O que fazer em Berlim é relativo. Pode ser que você tenha quatro dias em Berlim, pode ser que tenha um ano na cidade e pode ser que você não queira os passeios famosos, daqueles que todo turista faz. Independentemente de quanto tempo ficar em Berlim, sempre vai ter o que descobrir por lá. Morei um ano em Berlim e a cidade não é daquelas que apaixona logo de cara. Para isso, você tem que descobrir Berlim e saber os lugares certos onde ir.
Isso é coisa que só os moradores sabem: tem aquele restaurante escondido embaixo de um viaduto, o bar atrás de um gramado, o ponto com a melhor vista da cidade e passeios bem diferentes. Por isso, separei os passeios em Berlim e dicas de o que fazer em Berlim para todo mundo.
Os 10 passeios essenciais são para quem nunca foi para Berlim e quer ir no principal. Mas combine também com alguns dos passeios que separei na seção “20 passeios para sair do básico”. Seja a sua primeira, segunda ou terceira vez em Berlim. Assim vai ficar mais fácil e bem mais provável você se apaixonar por Berlim. Vem saber tudo sobre Berlim.
O que fazer em Berlim: os 10 passeios essenciais
Aqui vai uma seleção dos dez passeios em Berlim que todos devem fazer. E, mais para baixo, você encontra passeios em Berlim para ir além e descobrir aqueles segredinhos da cidade. Recomendo começar o seu passeio em Berlim com um free tour. Você não paga nada pelo passeio gratuito, conhece muito bem a história da cidade e depois já ficar mais ácil saber o que conhecer em Berlim e onde ir.
1 – Portão de Brandemburgo
Esse é o número 1 na lista de o que fazer em Berlim porque o Portão de Brandemburgo (Brandemburger Tor) é mesmo a atração número 1 da cidade. É o símbolo de Berlim e até mesmo de toda a Alemanha. Ele fica bem no centro da cidade e dele é facinho ir a pé para os pontos turísticos mais famosos da cidade. É um antigo portão da cidade (o único que ainda está de pé) e foi construído de 1788 a 1791. A entrada monumental foi inspirada nos portões da Acrópole, na Grécia, e realmente impressiona tanto pelo tamanho quanto pelas colunas grossas.
Além de ser essa memória da história, o Portão de Brandemburgo é também o símbolo da reunificação de Berlim. Isso porque quando o muro foi construído pelos soviéticos, em 1961, o portão ficou em uma zona neutra e inacessível para visitantes e moradores. Com a queda do muro, em 1989, 100.000 pessoas tomaram o Portão de Brandemburgo como sinal de liberdade. É bem interessante visitá-lo primeiro, e depois, continuar a sua lista de o que fazer em Berlim, indo nos museus que contam a história da cidade, ver as fotos e vídeos dos alemães comemorando bem ali a liberdade de poder ir e vir, e especialmente de encontrar os parentes.
Hoje em dia é tão fácil passar de um lado para o outro do portão que é só mesmo nos museus de Berlim que você vai conseguir ter ideia do que foi aquele tempo sombrio. Aliás, rode por ali. De um lado do portão, você vai ver o lindo hotel Adlon Kempinski, e do outro, vai cair no Tiergarten, o parque mais famoso de Berlim. Volta e meia tem algum evento por lá, como feirinhas de comida, shows, a maratona de Berlim ou o Festival das Luzes, que costuma acontecer todo ano em setembro e outubro e faz com que o Portão de Brandemburgo (e outras atrações) ganhem projeções animadas coloridas durante a noite. Se puder estar lá nesta época, aproveite: é um tempo bem animado, já que a galera vai para a frente dos monumentos assistir às projeções.
Se hospedar perto do Portão de Brandemburgo significa que você vai estar muito bem localizado e vai poder ir a pé para as principais atrações de Berlim.
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Dicas de hotéis na região:
Para investir na estadia: Adlon Kempinski Berlin, The Westin Grand Berlin e Berlin Marriott Hotel
Para economizar: Maritim proArt Hotel, Bln City Hotel, BIRGIT Hotel Mitte e Arcotel Berlin Mitte
2- Reichstag/Bundestag
O Reichstag é o prédio que abriga o Bundestag, o parlamento de Berlim. Muita gente só o vê só por fora e vai embora. Que erro. Porque apesar de ser lindo mesmo por fora, a visita ao parlamento é uma das coisas para fazer em Berlim mais legais. A visita a essa atração de Berlim é gratuita, mas lembre-se de marcar pelo site com a maior antecedência possível, já que muitas vezes só é possível achar horário disponível para depois de um mês.
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Apesar disso, tem mais um jeito de conseguir ingresso para essa atração em Berlim. Todo dia há 96 vagas extras para conseguir visitá-la: basta chegar às 11:30 da manhã, quando são distribuídos os tíquetes para os horários livres.
São dois os tours principais: o tour guiado ao parlamento mais a cúpula de vidro, ou só a cúpula de vidro.
Se você tiver tempo, é bacana marcar para fazer a visita guiada ao parlamento e entender a política alemã. Um guia explica sobre os partidos, as eleições e as discussões, enquanto passa por salas como a sala da imprensa e o parlamento em si. Nós, os turistas, temos a chance de entrar na sala onde grande parte da política europeia é debatida, ver o lugar ocupado pela Angela Merkel, e claro, ouvir a história rica do prédio, que foi aberto em 1894, mas praticamente todo destruído em um ataque em 1933.
Depois da guerra, o prédio ficou em ruínas e, com a divisão da Alemanha, a capital da Alemanha Ocidental passou a ser Bonn, por isso o prédio ficou sem serventia. Só em 1990, com a reunificação, o prédio foi reformado e só foi ganhar essa cara atual em 1999. No tour guiado é possível ainda ver resquícios do fim da guerra, quando os soviéticos invadiram o parlamento e deixaram rabiscos em russo pelas paredes.
