Era só eu dizer para os meus amigos e parentes que eu ia viajar para Belize para que eu recebesse um monte de perguntas. “Belize é um país? É uma ilha? Onde fica Belize?”, foram algumas das perguntas que eu ouvi. Então, vamos às respostas: Belize é país e, apesar de ser tão perto, é discreto mesmo. Fica na América Central, entre a Guatemala e o México. Faz fronteira com a Península de Yucatán (aquela onde está Cancún, lembram?) e só por aí já dá para imaginar o mar maravilhoso que banha Belize e as 200 ilhas (!!) que fazem parte do país.
O país é repleto de corais
Além de ser cercado pelo azulzinho Mar do Caribe, Belize é endereço da segunda maior barreira de corais do mundo.
É um paraíso para quem mergulha com cilindro. Confesso que eu também não sabia muito e, quando fui pesquisar, só conseguia ter olhos para o Blue Hole: é uma caverna vertical sob aquele mar azul-turquesa bem conhecida do pessoal que ama mergulhar.
É para os mergulhadores com carteirinha e custa cerca de US$ 400, então acabei não conhecendo. Nadei com snorkel em outra área, a Silk Caye, e só com o snorkel eu já consegui nadar do lado de tartarugas, tubarões e arraias, então com cilindro deve ser um cenário surreal.
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Os corais eram tantos que a impressão era de que eu estava no meio de uma floresta submarina roxa, verde e vermelha.
E querem saber? Vi mais corais nadando com snorkel em Belize do que quando mergulhei com cilindro na Grande Barreira de Corais, na Austrália.
Isso é porque a barreira da Austrália é a maior, mas a de Belize é a maior barreira de corais vivos do mundo.
Leia Mais:
- Como chegar a Belize
- Praias de Belize
- O que acontece quando poucos conhecem Belize
- Onde ficar em Belize
O mar é lindo mesmo e o mergulho é fantástico. Mas Belize não é só isso. Ainda tem ruínas maias em todo canto, muitas florestas (50% do país é área de proteção ambiental) e uma população bem alegre. Ao contrário do que se pensa, lá o pessoal não fala espanhol: o idioma é o inglês porque Belize foi colônia inglesa. E os belizenhos são mais parecidos com os jamaicanos: usam dreads no cabelo, ouvem reggae, tocam a batucada africana e estão sempre com sorriso no rosto.
Como é Belize
Conhecer Belize é estar em um Caribe autêntico. Eu me sentia viajando por um cenário como deveria ser Aruba, Cancún e a República Dominicana uma centena de anos atrás, bem antes da chegada dos turistas.
Em Belize, não tem multidões, grandes cadeias de hotéis, resorts cheios de piscinas, baladas de reggeaton, placas luminosas nem restaurantes americanizados. O negócio é curtir a natureza sem pompa.
As casas são bem simples e tão espaçadas a ponto de ter uma aqui e outra lá, a dezenas de metros adiante. É assim até mesmo em Belize City, a maior cidade, com meros 85 mil habitantes – tanto que mal sabia eu se estava na estrada ou se já havia entrado na cidade. É tudo bem simples.
O passeio mais famoso de Belize: snorkel na Grande Barreira de Corais
Ou seja, não espere uma infraestrutura do tipo Cancún, mas sim, ver praias bonitas, conhecer muitas culturas (Belize mistura os povos descendentes dos maias, espanhóis, africanos e caribenhos) e ficar em meio a muito verde!
Belize conservou tanto os parques nacionais e florestas que o mapa do país é uma mancha verde no Google Maps. Eu ficava impressionada com a quantidade de bosques e florestas.Tudo isso em uma terra do tamanho de Sergipe, o que fez com que em um dia eu estivesse de biquini em uma ilhota absurda de linda, e em outro renovando a alma em cachoeiras e nadando em um poço de água azul cercado pela mata.
Ruínas maias de Belize
Belize foi foi lar dos maias lá atrás, por volta do ano 1.000 a.C e, por isso, é endereço de 28 sítios arqueológicos (18 deles estão abertos aos turistas).
Desembarquei no aeroporto internacional em Belize City com o voo da Copa que sai de São Paulo e faz uma conexão de bem rápida, de uma hora no Panamá.
A Copa Airlines é a melhor opção para ir para Belize, já que a outra forma é ir até os Estados Unidos e perder dois dias de viagem (leia aqui sobre como é o voo da Copa).
Sobre os sítios arqueológicos
Do aeroporto, o sítio arqueológico maia mais próximo é o de Altun Ha, a 45 minutos de distância. Assim que desembarquei, fui direto para lá.
Não é tão famoso nem tão grande quanto o Caracol, onde viviam de 30 a 60 mil pessoas e localizado a quatro horas do aeroporto, mas dizem que Altun Ha foi a cidade mais rica de todo o mundo maia, graças a uma jade imensa descoberta na região e a outras 300 peças da pedra preciosa encontradas em em uma única tumba.
