A Cidade de Goiás (ou Goiás Velho) é a cidade de Cora Coralina: o lugar onde nasceu e morreu a escritora considerada um dos grandes nomes da literatura brasileira. As ruas de pedras, os prédios históricos e todo o charme da cidade foram inspiração da poetisa e fizeram da Cidade de Goiás Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade desde 2001.
Cora faz parte da história da Cidade de Goiás, que foi capital do Estado por mais de dois séculos. Sua Casa Velha da Ponte, como a escritora a chamava, é também histórica e virou museu. Da ponte, a vista da rua de pedra e da Igreja do Rosário é uma das mais bonitas.
Cheguei à noite na cidade onde nasceu Cora Coralina. Mesmo na escuridão, a beleza do casario antigo me deixou encantada.
À luz do sol – e quanta luminosidade há na Cidade de Goiás! – o destino é ideal para ser explorado caminhando, com calma, no seu próprio ritmo. É imperdível para qualquer turista e fica a só 140 km de Goiânia.
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Para que você aproveite bem a sua viagem, selecionei todos os lugares que não dá para deixar de conhecer na Cidade de Goiás. Se eu fosse você, já ia buscando as passagens.
Museu Casa de Cora Coralina
Construída em 1770, a casa onde nasceu Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretãs em 1889 virou o museu Cora Coralina. E quem foi Cora Coralina? Ana é Cora Coralina, que usou o pseudônimo para publicar seus textos. Apesar de ter morado por anos fora de Cidade de Goiás, ela voltou a morar na residência de seus pais e faleceu nela em 1985.
Goiás Velho, como também costumam chamar a Cidade de Goiás, nasceu da busca de bandeirantes por ouro e se desenvolveu nos séculos 18 e 19, quando a maioria das construções, como a casa de Cora, e monumentos históricos foram erguidos.
Organize a sua viagem:
A Cidade de Goiás é cortada pelo Rio Vermelho, que está ao lado do Museu Casa de Cora Coralina. Talvez esse seja o lugar mais emblemático do destino por reunir tudo que tem de mais precioso por lá: o rio, as casas históricas e uma igreja, a do Rosário, a poucos passos.
A ampla casa de 16 cômodos fica em um terreno com área total de 3.000 m² e foi lançada como museu em 20 de agosto de 1989, quando Cora faria 100 anos. A família doou o acervo. São objetos, manuscritos, fotos, livros, móveis e até utensílios domésticos.
É possível entender um pouco a vida de Cora além da poetisa, que, aliás, só foi reconhecida mais velha. Um lado muito forte dela é destaque, o de doceira. A cozinha é um dos pontos altos, onde o vapor das panelas é usado para projetar poesia.
Além de trajes de honra e prêmios literários que a mulher que estudou só até a terceira série primária ganhou, dois outros locais tocantes na casa são o cômodo com a máquina de escrever e o quarto. Dá para ouvir o som da máquina, como se a moradora ainda estivesse ali datilografando, e as palavras voam pela parede.
O quarto de Cora é de uma simplicidade incrível e, talvez por isso, escolheram colocar naquelas paredes o poema Humildade, do qual deixo um trecho abaixo:
“Que eu possa agradecer a Vós,
Minha cama estreita,
Minhas coisinhas pobres,
Minha casa de chão,
Pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
Debaixo do meu fogão de taipa
E acender eu mesma, o fogo alegre da minha casa
Na manhã de um novo dia que começa.”
Da janela do quarto de Cora, o Rio Vermelho. Na porta da casa, do lado aposto do rio e da ponte, a Igreja Nossa Senhora do Rosário, de 1734 e reconstruída e 1934 em estilo gótico. Ali, da casa da poetisa, essa vista sem igual em todo Estado. Fico a pensar sobre o quanto essas ruas, rio e igreja inspiraram a mulher forte e doce que era Cora.
A visita, assim como toda a Cidade de Goiás, é uma viagem no tempo. Parece clichê, mas foi assim mesmo que me senti.
O valor do ingresso do Museu Casa de Cora Coralina é R$ 10.
Tia Tó e o Museu de Arte Sacra da Boa Morte
Se tem outra pessoa que representa tão bem a Cidade de Goiás como Cora é Antolinda Baia Borges, mais conhecida como Tia Tó. É impossível passar por lá sem ter notícias dela, não só porque é uma figura popular, mas porque está completamente envolvida com a cidade. Além de ter uma pousada, a simpática senhora de quase 90 anos é responsável pelo Museu de Arte Sacra da Boa Morte.
O museu ocupa a Igreja da Nossa Senhora da Boa Morte, construída em 1762. Virou museu em 1967 e, entre as peças, a maioria é do escultor Veiga Valle.