Caso você não tenha tanto tempo, tudo bem agendar só a cúpula de vidro. O passeio é muito bem organizado por aquela arquitetura fenomenal. A cúpula é o que dá a claridade ao parlamento, e os turistas podem passear por ela no topo do Reichstag com uma boa vista para Berlim. O passeio é guiado por um audioguia (inclusive com a opção de português de Portugal), e o sistema reconhece em que ponto da cúpula você está. Com isso, o áudio conta sobre as construções e regiões de Berlim exatamente no momento em que você olha para elas. Enfim, é imperdível.
3 – Dom
A Dom é a catedral de Berlim e é dela a vista mais bonita da cidade. Por isso, não a veja só por fora e inclua na lista de o que visitar em Berlim. Ela está longe de ser aquelas igrejas frias e sem vida, já que especialmente no verão a galera de Berlim toma os gramados em frente à catedral para fazer piqueniques ou só para ter um encontro entre amigos.
O interior é cheio de mosaicos, mas o melhor é o visual 360 graus lá de cima, 50 metros de altura. Como os prédios de Berlim são baixos, não adianta ir em mirantes muito altos: você vai ver só uma massa de construções. Da Dom, além de conseguir enxergar o melhor de Berlim (com os parques, o rio Spree, os barcos…), não tem vidros nem grades lá em cima (calma: você fica atrás de uma mureta). A única dificuldade é encarar os 270 degraus até lá, mas pode ir porque vai valer a pena.
O ingresso custa € 9, ou € 7 durante o serviço religioso, já que nesse caso só é possível ir ao mirante.
4. Potsdamer Platz
A Potsdamer Platz é o único ponto de Berlim onde você vai ver arranha-céus modernos ao estilo dos que pontuam Londres. É verdade que são poucos, mas são bem representativos daquela região. Ainda assim, é claro que eles não são o principal motivo para você passear por ali. A praça que antes era um ponto cultural, cheio de cinemas, teatros e hotéis, foi totalmente devastada na Segunda Guerra e ficou abandonada durante a divisão da Alemanha: se tornou um espaço deserto entre o leste e o oeste de Berlim. Naquela época, o metrô deixou de circular e só o trem continuou em operação. Ia apenas do norte ao sul da Berlim Ocidental, passando pela Berlim Oriental, mas sem parar por lá.
Hoje, a Potsdamer é diferente de outras partes de Berlim por ser não só história. É história mas é também um trecho bem vivo da cidade. Na frente da estação de trem Potsdamer Platz, você vai encontrar um pedaço do Muro de Berlim e explicações e fotos sobre a história. Caso seja fim de novembro ou dezembro, não perca o mercado de Natal delicioso que rola por lá.
Outro passeio em Berlim para fazer na Potsdamer Platz é o Sony Center. Foi inaugurado em 2000, mas tem um projeto arquitetônico tão moderno que parece ter sido feito anteontem. O complexo de oito prédios abriga restaurantes, lojas, escritórios e museus (dica de Berlim: não deixe de entrar na livraria Dussmann, que além de cartões postais e livros históricos mostrando a região na época, tem presentinhos criativos para levar para o Brasil). O fim da tarde é a melhor hora para estar no Sony Center, já que é a iluminação que faz o lugar aonde mais especial. O teto ganha luzes roxas, rosas e verdes, projetadas por todo o prédio por conta dos espelhos.
Mesmo que a sua ideia não seja se enfiar em shopping em plena Berlim, vale a pena andar só duas quadras adiante do Sony Center e ir até o Mall of Berlin, o shopping mais bonito da cidade. Além de 300 lojas para todos os gostos e bolsos (como Zara, H&M, Hollister, Tommy Hilfiger, etc.), o shopping fica bem no que era o centro da Berlim Oriental e Ocidental. A arquitetura se aproveitou disso e fez as alas leste e o oeste no shopping – só que hoje é bem fácil ir de um lado para o outro, bem diferente de décadas passadas.
5- Memorial aos Judeus Mortos na Europa
O memorial de Berlim é conhecido também como Memorial do Holocausto e é tão único que é um marco mundial. São 19.000 m2 ocupados por 2711 blocos de concreto, bem no centro de Berlim, perto do Portão de Brandemburgo e do Parlamento. Eles variam de 0,2 a 4,17 metros e, enquanto se anda ali no meio, a escuridão é interrompida por alguns feixes de claridade. Os blocos também são tortos dando a impressão de que um cerco se fecha ao andar por lá. Também é fácil sentir-se em um cemitério. Está na Cora-Berliner-Straße 1, região com uma grande população de judeus antes da Segunda Guerra Mundial.
Abaixo dos blocos de concreto, um bom museu é dedicado ao holocausto. Conta a história da guerra, mas também traz relatos emocionantes de famílias judias por meio de cartas, relatos e vídeos. O museu é gratuito e é imperdível visitá-lo para completar a experiência do memorial.
6- Ilha dos Museus
A Ilha dos Museus, simplificando, é o que o nome diz: uma ilha em Berlim rodeada pelo rio de Berlim, o Rio Spree, com um complexo de cinco museus. Mas para ir além disso e convencer que ela está entre as melhores coisas para fazer em Berlim, é bom saber que ela tem alguns dos melhores museus de toda a Europa. O tíquete para um museu custa € 10, enquanto o passe que dá acesso a todos os museus por três dias sai € 29. Como eles são interligados, é uma boa se programar para chegar cedo e conseguir ver pelo menos um. Durante o coronavírus, os ingressos são só com horário marcado com 15 dias de antecedência, por isso não deixe para a última hora.