Altun Ha serviu como moradia do ano 250 a.C até ser abandonada no século 11. Dizem também que Altun Ha teria sido um centro de trocas (já que não tem Jade em Belize) e a cidade maia mais pacífica do país porque é a única sem evidência de sacrifícios.
Mais uma curiosidade: os historiadores acreditam que 2 milhões de maias viveram em Belize e hoje o país tem só 366 mil habitantes.
A entrada custa US$ 5 e não tem nada daquela lotação que a gente vê em Cancún. Isso é o mais legal porque assim dá para subir nos templos (eu estava chamando de pirâmide e o guia me explicou que eu tenho que chamar de templo) e sem seguranças chamando a atenção, gente disputando a foto e barulho dos turistas.
Belize é diferente de outros destinos da América do Sul
Alguns meses antes de eu conhecer Belize e toda a extensão de seu país, eu tinha ido para Teotihuacan, as pirâmides perto da Cidade do México, e passei por tudo isso: tive que ver as pirâmides rapidinho, correndo de um segurança porque o parque estava para fechar.
Em Belize, todo mundo tem tempo de sobra para apreciar a construção, o silêncio e ficar imaginando como era o lugar séculos atrás.
Fora um ou outro morador que resolveu passear por Altun Ha, eu tinha um sítio arqueológico todo só para mim e podia subir no templo que eu quisesse.
A vista do topo de todos é espetacular, formada pelas “pirâmides” salpicadas no meio de uma floresta, mas se você só tiver fôlego para subir em um, vai a dica: o melhor visual é o do Temple of Masonry Altars.
Ele é tão importante que você sempre o verá durante a viagem, estampando o logo da Belikin, a cerveja do país.
O que fazer em Belize City
De Altun Ha fui para Belize City, que não tem a mínima cara de metrópole. É a capital comercial, mas a capital do país é Belmopã, cidadezinha com só 11 mil habitantes.
Em Belize City, fiquei hospedada no gostoso Bed&Breakfast Villa Boscardi, a uma quadra do calçadão (Belize fica no litoral, mas não tem faixa de areia) em um bairro residencial, o Buttonwood.
Turismo em Belize
Não esperem muitas atrações em Belize City. Ela é usada mais como base para ir para as ruínas mais ao redor.
Assim, na cidade, é ponto turístico o letreiro colorido escrito Belize e a rua de comércio popular Albert Street, no downtown de Belize City, perto do porto aonde chegam os cruzeiros.
Quem chega em cruzeiro e só tem um dia em Belize City costuma ir para Old Belize, que é a praia mais próxima da cidade. Quem fica mais tempo no país, tem a chance de ir para praias mais bonitas.
Como é a gastronomia em Belize
Aproveitei a “cidade grande” para conhecer a gastronomia belizense, que é uma oportunidade de provar temperos caribenhos e africanos.
Principais restaurantes- Bird-s Isle
Um oásis na cidade é o restaurante Bird’s Isle, a única construção de uma ilhota colada a Belize City, que serve os pratos sob um grande quiosque cercado pelo mar.
Pedi um ceviche (é delicioso, e bem apimentado, o ceviche de Belize) e uma cerveja Belikin para finalmente prová-la.
Você sabia? Dá para sair de São Paulo às 6h30 da manhã e às 13h já estar em Belize. O voo é com a Copa Airlines
Entre as opções de acompanhamento para os peixes, o cardápio trazia o beans with rice e o rice & beans. Achei que era um erro no cardápio, mas é nada.
Apesar da esquisitice, são dois pratos típicos de Belize: o primeiro é o arroz com feijão como conhecemos por aqui, isto é, com o feijão ao lado ou em cima do arroz. Já o rice & beans é um arroz cozido no caldo do feijão junto com leite de coco.
Uma ideia que deixou o prato bem gostoso. Comi o rice&beans e um filé de peixe como prato principal, enquanto eu ouvia o barulho do mar. A melhor hora para estar lá é durante o por do sol, mas sigam a dica: se passe muito repelente!
Riverside Tavern
Outro restaurante ótimo onde comi em Belize City é o Riverside Tavern. Com estilo de bar de esportes, é frequentado pelas famílias na hora do almoço e pelos jovens durante o happy hour.
O menu é completíssimo e tem de hamburgueres a massas, mas o carro-chefe da casa, e do país, é a lagosta (US$ 15).
A lagosta em Belize é realmente diferente e saborosa como em nenhum outro canto do mundo. Tanto que ela é exportada para os Estados Unidos, e inclusive, é a que você come quando pede lagosta na rede Red Lobster.
Um restaurante mais chiquezinho é o Thisty Thursday. Nesse acabei não indo só porque não deu tempo, mas foi um morador de Belize que me indicou.
*Viajamos a Belize patrocinados pela Copa Airlines, que voa para Belize a partir de São Paulo, com conexão na Cidade do Panamá
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