Só nas redondezas de Mendoza estão 980 vinícolas e grande parte delas está entre as melhores vinícolas da Argentina. Por isso, não é fácil selecionar as melhores vinícolas de Mendoza. Fui em três vinícolas por dia, durante quatro dias, e selecionei aqui para vocês as vinícolas que valem a pena conhecer.
Mais especificamente, as vinícolas estão em três cidades: Maipú, a 15 km de Mendoza; Luján de Cuyo (a terra do malbec), logo ao lado, a 18 km; e Vale do Uco, a 100 km.
Assim, o que se costuma fazer é se hospedar em Mendoza (o lugar com mais infraestrutura), usando-a só como a cidade-base, e de lá contratar passeios para as vinícolas.
Dessa forma você se livra da preocupação de ter de reservar as visitas com antecedência e horário marcado, e, principalmente, pode provar os vinhos sem a apreensão de ter que dirigir depois.
Até dá para alugar um carro e fazer o tour pelas vinícolas de Mendoza por conta própria, mas nesse caso o motorista da rodada certamente teria que se abster das degustações e, convenhamos, isso não é muito fácil quando se está pisando na terra dos vinhos – especialmente do malbec.
Organize a sua viagem:
Como são as viagens entre as vinícolas de Mendoza
Basicamente, uma viagem a Mendoza resume-se em peregrinar de vinícola em vinícola meio embriagado pelo vinho. Mas, ainda bem, esse é o resumo do resumo de o que fazer em Mendoza. Como ir em um brinquedo diferente em um mesmo parque de diversões, cada bodega de Mendoza proporciona uma experiência bem diferente.
Organize a sua viagem:
Nas vinícolas em Mendoza, pula-se de uma degustação de chocolate com vinhos em uma vinícola a um passeio de bike pelos parreirais em outra, de um banho num ofurô imerso em vinho ao engarrafamento da própria bebida, ou ainda de um museu que exibe o maquinário usado para a produção no século passado a um almoço romântico em uma sede elegantíssima de uma vinícola. Visitei muitas vinícolas só para contar para vocês quais são as melhores vinícolas e as dicas de Mendoza:
Vinícola Trapiche
A história do vinho em Mendoza começou em Maipú, aonde chegaram os primeiros imigrantes vindos da Espanha, França e Itália no século 19 trazendo da Europa o conhecimento no cultivo. Só podiam ser em Maipú então as vinícolas mais antigas, e as mais famosas.
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A vinícola Trapiche, criada em 1883, é a melhor testemunha dessa história. Entre algumas dezenas de oliveiras (de onde saem azeites deliciosos) e das lhamas que passeiam pela propriedade, a antiga linha do trem ainda está ali, erguida por volta de1925 para levar a produção a Buenos Aires, e, da capital, partir para exportação – com isso, a Trapiche foi uma das primeiras vinícolas argentinas a competir mundialmente.
Como uma espécie de museu, a vinícola ainda mantém a primeira prensa mecânica, os salões com piso e teto original de 1920 e, por ter sido pioneira nos métodos de armazenamento em barricas de carvalho francês e em tanques de aço inoxidável, exibe-os com orgulho.
[poll id=”8″]Mas, como em todas as outras vinícolas em Mendoza, o que todo mundo espera é o gran finale: a degustação de alguns vinhos entre os 60 rótulos produzidos pela empresa. Dica: os azeites são ótimos e é uma boa comprar na Trapiche.
Vinícola Trivento
Próxima da Trapiche, a cerca de 8 km, a vinícola Trivento é uma boa como continuação do roteiro. Nela, o cardápio de atividades é tão grande que daria ir mais de uma vez.
A visita guiada segue como qualquer outra: passeio nos vinhedos para entender as características do terroir, ver o modo de irrigação e o descanso em barris de carvalho, até todo mundo terminar com os lábios roxos numa degustação na sede da vinícola, onde há exposições temporárias de obras de artistas locais. Mas, sair desse script não é difícil na Trivento.
Nesta vinícola de Mendoza há várias atividades gostosas, com um “tapeo criollo”, isto é, uma manhã ou tarde em meio aos parreirais comendo as sempre deliciosas tapas (petiscos) da região, como frios, frutas secas, pães, frutas desidratadas, e, claro, vinhos.
Prefere se exercitar? Então melhor fazer o passeio de bike de meia hora pelo vinhedo. Quer voltar para casa com boas lembranças da viagem?
Aí o legal é aderir à oficina “fotografia e vinho”, em que um fotógrafo dá ensinamentos básicos de fotografia antes de levar o turista para uma volta pela vinícola dando todo o acompanhamento para fazer boas imagens.
E para posar de expert na volta ao Brasil, a dica é fazer a degustação que combina os melhores vinhos da Trivento com chocolate belga.
Com a ajuda de um enólogo, eu descobri que chocolate não se resume só a “bom” ou “ótimo” e avaliei também itens como a crocância, a adstringência e a frescura e, enfim, aprendi a harmonização ideal com os vinhos.
Vinícola El Enemigo
Mesmo que a leve tontura recorrente o faça pedir arrego de mais uma rodada de cinco ou seis taças de vinho, siga para a El Enemigo, também em Maipú, e, além da visita e da degustação, programe um almoço ou jantar no incrível restaurante de lá ( aliás, a panqueca de doce de leite é inesquecível).
O enólogo responsável, Alejandro Vigil, é daquelas pessoas-figura. Despojado e dono das melhores caretas na hora de fotos, foi enólogo chefe da icônica vinícola Catena Zapata por 13 anos.
