York, na Inglaterra, é daquelas que têm tudo o que você espera de uma cidade medieval: muralhas, uma catedral exuberante do ano 630, ruelas labirínticas, casinhas de madeira da Idade Média, ruas estreitas de paralelepípedo e até uma antiga rua Viking. E York não desaponta. É das mais bonitas cidades do Reino Unido – o que, convenhamos, não é pouca coisa.
Séculos depois de erguidas todas essas construções, York preservou o clima à la Game of Thrones ou Harry Potter. Tanto que uma das ruas da cidade, a Shambles, inspirou o cenário do Beco Diagonal no filme de Harry Potter. É das grandes atrações de York e merece mais de uma hora de passeio – mesmo tendo só cerca de 120 metros.
Onde fica York
A cidade de York, no Reino Unido, está a só duas horas de trem de Londres. É pertinho, mas ainda assim não recomendo só como um bate e volta: fiquem pelo menos uma noite porque tem muito o que fazer na cidade cheia de história, fundada pelos romanos em 71.
O trem sai da estação King’s Cross (o que deixa a viagem com ainda mais clima de Harry Potter) e, caso você vá para outras cidades do Reino Unido de trem, é uma boa fazer o BritRail Pass, que dá direito a trens ilimitados. Usei nessa viagem e também quando fiz uma rota de Edimburgo a Londres de trem, passando por Glasgow, Bristol, Bath e Manchester (dica: vocês podem fazer essa rota e incluir York na viagem). Com o BritRail é só chegar na estação e mostrar o seu passe – e uma boa vantagem é que você não fica preso ao horário do trem pretendido. Caso queira passar mais algumas horas em uma das cidades do seu roteiro, sem problemas: basta pegar o próximo trem.
A estação de trem de York é bem localizada, como a maioria das estações principais europeias. Está do lado de fora das muralhas, mas a poucos passos da cidade antiga. Escolha um hotel dentro ou próximo das muralhas, e pronto. É só deixar as malas e sair para passear.
Organize a sua viagem:
O que fazer em York, na Inglaterra
Catedral de York
Para chegar à catedral é só ir seguindo ao longo das muralhas. Você vai passar por casas de chá que expõem bolos nas vitrines que são uma perdição. Tem para todos os gostos: com três andares, com frutas vemelhas, escorrendo calda de chocolate… é impossível não parar em uma delas.
Vencidos os doces exibidos lindamente no seu caminho, é só dar mais alguns passos e você vai enxergar a catedral. É uma das mais altas da Europa. Está construída sobre um antigo forte romano, de 2000 anos, e por isso, não deixe de descer ao sbsolo para ver uma exposição esclarecedora sobre a história.
Ali, arqueólogos encontraram ainda camadas posteriores, da época anglo saxônica e dos vikings (ver de quando era). Ainda dá para ver uma fonte romana daquela época jogando água e objetos antiquissimos cheios de aura, como um mural que enfeitava as paredes 1600 anos atrás e um livro de 1000 anos (!) escrito em 1020 por monges anglosaxões que conta a história de Jesus.
Outra dica é subir até o topo da Catedral de York, o ponto mais alto da cidade. É pago à parte, mas é um valor que realmente vale a pena. A escadaria, entretanto, não é muito indicada para claustrofóbicos ou idosos: são 275 degraus que seguem por por dentro da antiga torre, apertada e ora escura.
Apesar disso, não existe caos algum de gente subindo e descendo, justamente porque os tours ao topo são bem organizados, com horários marcados. Do alto, uma vista de 360 graus a céu aberto mostra toda York, desde a área medieval até a parte moderna, com a famosa universidade da cidade. Você vai ver o quão arborizada é a cidade, e o visual fica ainda mais bonito no outono, quando as folhas coloridas acabam colorindo também o panorama da cidade de York.
Leia mais:
Shambles, a rua do Harry Potter
A rua The Shambles, que inspirou o cenário do Beco Diagonal (área de compras para bruxos), no filme de Harry Potter, faz os turistas sentirem mesmo que estão dentro do filme. As casas são dos anos de 1350 a 1475, tortas e com tetos de madeira. Não deixem de explorá-las porque cada uma é uma surpresa. Na Potions Cauldron, por exemplo, o clima de bruxaria é total. O atendente, de jaleco branco, fica atrás de um balcão e de uma máquina registradora com todo o jeito de cientista, vendendo itens como a poção da invisibilidade, o shot of magic, o bath explosion portion e o basilik blood. Não se assustem: são sabonetes, espumas de banho, hidratantes, limonadas, cafés e bebidas alcóolicas.
Outra boa loja para entrar é a de fantasminhas feitos à mão, a York Ghosts Merchant. Eles são típicos de York, tem vários tamanhos e são bem coloridos. O artesanato é um legado dos tempos da York antiga, quando a cidade ficou conhecida por lendas de fantasmas. Hoje em dia, as miniaturas costumam ser presenteadas como objeto de sorte ou mesmo em casamentos e aniversários. Perguntei o material de que são feitos, mas, mantendo o clima Harry Potter, a atendente me disse que são secretos.
Já a loja mais disputada da Shambles é a The Shop that Must Not Be Named. O nome é ótimo, e a qualidade não fica só no título. Vende tudo o que os fãs quiserem: de canecas de cada escola a bolas de quadribol, figurinos e varinhas mágicas. E é coisa séria. Os atendentes desta loja de York, na Inglaterra, ficam a postos para explicar a diferença entre as varinhas e qual é a melhor para cada cliente. No curto tamanho da Shambles, há ainda uma concorrente para a The Shop That Must Not Be Named: a World of Wizardry, o que quer dizer que vocês podem comparar preços de capas da Hermione, de cadernos de Hogwarts ou de varinhas mágicas. Enfim, nem é preciso ir para Orlando para comprar as varinhas.
