O guia completo de Aruba. Você vai ver aqui tudo o que fazer em Aruba, as dicas, as melhores praias de Aruba, dicas de restaurantes, quando ir para Aruba, todos os passeios e muito mais.
O mar de Aruba é pintado com a cor mais ofuscante possível de azul-piscina. Só isso já seria suficiente para te convencer a ir para a ilha. Mas além disso, Aruba tem sol e calor o ano inteiro, está fora da rota de furacões, tem restaurantes pé na areia deliciosos, resorts em frente a esse mar hipnotizante e recebe todo mundo bem. É, não é à toa que Aruba é apelidada de A Ilha Feliz. E isso não é maneira de dizer, não. A frase é tão institucionalizada que está até no carimbo que estampado no seu passaporte, nas placas dos carros por lá e tem inclusive o Dia da Felicidade. Mas nem precisava: não tem como não ficar feliz em Aruba.
O país agrada todo mundo e sua cheio de coisas para fazer em Aruba: pode ir em casal, em família ou em amigas como eu fui. Para os casais, a paisagem por si só já é bem romântica, mas você pode acrescentar aí drinques em espreguiçadeiras, praias vazias e restaurantes literalmente em frente ao mar. Para a família, é aquele destino sem perrengues: o mar é calminho para as crianças, as estradas são bem sinalizadas e os hotéis em Aruba têm uma superestrutura. E, entre amigas, além de aproveitar as praias juntas, é bem divertido ficar nos bares, nas balada, fazer caiaque juntas ou um passeio de barco.
Onde fica Aruba
Aruba está no sul do Caribe, pertinho da Venezuela, a só 25 km ao norte da Venezuela. Tem a boa vantagem de estar na região do Caribe onde não tem furacão, o que significa que você pode ir o ano todo para a ilha com o clima que pode uma viagem pelo Caribe: sem preocupações.
Aruba é pequena. Tem só 30 km de comprimento por 9 km de largura, e com esse comprimento modesto daria para atravessar a ilha toda de norte a sul em uma hora de carro, claro que sem fazer paradas. É um feito hipotético mesmo, porque ninguém em sã consciência conseguiria ficar vendo o mar azul passar pela janela do carro e não fazer uma paradinha nem que só para olhar.
Quando se trata da geografia, Aruba é bem particular se comparada a outras ilhas caribenhas – inclusive as vizinhas. Enquanto todas estão baseadas no conjunto areia branquinha e mar azul, Aruba tem isso e mais um pouco: boa parte de Aruba é semidesértica. Quase um quarto da ilha é coberta pelo Parque Nacional Arikok, com cactos, areia, zero moradores e tudo o mais o que as áreas áridas dão direito.
No lado oeste, estão as praias com o mar sem ondas que parece querer ser confundido com uma piscina, o tom azul fosforescente e a maioria dos hotéis. Já o leste é ocupado por essa região desértica – e não é por isso que não tem mar. Nesse pedaço da ilha, as praias são bem selvagens e com ondas fortes. Ou o mar nesse trecho é pontuado por surfistas e praticantes de windsurf, ou, se você não vir ninguém, é só procurar que vai ter uma placa de “proibido entrar na água” por conta das ondas fortes.
Aruba é país?
Sim, Aruba é um país independente que faz parte do Reino dos Países Baixos. Ou seja, Aruba não faz parte da União Européia, mas todos os cidadãos têm passaporte holandês, o que dá a eles todos os direitos de um cidadão da União Europeia, como morar e estudar na Europa.
Quando ir para Aruba
Como Aruba está fora da rota de furacões que atinge o Caribe de junho a setembro (mais especificamente em setembro), você pode ir o ano todo. Além disso, está sempre quente: a temperatura gira em torno dos 28 ºC o ano inteiro. A época de mais “frio” em Aruba é de dezembro a março (e mesmo assim, o termômetro vai de 24 ºC a 30 ºC), e de mais calor, entre maio e outubro.
Como em alguns pontos do Nordeste do Brasil, Aruba tem aquele vento constante, que não deixa ninguém passar calorão, mas ao mesmo tempo pode queimar demais quem acha que a temperatura está amena (por isso, não deixe de passar o protetor solar só porque tem um ventinho refrescante).
Outro ponto para ter atenção: de março a junho costuma ter sargaço nas praias (e ninguém quer encontrar uma praia caribenha cheia de algas, né?). Também fique atento às chuvas. O período que mais chove é de novembro a janeiro, e mesmo que elas sejam rápidas e não cheguem a atrapalhar os passeios do dia, o que elas podem é atrapalhar as fotos: com o céu mais escuro, a água não vai parecer tão azul quanto com o sol batendo. Só tenha isso em mente.