Como são muitos os museus, minha recomendação é começar pelo Pergamon, onde o destaque fica por conta da reconstrução do Altar de Pérgamo e das Portas do Mercado de Mileto. Não tem quem não se impressione. De lá, você pode seguir para o Altes Museum para ver a coleção fenomenal de arte grega e romana e então ir até o Neues Museum, que traz sarcófagos, papiros e esculturas egípcias, entre elas o grande trunfo do museu: o busto da Nefertite, obra feita há 3400 anos atrás. Está exposta em uma sala no último andar com luz controlada e muitos seguranças, demonstrando ainda mais o valor da escultura.
Já para quem gosta de moedas antigas, o Bode Museum tem uma coleção preciosa (em todos os sentidos) com uma das maiores coleções do mundo. São 500.000 moedas muito bem organizadas pelos corredores, feitas desde o século 7 a.C. Tem moeda da Grécia Antiga, do Império Romano, da Idade Média, etc.
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7- Checkpoint Charlie
O Checkpoint Charlie está entre a lista de passeios essenciais em Berlim, mais pela história do que pelo lugar hoje em dia. Por isso, não vá esperando muito para ver por lá. Foi o mais famoso dos postos militares que faziam o controle a quem atravessava entre a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental durante a Guerra Fria. Está na esquina da rua Friedrichstraße (onde vale também perambular pelas lojas) com a Zimmerstraße, e agora é só um ponto turístico. É tão movimentado, tão alegre e tão cheio de lojinhas de souvenires que nem parece que décadas atrás o lugar era sombrio e ponto de fuga dos que moravam na Alemanha Oriental.
Hoje em dia, um icônico McDonalds mostra que esses tempos ficaram para trás. Aliás, o segundo andar daquele McDonalds rende uma boa vista para o Checkpoint Charlie. Se você quiser saber ainda mais sobre o muro, pode ir no museu ali em frente, o Mauermuseum (Wall Museum), que mostra as mortes e fugas por ali. Mas o museu é dos mais caros da cidade. Custa € 14,50 a entrada.
8- East Side Gallery
A East Side Gallery pode ser conhecida também como, simplesmente, o Muro de Berlim. É que na maior parte remanecente do muro foi feita uma galeria a céu aberto, com uma série de 105 murais pintados em 1316 metros do antigo muro. Para se localizar, o trecho fica na Mühlenstraße, entre a estação de trem de Berlim Ostbahnhof e a famosa ponte Oberbaumbrücke, tudo ao longo do Rio Spree.
As pinturas são de artistas do mundo todo e foram feitas de fevereiro a setembro de 1990 nesta parte leste de Berlim, retratando os problemas políticos, econômicos e sociais da divisão da Alemanha. Claro que o que você vai ver agora não são mais as originais, mas sim as pinturas que foram refeitas em 2009. Quando encontrar um aglomerado de gente, é porque você vai estar no mural mais famoso, que mostra um beijo entre o soviético Leonid Brezhnev e do político da Alemanha Oriental Erich Honecker.
Pouca gente acaba explorando os arredores do East Side Gallery. Se estiver por lá no pôr do sol, faça como os berliners, pegue uma cervejinha e sente de frente para o rio para ver o por do sol. Já se essa não for a sua vibe e você preferir sentar tranquilamente em um bom restaurante, é só atravessar a rua e ir até a Mercedes Benz Arena. Trata-se de uma casa de shows cheia de restaurantes ao redor.
Uma dica é o Hans Im Glück, hamburgueria alemã que tem várias filiais espalhadas pelo país. O interior tem um design todo moderno, com mesas entre bambus e cadeiras de balanço. Mas como nem só de design vive um restaurante, pode ir na fé que o hambúrguer ali é delicioso e tem um cardápio daqueles com tantas invenções que faz todo mundo ficar indeciso.
9- Gendarmenmarkt
Esta é a praça mais bonita de Berlim e a com mais cara de Europa. Enquanto Berlim realmente não é a Alemanha perfeitinha que se imagina, a Gendarmenmarkt é a praça mais próxima desse imaginário, por ser toda suntuosa com seus prédios clássicos. É um dos passeios em Berlim mais agradáveis. Ela é pontuada por três prédios: a Catedral Alemã, a Catedral Francesa e a pomposa Casa de Concertos, tudo construído nos anos 1600 e 1700. É um lugar bem romântico e tão impecável que nem dá para imaginar que ficou em ruínas no fim da Segunda Guerra Mundial.
Em dia de sol, é uma delícia tomar uma cerveja no bar da Erdinger na própria praça ou ir em uma sorveteria por lá. É ao redor da praça a loja-conceito da Ritter Sport, o famoso chocolate alemão. Tanto os adultos quanto as crianças adoram a loja toda colorida. Dá para fazer o próprio chocolate, ir à chocolateria, se entreter na exposição interativa e levar uns chocolates para casa que só vendem ali.
10 – Kurfürstendamm
O nome não é dos mais harmônicos, mas essa é a rua mais elegante de Berlim. É daqueles boulevares com grifes, bem arborizados, com calçadas largas e prédios clássicos. As principais grifes do mundo estão distribuídas naqueles 3,5 km, como Valentino e Chanel, mas também lojas bem em conta como a Zara.
A loja mais conhecida dessa avenida de Berlim é a KaDeWe, apelido da loja de departamentos Kaufhaus des Westens – ‘loja de departamentos do oeste’), e mesmo que você não compre nada por lá, entre. Foi aberta em 1907 e é a maior loja de departamentos da Europa. Não esqueça de subir ao último piso. Basicamente, é um mercado de comidas que vende tudo do bom e do melhor. Você vai achar caviar, vinhos, mostardas e temperos que vão ser um bom presente para levar para o Brasil.