York’s Chocolate Story
Depois que você atravessar a Shambles vai cair na rua onde fica a York’s Chocolate Story, loja com um tour guiado que, como o nome diz, conta a história do chocolate em York. Enquanto as cidades do norte da Inglaterra tinham uma economia baseada na lã, no algodão e no ferro, York, na Inglaterra, fez história com o chocolate, especialmente por conta das fábricas Terry’s e a Rowntree’s, que começou em 1881 e agora é parte da Nestlé. Você pode nunca ter ouvido falar da Rowntree, mas o chocolate produzido por ela você com certeza conhece: o Kit Kat. Hoje em dia, 3,5 milhões de Kit Kats são produzidos em York por dia.
Na entrada, a York’s Chocolate Story é só uma simples loja de chocolate. Não desanime, porque o tour, sempre guiado, é cheio de interatividade, cenários e efeitos especiais. Vou contar um segredo: eu não gosto de chocolate e, mesmo assim, achei o tour muito bem feito. Somos guiados por várias salas iterativas. Uma delas, por exemplo, traz quadros de parede animados onde cada produtor conta a história do seus chocolates.
Você também vai aprender a forma certa de degustar e determinar um bom chocolate, além de brincar em uma simulação digital em uma fábrica de chocolate em que cada visitante é responsável por uma parte do processo. O tour termina com a produção de um chocolate por pessoa, com direito a escolher os enfeites, entre granulados, crunchs, etc.
A entrada não é barata: custa 12,50 libras, mas a atividade está incluída no York Pass, que dá direito a 40 atrações da cidade (e até um restaurante de massas – não é comum os passes de atrações incluírem até refeições) por 50 libas para dois dias.
Fairfax House
A Fairfax House era a moradia de inverno do abastado Viscount Fairfax. Ele comprou a casa georgiana para a filha Anne em 1759 e renovou inteira de modo bem suntuoso. York, aliás, era o ponto de enconto da sociedade rica do interior porque chegar a Londres era muito caro. A visita começa na livraria, assim como para todos os visitantes que chegavam à casa.
Na visita é interessante ver os móveis da época, como escrivaninhas, porcelanas, a mesa de jantar e os quartos, e deixar a imaginação ser levada ao século 18. Em cada cômodo, simpáticas senhoras voluntárias ficam à disposição para contar curiosidades sobre a vida na épcoa e especialmente do senhor Fairfax.
Jorvick Viking Center
É uma atração imperdível de York, na Inglaterra. Não vá pensando que é um museu como qualquer outro. A visita começa no maior estilo Disney. Os visitantes entram em carrinhos equipados com telas e alto-falantes e são levados a um passeio pela antiga Coppergate, a rua onde está o museu e habitada pelos vikings, dos anos 800 a 1050. Em 1066, cerca de 15.00 pessoas viviam em Jorvik, fazendo da agora York, na Inglaterra, a segunda cidade mais importante do país.
O carrinho passeia por cenários hiperrealistas, assim como os personagens em suas atividades diárias, que mostram por meio de tecnologias de animatrônica, a vida na época. Como um fantasminha que volta no tempo e observa a vida Viking, podemos olhar os caçadores com suas túnicas de lã, os comerciantes árabes, os comerciantes de escravos, os cachorros que não raro acompanhavam os moradores, entre outros personagens e cenas.
Se a atração terminasse aí já teria valido a pena. Mas, é depois da volta no carrinho que começa o museu propriamente: com 40 mil objetos para ver. No século 10, Jorvik era um lugar ovimentado com pessoas chegando de todo o mundo para ficar, trocar ou visitar, e os artigos do museu mostram o quão multicultural era York na epoca. Estão ali por exemplo, armas do ano 793, sedas de Bagdá (já qu os vikings tiveram relações comerciais com a Ásia Central, o Mediterrâneo e a região do Mar Vermelho), pins de Dublin e armas da Escandinávia.
O exato local onde era a vila de Coppergate é o atual endereço do museu. Mas, a não ser pelos cenários recriados dentro do Jorvick Viking Center, o endereço agora está um tanto quanto transformado. É uma rua de lojas e ganhou um nome mais apropriado: Coppergate Shopping.
Onde ficar em York, na Inglaterra
O hotel em que eu me hospedei em York é o Principal York, e recomendo. Fica colado à estação de trem, em frente às muralhas e a cinco minutos da cidade antiga. Pela descrição, já deu para entender o quão prático é se hospedar nesse hotel. Além dessas vantagens, o Principal York Hotel é imponente, com 155 quartos que se espalham por um edifício de arquitetura vitoriana, que chega a parecer um palácio. O interior é clássico, assim como os quartos – e, detalhe, muitos têm inclusive vista para a catedral.
Outro destaque desse hotel em York, na Inglatera, é o café da manhã, servido em um salão iluminado e agradável, com vista para os jardins. É ali também o chá da tarde cobrado à parte para quem quer fazer como os ingleses e seguir a tradição mais famosa da Inglaterra.
Mais sugestões de hotéis em York são o Park Inn by Radisson York City Centre, de estilo moderno, e o mais econômico Ibis York Centre, a 600 metros da estação de trem.
*Viagem a convite do VisitBritain. O conteúdo do post é independente, baseado na opinião livre da autora.
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2 comentários
adorei este post sobre York..Estou fascinada por esta cidade.
Oi Renata! Que bom que você gostou 🙂 a cidade é realmente maravilhosa e tem muito para fazer. Você vai gostar!