Assim como os furacões e o frio (os dois inexistentes em Aruba), você também não precisa se preocupar com a temperatura da água: é sempre quentinha. Seja inverno, seja verão, está sempre em torno dos 27 ºC, e é em maio o mês em que a água em Aruba está mais quente.
Levando tudo isso em consideração, a melhor época para ir a Aruba é de junho a outubro, quando você tem menos chance de pegar chuva e de encontrar sargaço nas praias, e mais chance de ter o sol e calor que você espera nas férias.
Quantos dias ficar em Aruba?
Ainda que a ilha seja pequena, não fique menos de quatro dias. É só assim que você vai ter tempo o suficiente para conhecer as principais praias, e o mais importante, sem pressa de ir embora. Afinal, ninguém vai para o Caribe para ficar correndo de praia em praia, né? Com esse tempo em Aruba você consegue, além das praias, fazer um passeio pelo deserto, ter tempo para curtir o hotel, conhecer restaurantes, ver o pôr do sol… tudo com calma.
Qual é o idioma de Aruba
Os idiomas oficiais de Aruba são o holandês e o papiamento, mas todos falam também inglês e espanhol. Nas escolas de Aruba, as aulas são em holandês, mas nas ruas os moradores falam uns com os outros em papiamento. O papiamento (aquela que era a língua do Hopi Hari, lembra?) era um dialeto, mas desde 2013 virou idioma oficial inclusive reconhecido pelas Nações Unidas.
É bem fácil entender o papiamento porque a língua mistura português, espanhol e holandês, mas entender é só por diversão mesmo. Você não precisa gastar neurônios para isso porque a população toda de Aruba fala fluentemente inglês e espanhol. Com todas essas misturas na ponta da língua, eles têm facilidade em entender outras línguas, o que quer dizer que caso você não fale nem inglês nem espanhol, tudo bem também: um portunhol quebra o galho em último caso.
Aruba: precisa de visto?
Brasileiros não precisam de visto para Aruba. Para entrar na ilha você precisa de passaporte, certificado internacional de vacina contra Febre Amarela (atenção, lembre-se de tirar o seu) e seguir os protocolos de entrada contra covid. Não vá viajar sem consultar as atualizações no site oficial.
Para entrar em Aruba, você não precisa mais apresentar o certificado de vacinação ou o teste negativo de covid. Mas uma medida bem interessante do governo é que todos precisam fazer um seguro obrigatório contra Covid por US$ 15. É obrigatório também preencher o ED Card no site específico para isso – um formulário com as informações dos seus voos e do seu hotel. É enquanto você preencher esse formulário que você vai fazer também o seguro obrigatório e pagar na hora com o seu cartão de crédito. Depois, vai receber por e-mail uma confirmação de que está com tudo em ordem para embarcar. Tire print para apresentar no check-in e na chegada em Aruba.
E atenção: o seguro-saúde obrigatório de Aruba cobre só custos caso você teste positivo em Aruba, como internação, transporte e as diárias no isolamento. Por isso, não deixe de fazer também um seguro-viagem para viajar para a ilha. Caso você tenha algum acidente (mesmo que leve) ou uma dor, terá que pagar um preço altíssimo para usar um hospital local sem o seguro-saúde. Compare o preço dos seguros aqui, escolha o melhor para você e ainda ganhe 5% de desconto.
Como rodar por Aruba
Nada como a liberdade de alugar um carro e sair pela ilha parando de praia em praia. Até tem ônibus em Aruba – o Arubus, que custa US$ 7 o dia ou US$ 2 o tíquete, mas eles não passam tão frequentemente. O melhor é alugar um carro, e logo na saída do aeroporto já estão todas as locadoras enfileiradas. Para economizar, conseguir parcelar, pagar em reais e não precisar pagar o IOF, recomendo alugar pela Rentcars, comparativo de preços de locadoras.
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Qual moeda levar para Aruba
Em Aruba se usa o florim de Aruba, mas o dólar dos Estados Unidos é aceito em todos os estabelecimentos. O melhor é levar dólar americano para Aruba, mas pode ser que você receba o troco em florim. Uma curiosidade é que o câmbio não flutua: nas lojas e restaurantes de Aruba, 1,8 florim vale US$ 1, enquanto nos supermercados e postos de gasolina a taxa de câmbio é de 1,75 florim para US$ 1.