Mais um ponto imperdível na lista de o que fazer e Berlim: a igreja destruída Kaiser Wilhelm (ou, em alemão, Gedächtniskirche – ‘Igreja memorial’). A igreja de 1891 foi destruída durante a guerra e mantida em ruínas como um memorial para lembrar dos horrores da guerra. Lá dentro, fotos de diversas épocas realmente fazem relembrar a guerra. Já em frente a ela, foi erguida uma nova igreja, toda moderna de mosaicos azuis.
Um bom lugar para ter uma boa vista da igreja é do alto do shopping-conceito Bikini Berlin, bem em frente. É só subir as escadas desse shopping todo colorido e com lojas em containers, para chegar ao rooftop com vista também para o zoológico. Um outro bar famosinho com vista para o Zoológico é o Monkey Bar, ao lado do Bikini Berlim.
Tem uma vista linda para a cidade, mas é daqueles bares tão famosos que ficam chatos. A fila é grande pra entrar e você pode contar umas duas horas ali em um fim de semana. Os preços também são bem mais altos do que a média. Se você for sabendo disso, tudo bem. Vale pela vista e para estar em um ambiente badalado.
O que fazer em Berlim: 20 passeios para ir além
1. Ônibus 100
Pegar o ônibus 100 de Berlim é como fazer um passeio turístico pelos principais pontos de Berlim, mas pagando só o preço da passagem de ônibus: € 3. A linha 100 sai do Zoológico (Zoologischer Garten), passa pela Coluna da Vitória (Siegessäule), pelo parque imenso Tiergarten, o Bundestag, o Portão de Brandemburgo, a avenida das lojas Unter den Linden (para presentes ou para comprar cosméticos que você não acha em outros lugares, não perca a loja-conceito da Nivea ali), a universidade Humboldt, a bela ópera Stadt Oper, a catedral Berliner Dom e a prefeitura Rathaus até terminar na torre de TV da Alexanderplatz.
Aproveite que o ônibus tem dois andares, e tente ver Berlim de camarote pegando o primeiro lugar do segundo andar. Mais uma dica de Berlim: vale a pena fazer esse passeio como uma das primeiras coisas na cidade: assim você se localizará para depois conhecer tudo a pé.
2. Remo
Este é para quem quer ver a cidade de outro ângulo: a partir do Rio Spree. O cenário lembra o de uma cidade longínqua no Brasil, com a natureza e só, mas a verdade (e o que é incrível), é que você estará remando bem no centro de Berlim. O tour guiado, feito com a Backstage Tourism, dura duas horas e faz esquecer que se está em uma capital. É das coisas para fazer erm Berlim mais diferentes. Custa € 25 e é um tour que vale bem a pena fazer em Berlim.
No tour chamado Wind of Change (são várias as opções), o trecho a ser desbravado é um achado, próximo à Funkhaus Berlim. Você descerá do bonde em uma área industrial, atravessará fábricas desativadas , contêineres… e eis que que se chega nesse pedaço que nem na cidade parece. Um guia vai em uma das canoas e faz paradas para explicar a história das construções pelo caminho: antigos prédios da comunicação, um parque de diversão desativado, barcos, entre outros.
Você vai fazer exercício, se divertir e ainda ver muito da vida de Berlim, já que cruzará com barcos, botes, boias ou standup paddles dos moradores. E depois do tour, para passar o calor, todo mundo pode mergulhar no rio. Ali na cidade mesmo.
3. Passeio de Trabi
Trabi é o apelido carinhoso que se dá ao Trabant, carro-símbolo da Alemanha Oriental. Além do apelido oficial, o Trabi ficou conhecido também como papelão com rodas, e não à toa: o único carro disponível para os moradores tem a carroceria de plástico, e ainda é composto por fibra de algodão e resina sintética. O pessoal na Alemanha Oriental chegava a esperar 16 anos pelo Trabi, mas hoje em dia o carrinho virou cool. E o legal é que é possível passear por Berlim dirigindo um Trabi com o tour da Trabi World.
Cada casal ou família faz o passeio dentro do seu próprio Trabi (você pode escolher entre mais de 100 modelos) e dirige por mais de uma hora pela cidade (faz o maior sucesso nas ruas). Nós, os participantes, vamos seguindo o Trabi do guia, que vai explicando sobre todas as construções em um áudio transmitido pelo rádio do carro. É um dos tours mais completos de Berlim e garante boas risadas com as trapalhadas na hora de mudar a marcha, que fica junto com a direção. Todo mundo tem um tempo para aprender a lidar com a marcha e ter a experiência como nas décadas passadas. Mas para facilitar, a empresa também oferece carros automáticos.
A empresa fica a poucos passos do Checkpoint Charlie, o que significa que você pode se programar para azer os dois programas no mesmo dia. Mas o tour não é dos mais baratos: custa a partir de € 49 por pessoa (independentemente de ser motorista ou passageiro).
4. Tempelhof
Este é um parque inusitado e uma das boas coisas para fazer em Berlim em um dia de sol. É um parque situado em um aeroporto desativado da cidade, o que traz a chance de caminhar por antigas pistas de pouso, entre torres de controle e ao lado do edifício que já foi o principal aeroporto da Alemanha, à frente dos de Frankfurt, Hamburgo e Düsseldorf.
O Tempelhof era um símbolo de prosperidade da Alemanha Ocidental, e inclusive pode ser usado pelos moradores da Alemanha Oriental até a construção do muro em 1961. Passaram por ali os Beatles, Martin Luther King, Marlene Dietrich, entre outras estrelas. Com os problemas políticos e o desenvolvimento das ferrovias e estradas, o aeroporto foi entrando em decadência até ser desativado em 1975 para voos comerciais. Ficou abandonado desde 1985, e em 2010 foi aberto como parque.
O lugar está sendo reformado e em breve os turistas vão poder visitar a torre de controle, fazer tours pelo antigo aeroporto e ver arte em uma galeria instalada no rooftop de 1,2 km no Tempelhof.