Ele uniu-se à historiadora Adriana Catena para construir uma vinícola colorida e com formas disformes inspirada na mitologia e na fantasia dos autores preferidos de ambos. Entre eles, podemos citar Dostoyevski, Dante Alighieri e Júlio Cortázar.
Vinícola Renacer
Já na cidade vizinha Luján de Cuyo, a Renacer é outra daquelas vinícolas com tantas atividades que a única frustração é não poder fazer de tudo.
Os indecisos têm a difícil missão de escolher entrefazer um piquenique entre os parreirais (480 pesos), engarrafar o próprio vinho (185 pesos).
Além disso, é possível optar por saborear um almoço criollo entre os tanques de aço inox (com preço sob consulta).
Fiz esses dois últimos e são uma delícia. O almoço entre os tanques [e bem despojado, para aquele momento em que ninguém quer saber de fazer pose. E a atividade de engarrafr o vinho é divertida: abri a mangueira dos tanques, coloquei rolha e até o rótulo.
Vinícola Andeluna
Enquanto as vizinhas Maipú e Luján de Cuyo são a casa das vinícolas centenárias, Valle do Uco foi desenvolvida como região vitivinícola só 15 atrás.
A maior altitude desse pedaço (entre mil e 2 mil metros), a temperatura mais baixa (cerca de 4 graus a menos do que em Mendoza) e a maior amplitude térmica favorecem cascas mais grossas, o que resulta em mais taninos e, por conseguinte, em vinhos mais complexos.
A região, portanto, é a dona das vinícolas butique, produtoras de vinhos super premium, com sedes modernas que levam jeito de casa do amigo rico. Por ser mais longe, tire o dia para circular por vários desses elegantes casarões da região.
Um dos principais expoentes dessa elegância toda é a Vinícola Andeluna, onde vale chegar cedo para ficar papeando nos sofás de couro em volta de uma lareira.
Ou, para aproveitar o restaurante da mansão cujo menu degustação tem seis pratos e seis vinhos. “Geralmente, se escolhe um vinho para harmonizar com os pratos, mas aqui criamos um prato para harmonizar com o vinho. O que queremos é ressaltar a bebida”, conta o enólogo da vinícola Andeluna, deixando claro a importância do vinho naquelas bandas.
The Vines: a vinícola de Mendoza cheia de elegância
Depois, combina muito bem continuar a rota etílica refinada com uma visita à The Vines, uma das mais procuradas vinícolas de Mendoza. É um empreendimento no estilo condomínio de produtores de vinhos, em que qualquer um que sonhe em produzir a bebida pode adquirir um lote e ter seu vinhedo ali com a consultoria completa do aclamado enólogo Santiago Achával, fundador da vinícola Achával-Ferrer.
Ele e sua equipe sugerem desde qual uva plantar e como cultivar até o nome do rótulo. Esse bairro de vinícolas tem 157 proprietários, entre os quais os brasileiros marcam presença: o país é o segundo em número de investidores.
O ritual ali é o de sempre: passeio entre os parreirais junto a mais algumas taças de vinho entornadas. Mas não é por isso que o lugar é igual aos outros.
O cenário é esplendoroso e parece uma pintura enfeitada de lagos, parreirais e montanhas nevadas no horizonte. É ao ar livre, embrenhado nessa paisagem do The Vines, que fica um dos mais famosos restaurantes de Mendoza: o Siete Fuegos, comandado pelo chef bambambã Francis Mallmann.
Com uma chama no chão, que é tradição dos gaúchos argentinos, ele prepara ao ar livre, em carvão e lenha, perdições com sete técnicas em fogo, como uma costela assada por nove horas, o salmão com sal grosso, assado sobre ferro fundido; empanada e camarões feitos na chapa e sanduiche de lomo cozido por seis horas.
Tudo servido numa varanda à beira de uma piscina, com vista para os parreirais emoldurados pela Cordilheira dos Andes, e, como não podia faltar, uma taça de um bom vinho na mão.
A vontade é de não sair mais de lá. Para quem resolve seguir esse desejo, existe solução. É só desembolsar cerca de US$ 600 e ficar no hotel maravilhoso do empreendimento, o qual foi “só” colocado na lista dos 33 melhores novos meios de hospedagem do mundo em 2014 pela revista Condé Nast.
O Siete Fuegos pode ter o visual mais arrebatador, mas o mais famoso restaurante de Francis Mallmann é o 1884. A qualidade é a mesma, mas é mais concorrido por ser mais perto do centro de Mendoza, a só 6 km dali.
É daqueles imperdíveis para um jantar romântico. Pegue uma mesa no jardim para sentir o clima informal-chique de comer em meio a um gramado sentado em boas poltronas.
Vinícola Caro: a vinícola de Mendoza com um restaurante imperdível
O nome do restaurante 1884 tem um motivo: é porque o restaurante, de gastronomia andina, está no prédio da Bodega Escorihuela, fundada em 1884.
Hoje, ali está também a elegante vinícola de Mendoza, a Caro, nascida da união da família Rothschild com a Catena, e que também merece visita. Ela é mais uma das mais importantes vinícolas de Mendoza para o turismo, e o restaurante, também tem superlativos: é dos melhores restaurantes de Mendoza.
Cavas Wine Lodge
É um hotel e vinícola dos mais elegantes. Os quartos têm um terraço no segundo andar com vista para o parreiral e as montanhas nevadas.
É lindo! O lugar é super romântico, então se quiser uma tarde a dois em uma das vinícolas de Mendoza vale a pena passear por lá e prever no orçamento um almoço no Cavas Wine Lodge.
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