Aruba para mulheres
Aruba é segura? muito! Você não precisa se preocupar: é considerada uma das ilhas mais seguras do Caribe. Por ser praia e viver do turismo, os moradores estão mais que acostumados a mulheres de biquini. Não precisa ter vergonha nem se esconder. Aliás, Aruba é comandada por uma primeira ministra e o turismo de Aruba também tem como CEO uma mulher. Além disso, Aruba é conhecida por ter mulheres influentes no mundo: a vice-presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional) é arubiana, por exemplo.
Caso você esteja com amigas, como eu fui, vocês vão se divertir muito: dá para passar o dia tomando um drinque na beira da praia do hotel, ir nos bares de Palm Beach ou na balada superlocal Bochincha ou ainda ficar conversando no deque dos passeios de barco. Enfim, recomendo Aruba para uma viagem de mulheres – seja sozinha ou com as amigas.
O que fazer em Aruba
Conheça aqui os melhores passeios em Aruba: as melhores praias, onde comprar, o que comer, as dicas de Aruba…
Melhores praias de Aruba
Apesar de as praias mais famosas estarem todas no lado oeste da ilha e serem próximass umas das outras, cada uma tem uma cara. Não é porque você viu uma que viu todas. Tem a praiona com os resorts e bares, tem a mais tranquilinha, a praia para fazer snorkel, a praia rodeada por mais belezas naturais… minha dica é explorar pelo menos uma por dia.
Palm Beach
O trecho mais turístico, que concentra os grandes resorts, é a praia de Palm Beach, o puro estereótipo caribenho. Na lista de o que fazer em Aruba, ela costuma estar na lista de primeira praia visitada por ser onde está a maioria dos hotéis. Quiosques estão distribuídos ao longo de toda a faixa de areia, alguns com a função de servirem só como sombra para os banhistas, e outros, abrigando bares sempre cheios, como é o caso do Moomba Beach, point de dia e de noite, quando se transforma em uma boa balada pé na areia. Não importa qual é o bar, todos fazem aqueles drinques clássicos da região, como piña colada e mojito, além do coquetel típico de Aruba, que, como a nossa caiprinha, está em qualquer cardápio: o Aruba Ariba, feito com vodka, rum, creme de banana, grenadine, suco de frutas e um licor local à base de agave.
Organize a sua viagem
Além dos resorts e da badalação, Palm Beach é também o lugar para fazer atividades na água. O stand up padre costuma ser relaxante, mas tenha em mente que o vento em Aruba é forte e voltar para a terra firme exige preparo físico. Vale a pena investir no parasailing para ver Aruba de um ângulo mais inusitado: do alto, sendo sustentado por um paraquedas puxado por uma lancha. Quem relaxar, vê até tartarugas nadarem láaaaa embaixo enquanto o corpo vai para lá e para cá ao sabor do vento.
Eagle Beach
Essa praia de Aruba está a só 15 minutos a pé de Palm Beach, e é tão famosa quanto. É refugio do pessoal mais alternativo e de europeus que não fazem questão de resortões, e onde, ao contrário de Palm Beach, os hotéis não ultrapassam os cinco andares. É uma das praias mais bonitas de Aruba, tanto que volta e meia ela está entre as escolhidas no TripAdvisor como uma das três praias mais bonitas do mundo. Além disso, é a praia de Eagle Beach a dona do grande símbolo de Aruba junto com o mar azul: as divi-divis, as árvores que têm o tronco torto e retorcido por conta da ação do vento. Algumas curiosidades sobre a divi-divi:
- O nome divi-divi na verdade é apelido. Surgiu porque essa árvore de Aruba dá um fruto muito grande, e para levar, o pessoal dividia.
- A divi-divi está sempre apontando para o sudoeste por conta conta dos ventos que vão do norte para o sul da ilha. Se você se perder, ta aí uma bússola natural.
- A divi-divi é a espécie Watapana que… não cresce na praia. Essa é a Fofoti, que é bem parecida. Mas já está tão famosa que foi promovida a divi-divi.
Baby Beach
Ela não é tão famosa quanto a Palm Beach e a Eagle Beach, mas deveria ser. Isso porque essa praia de Aruba é a que tem o mar mais azul possível: é daqueles azul clarinhos de arder os olhos. E o nome da praia não é à toa: ondas são artigo raríssimo, a água bate na cintura ainda que mar adentro e por isso é perfeito para famílias com crianças.
Essa praia de Aruba tem mais jeito de rústica: não tem um único prédio ao redor. Só algumas espreguiçadeiras para serem
alugadas, um pequeno restaurante, um barzinho de madeira e um banheiro numa casinha de madeira escondido atrás de um matagal. Só o que destoa na paisagem é uma refinaria de petróleo desativada, mas para quem vê o “copo meio cheio”, ela dá uma certa cara futurista à Baby Beach, graças às torres cilíndricas metalizadas em meio à beleza da praia que a faz parecer de outro planeta.