5. Prenzlauer Berg
É um dos bairros mais bonitos de Berlim por ter a cara que se imagina da Europa. Boutiques moderninhas, lojas indie, cafés e restaurantes com mesinhas nas calçadas estão abrigados em prédios em tons pastel restaurados da época pré-guerra. Passeie por ali sem um objetivo certo, vá parando nas lojas e nos cafés.
Embora seja um bairro da classe média alta de Berlim, o interessante é que diferentemente de cidades brasileiras os preços em Berlim não variam tanto de acordo com o bairro. Um café espresso e um almoço por lá, por exemplo, vão sair o mesmo preço do que em Friedrichshain. Dica: vá em um dia ensolarado porque é quando os moradores da cidade tomam o bairro e quando os prédios coloridos contrastam com o céu azul, deixando tudo ainda mais bonito e alegre.
6. Treptower Park
O bacana desse parque de Berlim é que ele fica bem na beira do Rio Spree. É um bom lugar para passear, sentar nos gramados na beira da água e tomar uma cervejinha. Para nós, brasileiros, é algo impensável, mas é comum no Treptower Park cada um levar seu bote ou caiaque e simplesmente colocar na água. É o segundo maior parque da cidade, com 84 hectares e a vista é para a Insel del Jugend, ilha onde dá para alugar barcos e pedalinhos e que pode ser alcançada atravessando a ponte de ferro mais antiga da Alemanha.
7. Hackesher Markt
O Hackesher Markt é uma das áreas mais gostosas de Berlim – e está a 5 minutos a pé da famosa Alexander Platz. Por lá, você pode ir nas lojas como as japonesas Uniqlo e Muji e rodar pelos bares e restaurantes. Mas se quiser algumas dicas de insider, aí vão: o restaurante espanhol Yosoy tem mesinhas na calçada e um clima descontraído, mas o melhor é o preço: tem um menu de tapas all you can eat por € 10, mas antes de ir consulte no site se ele está sendo oferecido já que o menu foi pausado durante a pandemia. Também lembre-se que o menu só vale com a compra de uma bebida, então não sai bem € 10. Não se compara em qualidade às tapas servidas na Espanha, mas para uma cervejinha com uns petiscos despretensiosos à tarde, cai bem.
Caso queira dar uma parada para descansar e tomar (mais uma) cerveja, um bom lugar é o James-Simon Park, não tão conhecido dos turistas. É um gramadão pontuado por cadeiras de praia colocadas pelos bares em frente. Dá para relaxar tendo uma vista maravilhosa, com o rio e a catedral logo ali na frente.
8. Friedrichshain
Para quem conhece a cidade de São Paulo, Friedrichshain está para Berlim assim como o Baixo Augusta está para São Paulo. O bairro de Berlim é na antiga Alemanha Oriental, por isso não vá esperando muita beleza. Mas vale a pena conhecer porque é a região do agito: seja das baladas, dos bares ou dos restaurantes, por isso não falta o que fazer nessa região de Berlim. A Warschauer Strasse é a Rua Augusta da cidade, onde os jovens hipsters se encontram.
Para fazer compras, vá até o East Side Mall, shopping pequeno mas onde dá para fazer boas compras. Ele fica a poucos passos da Oberbaumbrücke, ponte construída em 1894 e que é um ícone da cidade. A ponte de piso duplo é de tijolos, tem torres e não à toa é considerada a ponte mais bonita de Berlim. Ela está em uma das pontas da Warschauer Strasse, junto à estação de S-Bahn com o nome da rua.
Para comer algo rápido, a Warschauer concentra um restaurante do lado do outro de todos os tipos: italiano, vegano, creole, asiático… Dica: no verão, pegue um sorvete na Chipi Chipi Bombón. A sorveteria de argentinos tem o melhor sorvete de doce de leite da cidade e, caso queira um sabor mais diferente, peça o de banana split ou ainda o de batata doce.
Já para almoçar, vá até a Boxhagener Platz, em uma paralela da Warschauer. Ali já há bares e restaurantes bem agradáveis, pensados para que o pessoal passe um bom tempo nas mesinhas ao ar livre. Você vai achar restaurantes do mundo todo por lá, tudo com pratos a uma média de € 9.
9. Alexander Platz
A Alexander Platz costuma fazer parte da lista de atrações principais de Berlim, especialmente pela Fernsehehturm, a Torre de TV símbolo da cidade. É por lá também o relógio mundial, erguido em 1969 durante o regime comunista. Tem 24 lados que representam os 24 fusos e, no topo, planetas que giram a cada minuto.
Bem provavelmente você vai passar pela Alexanderplatz entre um trajeto e outro já que a estação de S Bahn e de U Bahn da Alexanderplatz é um hub e conecta diversas linhas. Mas a verdade é que ela não tem tanta graça quanto parece pela fama. Apesar do nome, essa praça de Berlim não tem árvores nem gramados:é um grande espaço aberto de cimento rodeada por lojas. O lugar é movimentado principalmente por conta disso. Estão lá, além da famosa torre, a sempre cheia Primark, a ótima loja de eletrônicos e artigos para casa Saturn, a alemã Tchibo, marca de café que vende também roupas e acessórios, o shopping Alexa e a loja Tk Maxx, ótima para comprar casacos com desconto especialmente no início do outono.
Dica: não precisa subir na torre de TV, não. Nem no alto do Park Inn, hotel na Alexanderplatz que diz ter uma vista melhor do que a da torre de Berlim. Como a cidade tem prédios baixos, quanto mais alto você vai pior fica a vista. Se tiver que escolher uma, vá até o alto da catedral de Berlim. Além de ser mais bonita, você também vai economizar uns bons euros (sai € 7 para ir até o topo da Berliner Dom contra € 22,50 da Torre de TV). Além das compras, caminhe da Alexanderplatz até a Rotes Rathaus, a prefeitura de Berlim que data de 1870. A poucos passos dali, na Karl-Liebknecht-Straße, não perca também a St. Mary’s Church, a igreja mais antiga de Berlim. Não se sabe ao certo a idade dela, mas já apareceu em escritos em 1292.
