14 pratos) ou o menu com aula de música (a minha escolha).
Nesse caso, ao chegar ao restaurante cada um ganha um tambor na para batucar junto com os músicos por cerca de meia hora.
Também tive a testa e as bochechas pintadas com desenhos de flores e, entre um prato e outro, dançarinos animados chegavam à mesa cantando e dançando.
O menu, que muda constantemente, é um safari gastronômico que passeia por toda a África. O garçom do Burundi levou à minha mesa os 14 pratos do menu, de salada de avestruz da África do Sul a feijão nigeriano e gazela namíbia, com direito a sorvete de cardamomo como sobremesa.
Entretanto, no fim, ninguém queria ir embora. Desse modo os turistas subiram no palco e ficaram lá dançando e cantando com os músicos até não ter mais jeito e o pessoal ter que fechar o restaurante.
Roteiro em Cape Town: dia 4
Passeio de Side Car e compras no Waterfront e na Long Street
MANHÃ:
Sai do hotel de um jeito diferente. Não era o motorista do Uber que me esperava, mas sim um motorista de moto com o cachorro Buddy.
Era dia de fazer um passeio nos arredores de Cape Town a bordo de um sidecar (dispositivo preso na lateral de uma moto).
Dessa maneira, equipada com uma uma jaqueta de couro vermelha e um capacete oferecidos pela empresa (a Cape Sidecar), eu me achava a própria Penélope Charmosa.
Em seguida, em um roteiro de duas horas, eu e o Buddy, o cachorro que às vezes faz companhia no passeio, chegamos em praias menos conhecidas, como a Bloubergstrand, com uma vista linda para a Table Mountain.
A empresa, a Cape Side Car, tem vários roteiros. Na minha outra vez na África do Sul, inclusive, fui com eles até a Table Mountain.
Mas se é para sentir o vento bater no rosto ser o centro das atenções no trânsito e passar pela beira de praias bonitas, o roteiro até a Bloubergstrand valeu mais a pena.
TARDE E NOITE:
Depois, fui de novo ao Waterfront. Assim sendo, é bem provável que você também queira voltar lá, para aproveitar restaurantes que não deu tempo de ir e comprar artesanato e lembrancinhas que faltaram.
Almocei em um dos restaurantes mais gostosos (e disputados) por lá: o Cape Town Fish Market, que serve poke, sashimis, frutos do mar e drinques chamativos em mesas sobre a areia – mesmo sem praia por ali.
Para finalizar os dias em Cape Town, o fim de tarde foi nas lojinhas da Long Street, o endereço com ainda mais lojas de artesanato do que o Waterfront. Tem mais opções de bolsas, colares, canecas e até sapatos. É mais barato, mas a qualidade não é tão boa quanto as lojas do waterfront.
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