Mangel Halto
Essa é mais uma praia com jeito de intocada. A natureza ao redor da Mangel Halto tem de tudo: rochas, pedras, um mangue e recifes, tudo combinado com o mar azul-turquesa. O pedaço mais bonito é a entrada para o mar pelos manguezais, já que é ali que você encontra atividades como Stand up paddle e snorkel. A água vai começar rasinha, depois afunda até ficar casinha de novo lá no meio do oceano. É que aquele pedaço é dono de um imenso arrecife, que deixa a água clarinha no meio do mar, e faz ser uma boa opção enfiar a cabeça na água com um snorkel. Aquele pedaço é endereço de anêmonas, esponjas, corais, sargentos e peixes-papagaios.
A Aruba Outdoor Adventures faz um passeio bem diferente para os arrecifes: a bordo de um caiaque com pedal todos vão pedalando até chegar ao ponto azulzinho de snorkel. A vantagem é que ninguém precisa remar brigando com o vento: tudo é com uma manivela no próprio caíque, mas é bom saber nadar para não se desesperar com o vento. Custa US$ 100 por pessoa.
Boca Catalina
Durante o dia, se quiser dar uma fugida do movimento intenso de Palm Beach, é só caminhar cerca de 40 minutos pela praia (ou ir de carro em menos de dez minutos) até Boca Catalina, uma praia discreta, sem infra alguma, a não ser as vagas para no máximo dez carros e alguns quiosques de palha.
Essa baía escondida entre as pedras é tão amada que reúne moradores da ilha, turistas e os endinheirados do continente, que escolheram aquele ponto para manter suas mansões envidraçadas com vista para o mar. A faixa de areia é pequena, mas não importa: por causa da água azul-bebê cristalina, é uma das melhores praias de Aruba para fazer snorkelling vendo as centenas de peixinhos multicoloridos passarem. Independentemente do acervo de praias que você conheceu pelo mundo, essa é uma forte candidata a estar no rol das mais bonitas.
Passeio pelo Parque Nacional Arikok
Enquanto em muitas ilhas caribenhas a natureza não vai além da combinação mar azul e areia branca, Aruba tem um baita plus. Quase 25% do território é ocupado pelo Parque Nacional Arikok, dando à ilha a honra de ter a maior área de parque nacional proporcional ao território de um país. Se isso faz alguma diferença para os turistas é que não faltam passeios para explorar trechos inóspitos da ilha. Contrariando o estereótipo do Caribe, esse pedaço é escancaradamente desértico, com solo ressequido e predregoso, cheio de cactos, mas… com o mar logo ali no horizonte.
São 78 km de trilhas dentro do parque, e muitas são bem fáceis e acessíveis. Você até pode entrar de carro próprio, mas para chegar em certas áreas é preciso estar com 4 x 4. Ou, pode também percorrer a pé por conta própria ou ainda contratar um guia do parque para acompanhar. A vantagem é que esse nativo apaixonado pela natureza irá indicar e explicar sobre cada planta do trajeto, apresentando com um orgulho tremendo as divi-divis e as centenas de plantas medicinais do pedaço (60% delas têm propriedades homeopáticas). Além da aloe vera, que hidrata e melhora queimaduras, você voltará ao Brasil como um conhecedor das plantas, e das receitas, que, dizem os aruebenhos, servem para desinfectar, tratar a dor de estômago, controlar o açúcar no sangue e por aí vai.
De qualquer uma destas formas, vai precisar pagar o ingresso, de US$ 11 por pessoa para maiores de 11 anos. Para ficar tudo mais fácil, recomendo o passeio que fiz, o jeep tour com a De Palm Aruba, que leva seis horas e custa US$ 75 por pessoa. Você também tem a opção do trajeto maior, fazendo o passeio com oito horas de duração, incluindo ainda almoço e piscina natural, por US$ 90 por pessoa – mas, sinceramente, oito horas de passeio por um cenário desértico já começa a ser cansativo.
O tour é em um Jeep como os de safári na África, o que deixa tudo mais divertido e com mais cara de aventura. Mas, diferentemente da África, não se fica o tempo todo dentro do carro. Fazemos trilhas a pé, vemos pinturas rupestres e descemos em praias selvagens (Dos Playa, Boca Prinz e Boca Grandi), mas o pedaço mais incrível é a caverna Guadirikiri.