Volta e meia tem eventos na Alexanderplatz: mercado de Natal, shows, Biergärten… e a praça então fica ainda mais agitada.
10. Potsdam
Reserve um dia inteiro no seu roteiro em Berlim para ir até a cidade de Potsdam. É tão perto de Berlim que você pode pegar o trem local, o S-Bahn, e em cerca de 40 minutos chegará na estação central de Potsdam. Se Berlim tem um clima de cidade não tão típica da Europa, Potsdam é aquela cidadezinha com a cara europeia, lotada de palácios e jardins.
O complexo de palácios é tão lindo que é Patrimônio da Humanidade da Unesco. Eles se espalham ao redor de 500 hectares de parques (ou 5 km2, para ficar mais fácil de visualizar o tamanho), que eram simplesmente o jardim dos nobres nos séculos 18 e 19. O mais famoso dos palácios é o Sanssouci, aquele que todos os turistas vão e e é realmente imperdível. Foi construído em 1745 em dois anos por Frederico, o Grande, como residência de verão.
Era no Sanssouci que o rei se retirava de abril a outubro. Por ser um palácio de descanso, a ode à natureza, à alegria e a cultura são marcos. Conhecer o palácio é entender também a importância que a cultura tinha e ainda tem para os alemães. Você vai se maravilhar, por exemplo, como uma biblioteca com autores gregos, livros de ciências naturais e de história, com livros baixos já que Frederico tinha só 1,58 metros de altura. Na sala de concerto do palácio, o filho de Bach tocou o piano exposto ali, e o próprio rei tocava flauta que pode ser vsta pelos viitantes também. Voltaire foi um dos convidados do palácio e é possível inclusive ver a sala das flores, toda decorada com pássaros e aves, onde ele se hospedava.
A visita é só guiada (por guia ou audio-guia) e com horário marcado, por isso, o melhor é já ir com o tíquete ou comprar assim que chegar. Enquanto espera o horário do seu tour, é só visitar os outros palácios do complexo. Para não ter que se preocupar com nada disso, você pode fazer um tour guiado pelos palácios de Potsdam. Pessoalmente, eu gostei mais do Neues Palais, o segundo maior palácio de Potsdam e antiga moradia do rei Friedrich II. Construído em 1763, tem salões únicos que não se encontra em outros palácios da Europa, como a grotto hall, um salão inteiro de conchas. No Neues Palais ainda tem a galeria de mármore, usada como sala de jantar; a red damask chamber, câmara com paredes forradas de seda vermelha, a sala de concertos, o hall de mármore e a sala dedicada à caça. Só por esses cômodos já dá para imaginar a suntuosidade desse palácio.
O tíquete apenas para o Sanssouci custa € 14 e, o ingresso para visitar todos os palácios de Potsdam sai € 19. Claro que você não vai conseguir ver todos, mas a diferença é pequena para poder ficar livre e ir entrando inclusive em pequenas construções. Outro que vale a pena conhecer é a Orangerie, rodeada de jardins lindos cheios de fontes e esculturas e com salas opulentas coberta de seda e de cópias de pinturas de Raphael.
Depois de ver os palácios, se der tempo vale a pena parar no centrinho de Potsdam antes de chegar na estação de trem. É todo ajeitadinho, com lojas e restaurantes locais. Em dezembro, há inclusive um bom mercado de Natal ali.
Não esqueça o seguro-viagem para o passeio em Berlim
Não viaje sem o seguro-viagem. Acidentes sempre podem acontecer e, caso você tenha que usar um hospital ou mesmo um médico para algo simples, deixará centenas de euros e vai estragar todo o seu roteiro em Berlim. Recomendo usar o comparador de preço Seguros Promo, e assim você pode escolher o melhor seguro para você. Mais uma vantagem: com o código PORTADEEMBARQUE5 você ganha 5% de desconto.
11. Lagos
Uma curiosidade que é provável que você nem imagine: Berlim e os arredores concentram cerca de 3000 lagos. Isso porque a região antigamente era um pântano arenoso. Nem em uma vida dá para conhecer todos, mas vão aqui alguns que recomendo. O mais popular entre os moradores de Berlim é o Wannsee, o lago do agito, principalmente porque é bem fácil de chegar: fica a só meia hora de trem do centro de Berlim pegando o S-Bahn (o trem de superfície). O lago realmente faz a função de praia, inclusive com faixa de areia (tudo bem que ela é vinda do Mar Báltico, mas cumpre com função.) Há duas áreas: a privada e a pública.
Para acessar a área privada, a Strandbad Wannsee, é preciso pagar um ingresso de € 3,80. Por ali tem toda a estrutura, como playground, bar e cadeiras de praia (pagas à parte). No entanto, para não lotar, a quantidade de ingressos é limitada. Já na área pública, a faixa de areia é pequena, mas caso a ideia seja passar a maior parte do tempo na água, isso não é problema. Ali você deve levar sua canga, cadeira e um lanchinho – ou se abastecer em uma das lanchonetes no caminho da estação à “praia”.
Os moradores adoram levar botes infláveis para sair remando e se divertir pelas águas. Mas não é por isso que você precisa deixar as crianças longe dali: o lago demora a ficar fundo e é democrático para todas as alturas. Também dá para mergulhar e comprar bebidas e shots em um barco-bar. Dica número 1: chegue cedo porque em dia de calor, esse lago de Berlim lota. Dica número 2: evite ir em dias pós-chuva, já que o lago pode encher de algas e ficar mais escuro.