A Tia Tó toma conta do lugar como se fosse sua própria casa e tem carinho enorme por cada peça, além de saber a origem de todas. Uma das obras famosas que está exposta no local é a Sant´Ana Mestra, escultura em madeira policromada.
Vale dar uma passadinha lá, não só pela beleza e história das obras, mas pela construção em si e para tentar dar um beijo na Tia Tó.
A matriz, o coreto e o palácio de Cidade de Goiás
No centro de Cidade de Goiás, entre o Museu Casa de Cora Coralina e o Museu de Arte Sacra da Boa Morte, fica a Praça do Coreto. Desse modo, por lá, há atracões que devem entrar na sua lista.
A primeira é o coreto, que dá nome à praça. Além de ser uma construção bonita, a base abriga uma sorveteria. Pode parecer estranho ressaltar isso, mas por lá há sabores de picolés e sorvetes que você talvez não tenha a chance de provar tão cedo.
Sendo assim, são usadas frutas do cerrado de Goiás, como murici, cagaita, cajá e graviola, para fazer as guloseimas. Além disso, no calor que faz por lá, algo gelado é uma ótima ideia.
Em frente à praça está a igreja matriz da cidade em homenagem à Sant´Anna. Construída em 1727, ela é rica arquitetonicamente porque representa três períodos históricos distintos.
Entretanto, outro ponto histórico de destaque também fica nos arredores da praça: é o Palácio Conde dos Arcos. Trata-se de uma adaptação de quatro residências feita para abrigar os governadores da Capitania no passado.
Assim sendo, desde 1961, passou a ser um museu com exposição da história dos governadores de Goiás. É outra bela construção da cidade e dá para imaginar claramente Cora Coralina andando por ali e pensando em seu próximo poema.
O chafariz e o Museu das Bandeiras
Um chafariz amarelo vai chamar a sua atenção na Cidade de Goiás. Ele é grande, imponente. Organizado em quatro corpos.
Esse é o Chafariz de Cauda de Cidade de Goiás. Claro que também é histórico, de 1778. Foi feito para abastecer a cidade de água, junto com outro já existente, o Chafariz da Carioca. Atualmente, ele não é mais usado, mas vale uma boa foto, principalmente porque uma obra como essa é pouco comum no Brasil atual.
Pertinho dele, fica minha última indicação, o Museu das Bandeiras. Uma cidade com um centro histórico classificado como Patrimônio da Humanidade da UNESCO, claramente, tem muitas outras atrações para serem vistas, mas escolhi só aqueles locais que devem ser visitados mesmo em uma viagem rápida, como foi a minha, apenas um dia.
O Museu das Bandeiras remonta bastante como foi a vida na cidade no passado. Inicialmente, era a Casa da Câmara Cadeia. A construção do prédio teve início em 1761 e terminou em 1766.
Além de ser bonito e ter um pátio bem agradável, cheio de árvores, a história por ali é rica. Uma das salas visitadas é aquela em os presos ficavam, no térreo, e outra, onde eram julgados, no primeiro andar. De uma para outra havia só uma escadinha bem estreita.
Objetos da época e históricos também são expostos no museu, bem como artigos indígenas. Como todas as construções mais antigas do Brasil, as janelas são privilegiadas, bem grandes.
No segundo andar, não deixe de olhar por elas, talvez bater uma foto, tentar sentir um pouco da tranquilidade do lugar e ver a beleza, que, apesar de imortalizada por Cora, ainda é tão pouco conhecida e procurada pelo próprio brasileiro.
Informações para você visitar Cidade de Goiás:
Site informações turísticas: http://www.prefeituradegoias.go.gov.br/turismo/
Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – Goiás: http://www.abihgo.org.br/
Contudo, é importante destacar que todos os museus da cidade fecham às segundas-feiras
Museu Casa de Cora Coralina
Rua Dom Cândido Penso, 20 – Centro
(62) 33711990
Aberto de terça a sábado das 09h00 às 12h00 e das 13h00 às 17h00
Domingo: das 09h00 às 15h00
Museu de Arte Sacra da Boa Morte
Rua Luiz Couto – Centro
(62) 3371 1087
Aberto de terça a sábado das 09h00 às 12h00 e de 13h00 às 18h00
Domingo: das 08h00 às 12h00
Palácio Conde dos Arcos
Praço Tasso de Camargo (pça do Coreto) – Centro
(62) 3371 1200
Aberto de terça a sábado das 09h00 às 12h00 e das 13h00 às 17h00
Domingo das 08h00 às 13h00
Museu das Bandeiras
Praça Brasil Ramos Caiado – Centro
(62) 3371 1087
Aberto de terça a sábado das 09h00 às 12h00 e das 13h00 às 17h00
Domingo: das 09h00 às 13h00
* Viagem a convite da ABIH-GO. O conteúdo do post é independente, baseado na opinião livre da autora.
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