Milhões de anos atrás ela chegou a ocupar o fundo do mar, e não é que entre as câmaras, as estalactites e as estalagmites, dá mesmo para se sentir entre antigos corais? a caminhada pela caverna é toda intercalada por caminhos escuros e câmaras por onde entram os feixes de sol. Se estiver por conta própria, não precisa ter medo de explorá-la, porque os caminhos são bem demarcados e a caverna é bastante turística. Sempre haverá gente por ali no horário de visitação, das 8h às 16h.
Para completar a coletânea de cenários que é notável em Aruba, entre essa vegetação desértica marcada pelos cactos e divi-divis, brotam também alguns marcos históricos: uma graciosa casa de adobe, erguida no fim do século 17, e a interessante Gruta Fontein, onde o teto está apinhado de pinturas rupestres feitas mil anos atrás por tribos indígenas que habitaram a ilha.
É no Arikok que está ainda a montanha Jamanota, que, com meros 189 metros de altura, consegue ser a mais alta desse país quase inteiramente plano. A reputação, entretanto, não faz com que ela seja a mais popular. O monte em que todo mundo gosta de subir é o segundo mais alto, o Hooiberg, de 165 metros, disposto no meio da ilha, e, por isso, com um visual 360 graus privilegiado. É preciso de um certo fôlego para encará-lo: 587 degraus levam até o topo, um trajeto que virou um exercício popular dos arubanos. Eles adoram se encontrar lá, vestidos com leggings, shorts e camiseta de esporte para perder calorias subindo e descendo algumas vezes a escadaria.
Para quem a disposição física não é um empecilho, um prêmio o espera no alto do monte: um panorama completo da ilha, onde o deserto, as casinhas coloridas e o mar se esbarram, e até a costa da Venezuela é incluída nesse cenário. Diante dessa cena, a ofegação da subida vai ficando mais mansa. Ela só para de vez, quando, lá no alto, as pedras convidam a sentar, a respirar fundo e a se deslumbrar por um longo tempo com o mar agraciado pelo tom de azul. E nesse momento se entende por que, para quem vive em meio a esse visual, no vocabulário só há felicidade.
Donkey Sanctuary
O Donkey Sanctuary (ou santuário de burros, em português) é um projeto bem interessante. Trata-se de uma ONG criada por uma holandesa para salvar os burros que foram abandonados depois de proibido o transporte de cargas na ilha. A visita é gratuita, mas há um passeio que visita o Donkey Sanctuary, a Fazenda Ostrich e o Santuário Philip (que resgata e adota animais abandonados), com parte da renda revertida para esses projetos.
Passeio de barco em Aruba
É claro que já que você vai estar em uma ilha – com o super bônus daquele mar absurdamente azul ao redor – fazer um passeio de barco navegando por aquelas águas é um bom investimento. Não é difícil encontrar passeios de barco sendo oferecidos: tem com jantar, no pôr do sol, viagem à tarde de barco com snorkel…vejam só algumas sugestões que separei
- Cruzeiro com jantar de 4 pratos
- Passeio de barco à tarde com snorkel e parada em Boca Catalina
- Brunch com champanhe e paradas para mergulho
- Veja o fundo do mar no submarino Atlantis
- Cruzeiro no pôr do sol com coqueteis e aperitivos
Fiz um passeio de barco bem privativo com a Ana Aruba: é um catamarã (só pela denominação técnica de barcos) que mais parece um iate, perfeito para um dia inesquecível entre amigas. Tem sala, cozinha, três quartos, deque com mesa e espreguiçadeiras… tudo parece ideal para passar um dia conversando com calmaria, champanhe e cerveja, enquanto aquele mar azulzinho vai passando por todos os lados.
Custa US$ 1.800 para quatro horas de passeio para seis pessoas, com bebidas alcoólicas e não alcoólicas, snacks e almoço a bordo. Já o passeio de dia inteiro custa US$ 2.800, sempre com parada para snorkel na área de recifes de Mangel Halto, que tem o mar mais azul de Aruba. É um investimento? é. Mas você pode pensar que não estará desembolsando tanto a mais do que em uma diária de hotel e vai ter um dia realmente gostoso e inesquecível.
A capital de Aruba, Oranjestad
Nesse vai e vem entre uma praia e outra de Aruba, com certeza você irá passar pela colorida capital Oranjestad (se fala Oraniestad), no centro do país, o lugar onde a herança da colonização holandesa está por toda a parte. Inclusive, no Dia do Rei, quase um carnaval na Holanda, é também feriado em Aruba.