Outro lago próximo do centro é o Schlachtensee, a 50 minutos do centro com o S-Bahn. É mais vazio, a água é transparente e tem o cenário bem relaxante. Mas por conta da quantidade de árvores ao redor, é praticamente impossível tomar sol a não ser de dentro da água. Tem quem leve bote, stand up paddle, bóias, etc. Outra opção é fazer como todo mundo e estender a canga em um gramado a poucos metros do lago.
Mais um lago de destaque é o Liepnitzsee, que tem a água verdinha verdinha e é o mais bonito deles. Mas não é tão fácil chegar: é preciso ir com o S-Bahn por 45 minutos desde o centro até Bernau e de lá pegar um ônibus que sai de hora em hora. Depois, ainda vem uma caminhada de meia hora em uma trilha. Não tem uma faixa de areia como no Wannsee, mas ainda assim é possível achar um lugar ao sol.
12. Tiergarten
No coração de Berlim e pertinho do Portão de Brandemburgo, o parque está para Berlim assim como o Central Park está para Nova York. Os moradores adoram caminhar, fazer piquenique ou andar de bicicleta por lá. E faz tempo que é assim. O Tiergarten foi inaugurado no século 17 por Friedrich III, duque da Prússia, que transformou os antigos campos de caça reais em parque.
Para aproveitar de verdade o Tiergarten e o passeio por Berlim, passe na Tea House, casarão com um belo jardim, e especialmente no café, restaurante, bar e etc., Cafe am Neuen See. É um dos lugares mais pitorescos de Berlim, fica na beira do lago. No verão, se transforma em um Biergarten, já que mesinhas de madeira tomam todo o jardim e tomar uma cerveja bem na beira da água vira um programão.
Entre uma cerveja e outra, dá para alugar um barco e fazer um passeio pelo lago remando no seu ritmo, como quiser e inclusive com um drinque nas mãos. Provavelmente para chegar no Tiergarten você não vai passar reto (mas é bom avisar) pela Coluna da Vitória, monumento de 67 metros de altura, que se estende todo imponente em uma rotatória na frente do Tiergarten. Foi erguido em 1864 para comemorar a vitória da Prússia na guerra franco-germânica e hoje forma a imagem de Berlim, junto com o Portão de Brandemburgo e o Muro de Berlim.
13. Burgermeister
Sim, faz parte da lista de o que fazer em Berlim, provar o hambúrguer do Burgermeister, o melhor hambúrguer da cidade. São várias as unidades espalhadas por Berlim, mas se puder escolher vá ao primeiro e original Burgermeister: ao lado do metrô Schlesiches Tor (você pode combinar com a visita à East Side Gallery, já que não está longe dali).
Não tem porta nem mesas nem cadeiras. A lanchonete está embaixo de um viaduto, em um antigo banheiro público. O hambúrguer é para comer de pé mesmo e (e de joelhos quando você descobrir como é suculento). Além de ser o melhor de Berlim, é também dos mais baratos: custa cerca de € 5.
14. Museu da DDR
Se você tiver que escolher só um museu de Berlim, vá ao Museu da DDR. Ele está na lista dos passeios para ir além porque muita gente vai só à Ilha dos Museus e acaba não indo nesse. É um erro. É o museu mais completo sobre a Alemanha Oriental, e bastante interativo – claro que nada como os museus americanos, mas para o padrão alemão dá para destacar a interatividade, sim. É incrível a quantidade de material exibido e a exposição encoraja os visitantes a sentirem a vida nos tempos da Alemanha comunista.
É possível, por exemplo, entrar em um antigo Trabi e “dirigir” com um simulador, entrar em um apartamento da Alemanha Oriental, ver prisões da época, assistir a programas de televisão da época e os produtos diferenciados dos oficiais do governo, já que uns eram mais iguais que outros. Enquanto a população tinha acesso a apenas um modelo de carro e a comida racionada,oficiais tinham acesso aos melhores carros (como o Volvo 264 exposto ali), hospitais e produtos do Oeste. O bacana é que diferentemente de muitos museus neutros, as explicações no Museu da DDR são irônicas e críticas.
Ao descrever o Trabi, por exemplo, o museu explica que o modelo prometia uma módica liberdade em uma terra sem liberdade. Já para a mídia, a descrição coloca que havia 39 jornais, dois canais de televisão e quatro estações de rádio, mas só um ponto de vista”.
É pela história, pela quantidade de material, pelas descrições e pela interatividade que o Museu da DDR deve estar na sua lista de o que fazer em Berlim.
15. Trennenpalast
Hoje em dia essa construção de Berlim é um museu, mas nem sempre foi assim. O lugar, que em alemão significa Palácio das Lágrimas, foi construído em 1962 bem em frente à estação de trem Friedrichstraße. Você com certeza passará muitas vezes por ela, já que é uma das principais estações de trem de Berlim e são ali muitas das conexões de linhas.
O Trennenpalast serviu como terminal de embarque até 1990 de quem ia da Alemanha Oriental para a Ocidental. Por isso, concentrou histórias de despedidas, encontros e desencontros. É um bom museu para entender a divisão da Alemanha, desde a construção do muro até a queda. Estão ali diversos documentos, fotos, filmes e objetos que contam essa história, além das cabines de “imigração”.
Além de aprender sobre a história,o interessante de visitar o lugar hoje em dia é pensar que ali mesmo, nem tanto tempo atrás, toda a população do leste de Berlim era privada de muitos direitos, especialmente o de ir e vir. A entrada é gratuita.
16. Cafés e restaurantes de Kreuzberg
Kreuzberg é um dos bairros com mais miscelânea em Berlim. Tem áreas de grafites, áreas trendy e áreas hippie. Desde 2001, Kreuzberg se misturou com Friedrichshain e virou o conjugado Friedrichshain-Kreuzberg. Por isso, cada pedaço do bairro tem uma cara. A minha preferida é nos arredores da Bergmannstraße. Se você descer na estação Mehringdamm, vai encontrar a poucos passos o kebab do Mustafa, o mais famoso de Berlim. Não tem mesas, cadeiras nem espaço algum: o kebab é servido em um quiosque e a fila chega facilmente a uma hora de espera. Caso ali a fila esteja grande demais, não é motivo para não provar o kebab do Mustafa: o negócio virou uma rede e está espalhado pelos principais bairros de Berlim.
Siga até a Bergmannstraße para encontrar um mundo de opções gastronômicas. Literalmente: de comida italiana a espanhola e de grega a comida do sudeste asiático. Uma dica é o Umami, um dos restaurantes trendy de Berlim. Está sempre cheio. Com mesas e bancos de madeira ou almofadas para sentar em um tatami sem os sapatos, o restaurante serve comida da Indochina em combinações pouco usuais, mas sempre deliciosas. Meu prato de sempre é o Deep Gold-Beef (€ 7,80) , com arroz jasmim, tiras de carne, manga e temperos orientais.
Seguindo adiante na Bergmanstraße, você vai chegar até o Markthalle, mercado com comidas de várias partes do mundo: espanhola, grega, portuguesa… e nesse caminho todo, não faltam cafés de estilo clássico para um docinho e um café.
17. Schloss Charlottenburg
Como boa cidade europeia, Berlim não poderia deixar de ter um castelo: o Schloss Charlottenburg, concluído no século 17 pelo rei Frederico I para a rainha Sophie Charlotte. Se você estiver com o tempo apertado e tiver que escolher entre os palácios de Potsdam ou o de Berlim, prefira os de Potsdam porque você conseguirá visitar mais de um palácio, e por lá são mais suntuosos. Mas claro que o Schloss Charlottenburg também vale a visita.
Aliás, só caminhar pelos jardins já vale a ida – e é o que muitos moradores fazem. É um verdadeiro parque, formado por canteiros de flores, corredores de árvores, plantas ornamentadas e um lago – tudo isso era que simplesmente o quintal do rei Frederico I. Já os salões dessa que foi a residência oficial dos imperadores alemães e dos reis prussianos são enfeitados com importantes coleções de arte, porcelanas, veludos e lustres de cristal.
Alguns destaques são a sala de audiências, recoberta de tapetes nas paredes (que eram mais valiosos do que pinturas); a alcoba de cristal, com um espelho chamativo de cristal, e o teatro, inaugurado pela rainha Sophie Charlotte em 1700 e frequentado pelos principais compositores do mundo. Já a sala mais impressionante é o gabinete de porcelana, decorado com 2.700 (!) peças de porcelana. Foi idealizado porque, segundo o rei, o esplendor da riqueza deveria mostrar o esplendor do poder. A entrada custa € 17.
18. Landwehrkanal
Essa é dica de insider, já que esse canal não está na rota turística nem na lista principal de o que fazer em Berlim, mas é adorado pelos moradores. O Landwehrkanal tem 10.7 km de comprimento, e para facilitar para você, a parte mais bonita começa na altura da Prinzenstrasse, em Kreuzberg. Caminhar na beira do canal pela Carl-Herz Ufer, correr ou só andar de um lado para o outro ao lado das águas é relaxante para aqueles dias em que você só precisa da natureza. Um dos lados do canal está cheio de cafés e restaurantes, como o elegante e premiado Rutz Zollhaus, um casarão de arquitetura alemã bem na beira do canal.
Já se você quiser agito, principalmente em dia de sol e calor, é só ir ate a altura da rua Dieffenbachstraße, em frente ao hospital. Ali o pessoal se reúne com música, bebida e ainda tem os que levam os próprios botes para a água.
19. Topografia do Terror
A quatro quadras do Memorial aos Judeus Mortos na Europa, a Topografia do Terror, no Mitte, honra o título: serviu como sede para as organizações nazistas. De 1934 a 1945 foi ali o lugar escolhido para ser sede da Gestapo, da SS, do serviço de segurança nazista e o Escritório Central de Segurança do Reich. Os prédios que existiam ali foram destruídos nos bombardeios e os poucos restos escavados da estrutura já fazem lembrar de tantos horrores comandados bem onde você estará pisando.
Não vá esperando encontrar um museu todo interativo, com fotos, vídeos e simuladores. Esse é um museu raíz, mas imprescindível. Os muitos paineis estão espalhados a céu aberto, com textos, fotos e cartazes da época, que explicam questões profundas sobre o nazismo. Há explicações para quem quer ir além dos livros de história e ver, por exemplo, a Berlim dos anos de 1920, como foram banidos os partidos de esquerda e controlada a mídia, o mito do boom econômico, o mito da família ariana, a moldagem do nazismo, expansão, perseguição aos judeus, a vida durante os ataques aéreos e Berlim e as consequências do regime nazista. Enfim, conhecer o museu é uma oportunidade a ser aproveitada para entender a História.
20. Museu da Comunicação
Até quem não se interessa por comunicação vai gostar desse museu. A razão é simples: está instalado em um prédio histórico construído em 1874 já naquela época para ser o museu postal real. É o mais antigo museu das comunicações e imaginem então quão rica é a história mostrada lá dentro. Os meios exibidos ali vão do papiro, das cartas. e das mensagens em pedras aos robôs. Jornais de séculos passados, uma flauta do ano 500 a.C e salas repletas de todos os tipos de telefones, fax e máquinas de escrever vão te fazer lembrar do passado recente e aprender sobre o passado distante nas comunicações. O museu está no Mitte, o bairro principal, então não passe despercebido por esse edifício imponente.
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2 comentários
Que perfeito suas dicas parabéns
Oi Felix! Que bom que vc gostou! São aquelas dicas de quem mora que acabam sendo importantes para os turistas 🙂 Aproveite muito Berlim!