Mas onde o estilo holandês está ainda mais escancarado é na fachada das casas impecavelmente pintadas de azul, amarelo, vermelho ou verde, tudo em tons pasteis. Elas hospedam restaurantes (não deixe de passar no Huisje hart, um dos mais gracinhas), lojas conhecidas, como Polo Ralph Lauren, Swatch e Lacoste, butiques que vendem perfumes, joias e eletrônicos a valores convidativos, e lembrancinhas como produtos de aloe e cigarros cubanos. Mesmo em dólar, as compras têm a vantagem de que o imposto em Aruba é baixo: 1,52% – taxa que é de 8,5% em Orlando (EUA), por exemplo, e de 30% no Brasil. Ter ligação com a Europa tem um problema: as lojas em Aruba fecham aos domingos e, de segunda a sábado, fecham às 18h. Aos domingos, os supermercados de Aruba abrem, mas só das 10h às 14h. Por isso, se programem para as compras.
Todas as lojas estão em sequência na avenida Lloyd G. Smith Boulevard, e as grifes mais desejadas, a exemplo da Prada, Burberry, Carolina Herrera e Dolce&Gabanna, estão no shopping anexo ao Renaissance, hotel que é um ícone da ilha. Não se espante se vir gôndolas lá dentro. Como não há faixa de areia em frente, o meio de hospedagem resolveu isso criando um
canal dentro do shopping, por onde os hóspedes vão de barco até um atracadouro, e de lá, seguem a uma ilha particular do Renaissance, com praia privativa, bar, tendas para massagem e até flamingos (as aves, no entanto, não são nativas da ilha e têm as asas cortadas para não migrarem. Cabe a você resolver se quer mesmo incentivar essa forma de turismo).
Oranjestad era originalmente chamada de Playa Caballos, por isso, entre os arubianos você não vai ouvi-los dizer que são de Oranjestad, mas sim, de “playa”. Para ver essa vida mais real, fora do waterfront construído para o turismo só nos anos de 1980, se perca pelas ruas perpendiculares (como a Nassaustraat) à Main Street. Essa rua principal, aliás, é mais uma rua de lojas e do bonde gratuito que sai do porto dos cruzeiros e vai até o fim da Main Street.
Onde ficar / hotéis em Aruba
Para escolher o seu hotel de Aruba, é importante escolher o estilo de viagem que você quer fazer. Palm Beach é a área dos resorts pé na areia que são a cara de Aruba e o lugar do agito. Já Eagle Beach, por exemplo, é mais calminha, com hotéis butique (não é badalada à noite como Palm Beach, mas qualquer coisa é só pegar cinco minutos de taxi ou com o seu carro alugado), e Oranjestad não tem praia: é para se hospedar a poucos passos das lojas.
Hilton Aruba
O Hilton Aruba foi o hotel em que me hospedei. Tem toda aquela qualidade que a gente já conhece do Hilton com a boa vantagem de estar bem em frente à praia. Os quartos são todos bem espaçoso. têm terraços com vista para o jardim ou para o mar. Aliás, se não tiver vista para a praia tudo bem porque serão só alguns passos do seu hotel até o mar – e tem coisa melhor do que isso? Ainda na localização, enquanto muitos resorts assim pé na areia pecam em ter outros afazeres por perto, o Hilton ganha nesse ponto. Se de um lado está a praia, do outro é só atravessar a rua para ter mais uma infinidade de bares e restaurantes abertos até altas horas. O hotel ainda tem um jardim bem agradável, lotado de palmeiras; duas piscinas e sete opções de bares e restaurantes. O mais popular é o Castaways Bar, o bar da piscina que serve drinks caribenhos, s sanduíches e shakes docinhos.
O café da manhã foi pensado para todo mundo já começar o dia bem: é servido até às 11h no restaurante Laguna, com um deque berm agradável ao ar livre em frente a um laguinho. Na hora de fazer ra sua reserva, você pode escolher a opção com o bufê de café da manhã (que já é bem completo, com muita fruta, pães sucos, iogurtes, cereais e ovos) ou o Endless Breakfast, que inclui também os ítens à la carta do menu, com opções mais sofisticadas como o eggs Benedict com salmão, mimosas e arepas.
Mais um ponto alto do hotel é o spa. A academia, que pode ser usada por todos, é bem completa, com equipamentos novos e vista para o mar. E a área do spa é totalmente relaxante. OS vestiários têm sauna, bons armários piscina gelada, enquanto a área de espera para a massagem é em bangalôs abertos com poltronas confortáveis para ficar pensando na vida, de roupão, com uma taça de champanhe nas mãos. Se quiser uma dica de massagem, faça a massagem com aloe vera a planta típica da ilha, para aproveitar que é só em Aruba que você teria uma massagem dessas, e com produtos vindos a poucos quilômetros de distância.
Riu Palace Aruba
O Riu Palace Aruba está ao lado do Hilton, em Palm Beach, mas não é por serem dois resorts vizinhos que eles são parecidos. O Riu é gigantesco (tem 400 quartos!) e all inclusive, o que coloca um tom mais da galera se divertindo do que de famílias e casais relaxando. As atividades de entretenimento pelo hotel rolam de dia e de noite para manter o clima de agito. O hotel também conta com stand up, caiaque vôlei de praia, cinco restaurantes, duas piscinas, e até uma balada no próprio hotel.
Karibu Boutique hotel
O Karibu Aruba Boutique Hotel é uma opção de hotel-butique pertinho da praia para quem não quer ficar em resorts. O hotel é pequeno, tranquilo, perto da praia de Palm Beach e bem confortável. Os donos são conversadores e costumam dar recomendações de lugares, criando aquele clima familiar que temos tanto no Brasil.
Holiday Inn Resort
OHoliday Inn Resort é para quem quer ficar em resort em Palm Beach, perto da praia, e não quer pagar tanto. As instalações não são tão novas, mas o resto está em frente à praia de Palm Beach e tem o que se espera de um resort: três piscinas, academia, quadra de tênis e cinco restaurantes. Está bem no centro da praia de Palm Beach.
Onde comer em Aruba/Restaurantes em Aruba
Em Aruba, a regra é não ir com pressa aos restaurantes. Isso porque eles são quase uma atração turística: a maioria tem deques de frente para a praia ou ambientes bem aconchegantes ao ar livre para ficar batendo papo sem hora para ir embora.
Papiamento
Jantar no restaurante Papiamento é um momento especial. O ambiente é de surpreender de lindo: é um casarão de 126 anos, rodeado por jardins impecáveis, árvores imensas e una piscina. E é nesse jardim, sob as copas das árvores que estão as mesas. Os pratos no Papiamento vêm todos muito bem servidos: tanto pelo tamanho quanto pela apresentação. As entradas custam de US$ 16 a US$ 18, e tem, por exemplo, ceviche, tuna tratar, salame trufado, coquetel de camarões e salmão defumado. No Papiamento a maioria dos pratos são cozidos em pedra e vêm servidos na pedra também. Recomendo pedir um desses, como o meu escolhido: a lagosta e beef tenderloin, por US$ 62. Outras opções são camarão na pedra (US$ 38), o filé de wahoo e camarões com molho de papaia (US$ 34), e a combinação de mami mami, camarões e lagosta, por US$ 52.
The West Deck
O restaurante West Deck é um beach bar em Oranjestad. Por isso, é uma boa programar um happy hour por lá ( o pôr do sol vai ser na praia, bem na frente das mesas) quando você for passear por Oranjestad. Como o nome indica, o restaurante é casual e está em um deque de madeira sobre a areia, bem de frente para o mar. Para aproveitar bem o fim de tarde, escolha um drinque caribenho e petiscos locais típicos da gastronomia de Aruba: o funchi (espécie de polenta com queijo holandês – US$ 6,55) e o keeshi yena (parecido com o nosso escondidinho, mas no restaurante vem com frango e castanhas cobertos com queijo holandês – US$ 9,85 . Para acompanhar, você ainda pode pedir o pan bati (pãozinho em formato do indiano nono) e o Johnny cake (pão frito), por US$ 2,95.
Barefoot
Seu jantar nesse restaurante de Aruba vai ser especial, e ponto: sem discussão. Mas, para isso, você precisa estar lá pouco antes do pôr do sol. É que o restaurante fica em um deque de frente para o mar, bem no ponto onde o sol se põe. O slogan do Barefoot, “jantar elegante em chinelos”, faz todo o sentido, já que além das mesas no alto, o restaurante espalha mesas pela areia, com direito a varal de luzinhas que dão o toque ainda mais alegre para o momento.
A trilha sonora é o som das ondas e o burburinho do pessoal animado. E o menu é bem diverso: tem de tartar de atum (US$ 15,50) e bolinhos holandeses de caranguejo de entrada (US$ 13,50) a peixes como o grouper com creme de manga (US$ 28,5), o mahi com molho de abacaxi (US$ 32,50) e camarões ao alho (US$ 33,50), ou ainda carnes e saladas. Como vocês podem ver pelas descrições, tudo com molhos bem caribenhos.
Quinta del Carmen
Jantar nesse restaurante de Aruba vira uma experiência, tanto pelos pratos saborosos quanto pelo ambiente do Quinta Del Carmen. Trata-se de um casarão de pomposo, de 1916. O lugar parece pequeno por fora, mas tem dois jardins para você escolher onde jantar, além da área interna da casa toda decorada como uma mansão do século passado – ainda assim, já que você está em Aruba, tente pegar uma mesa no jardim, que fica ainda mais agradável com os varais de luzinhas.
De entrada, tem por exemplo ceviche (US$ 15) e carpaccio com trufas (US$ 16). O menu de peixes também inclui mais variações do que em outros restaurantes da ilha, como a paella (US$ 32) – foi a minha pedida e estava deliciosa – e o chamado shrimps piña colada, ou seja, camarões com abacaxi regados a molho de abacaxi com côco (US$ 34). Se você quiser dar um tempo nos peixes, o cardápio de carnes também é variado: tenderloin e blue cheese (US$ 49) e setas grelhado, marinado e com molho barbecue (US$ 39) são algumas opções. Tanto os drinques quanto as sobremesas saem uma média de US$ 11 no restaurante.
Craft /Lola
Em Palm Beach, bem na frente do hotel Hilton, o Craft é um bar badalado de Aruba, bem-vindo em todas as horas do dia. De manhã, é tranquilinho, de tarde ganha mais gente para o almoço, um brunch ou para uma cerveja à tarde E de noite, é bem badalado – inclusive aos sábados recebe música ao vivo. É basicamente todo em um terraço ao ar livre que convida a ficar conversando por horas.
O Craft divide o mesmo ambiente com o Lola, que, diferentemente da maioria dos bares, tem cardápio com várias opções naturais – e até veganas. Mas não se engane por isso: os pratos são imensos e muito bem servidos (daqueles que a gente até arregala o olho quando está nos Estados Unidos).
Os preços também são modestos: no menu do almoço, por exemplo, estão tacos bem elaborados por uma média de US$ 9. Algumas opções para vocês visualizarem a criatividade: tacos com tempera de camarões, maionese apimentada e gergelim, e tacos de polvo fritos com pico de Gallo (espécie de vinagrete mexicano) e maionese de papaia. As entradas também são bem servidas e dão para mais de uma pessoa, como o nachos libre (US$ 18), prato com tortillas, guacamole, sour cream, pico de Gallo e feijões pretos.
Seja qual for seu prato, para acompanhar, vá na Balashi, a cerveja refrescante feita em Aruba. Alem da curiosidade de provar uma cerveja local, vai aí mais um motivo para você pedi-la: é produzida com água dessalinizada, já que a ilha não tem fontes de água doce.
Huchada
Para provar petiscos realmente arubenhos, sem influência de qualquer outra parte do mundo, esse é o lugar. A padaria Huchada é simples, pequena, não está em meio a hotéis ou lojas e não faz questão de ser pomposa: é dos lugares mais tradicionais da ilha. Sempre recebe um vai e vem de moradores que vão lá comer um salgado de manhã ou levar pão e doces para casa. Não deixe de provar o pastechi (US$ 2,95), pastelzinho de queijo bem típico de Aruba, e delicioso. outras opções são o pãozinho Soesjie (US$ 2,15), que pode ter recheio de atum, queijo ou frango, e enrolados de espinafre ou queijo.
O’Niel Caribbean Kitchen
O restaurante é simples, bem local e com comida deliciosa. É daquelas sem muita invencionice, e com sabor real, de comida caseira bem temperada. É tão saboroso que é frequentado pelos locais. O menu de pratos bem caribenhos é enxuto, e o negócio por lá é comer filé de peixe grelhado ou o salmão no vinho. Os acompanhamentos são típicos da ilha: arroz, feijão, salada, batata e banana. Tudo com aquele jeito de feito com amor.
O restaurante está em San Nicolas, área que não é tão perto da praia. Mas aproveite para caminhar nos arredores do O’Niel e conhecer os grafites coloridos que vêm colorindo a região desde 2016. Ocupam cerca de dois quarteirões, e passear por eles enquanto você espera seu prato é um passeio bem gostoso.
*Viagem a convite do Aruba Tourism Authority, como parte do projeto Mulheres na Viagem. O texto é independente, baseado na livre opinião da autora. Participam também do projeto Andrea Miramontes, do Lado B Viagem; Natalie Soares, do Sundaycooks, e Sylvia Barreto, do Viajar é Simples.
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3 comentários
Sensacional! Vou a Aruba em agosto e adorei o seu texto. Sabe dizer se por lá existe a regra de 6 meses de validade do passaporte para imigração?
Sonho ir pra Aruba e já salvei esse post CHEIOOOO de dicas! Obg!!
Oi Ana Paula! Eba! que bom que você gostou! Você vai amar Aruba! Não tem como não gostar 🙂