Nesse post você fica sabendo tudo o que precisa para aproveitar o Busch Gardens: onde fica, como chegar, um guia das montanhas-russas do Busch Gardens, todas as atrações e as dicas para aproveitar o parque
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O Busch Gardens é um dos parques mais visitados da Flórida. Hoje em dia é mais focado nas montanhas-russas radicais, e ainda assim é ótimo para as famílias mesmo as mais ecléticas. Isso porque o Busch Gardens tem versões mais tranquilas das atrações, brinquedos na água que as crianças vão adorar e muita interação com os animais (são 12 mil pelo parque).
A área do Busch Gardens é imensa. O parque, pertencente ao grupo SeaWorld (dono também do SeaWorld, Aquatica e Adventure Island, na Flórida), está espalhado por 121 hectares (para você ter uma ideia do que significa esse número, essa é a área de uma fazenda), e parte dele é ocupado pelo Serengeti, uma região verde onde vivem girafas, zebras, avestruzes e outros animais. E, por ser tão grande, é preciso de organização para explorá-lo.
Ingresso para o Busch Gardens Tampa Bay
Sugiro visitar o Busch Gardens em sentido horário. Assim, caso você queira ir na nova montanha-russa, a Iron Grazi, já a garante como primeira atração e aproveita que ela está próxima da entrada, logo depois da área do Marrocos. Outra dica: programe-se com a mochila que vai levar para o parque, já que você não vai poder entrar com os seus pertences nas montanhas-russas e vai ser necessário deixar a bolsa em um locker pago à parte. O ideal é escolher uma pessoa do grupo para levar a mochila (pequena), assim vocês não precisam pagar armários para cada um do grupo.
Como chegar ao Busch Gardens
O Busch Gardens fica em Tampa, a 123 km de Orlando, um caminho que leva cerca de uma hora e meia hora. Se você estiver de carro alugado, a estrada é tranquila: são 104 km de reta pela I-4 W, mas e é só seguir o Waze (por isso, tenha um chip internacional funcionando no seu celular: eu uso nos Estados Unidos o da O Meu Chip, que tem internet bem rápida).
Se você não quiser gastar com a gasolina e com o estacionamento que custa US$ 30 (e também não ter o incômodo de ter que pegar a estrada depois de um dia cansativo no parque), o Busch Gardens oferece um transporte gratuito ida e volta com a Mears Transportation para quem já tem o ingresso do parque.
O transfer para o Busch Gardens é nesse ônibus
O sistema de reservas pelo site é bem prático: é só inserir o seu hotel e o site mostra os seis pontos onde você pode pegar o ônibus em Orlando e Kissimmee (a cidade vizinha e mais próxima dos parques da Disney): ICON Orlando, Double Tree Universal Orlando, SeaWorld Orlando, Old Towne Shopping Village Kissimmee, Maingate Lakeside Resort ou ainda no Publix Vineland Avenue Orlando.
A desvantagem é que o horário de chegada e saída do parque é um só: a chegada é até às 11:30 e a saída, no horário do fechamento do parque. Eu estava com o Quick Queue, consegui ir em todas as montanhas-russas e ainda sobrou tempo. Mas se você não tiver o ingresso fura-filas, tenha em mente que você vai precisar priorizar as atrações.
Resolva a sua viagem:
Quanto custa o ingresso para o Busch Gardens
O ingresso para o Busch Gardens custa US$ 124,99, mas comprando pelo site com antecedência você consegue desconto e paga US$ 89,99. Comprar ingressos nos parques da Flórida também exige uma boa matemática. Fique de olho nos combos, já que caso você vá em mais de um parque do grupo, vale a pena comprar as promoções. O tíquete para quatro parques (Busch Gardens, Aquatica, SeaWorld e Adventure Island Tampa), por exemplo, custa US$ 199,99 pelo site oficial. Os preços variam conforme a época do ano.
O “fura-filas” do Busch Gardens
Para ter o “fura-filas” do Busch Gardens é só comprar o serviço extra quick queue, o melhor dos “fura-filas” entre os parques da Flórida. Isso porque no Universal o fast pass não dá acesso às atrações mais novas (e concorridas) e, na Disney, o Disney Genie+ não é bem um fura-filas (é um agendamento de horário). Já no Busch Gardens esse benefício pago à parte funciona como deveria funcionar.
São várias categorias de quick queque para você escolher, e o preço varia conforme a época do ano e a quantidade de gente no parque.
A fila comum e a “fila” para quem tem o quick queue
Quick Queue: permite furar a fila uma vez por atração (é uma boa opção, já que com tantas atrações no Busch Gardens não é tão provável repetir o mesmo brinquedo): a partir de US$ 14,99
Quick Queue Unlimited (permite repetir as atrações quantas vezes você quiser): a partir de US$ 19,99
Quick Queue Unlimited plus Iron Gwazi One-time ride (permite repetir as atrações juntas vezes quiser e inclui a nova atração do Busch Gardens, a montanha-russa Iron Gwazi: a partir de US$ 39,99. Praticamente você paga US$ 20 para furar fila uma vez na montanha-russa Iron Gwazi. Como ela é a atração mais nova, a fila leva pelo menos uma hora. Caso você pretenda ir na atração, vale a pena pagar pelo conforto e para conseguir aproveitar também as outras montanhas-russas do Busch Gardens.
Quick Queue Junior (permite furar filas nas montanhas-russas para criança): a partir de US$ 4,99
Alimentação no Busch Gardens: o All-Day Dining Deal
O Busch Gardens oferece um pacote bem diferenciado para a alimentação no parque: o All-Day Dining Deal. Funciona assim: você paga US$ 49,99 (e US$ 24,99 para crianças de 3 a 9 anos) e tem direito a comer à vontade pelo parque, com algumas regras. Pode escolher uma entrada, uma bebida e um acompanhamento ou sobremesa nos restaurantes, a cada uma hora e meia.
Se você pegar as comidas mas não uma bebida em um restaurante, por exemplo, pode ainda passar em outro e pegar uma bebida, mesmo antes de completada a uma hora e meia. Calcule bem, porque os pratos são bem servidos. Eu sou uma pessoa pequena que não come muito e usei o All-Day Dining em um dia inteiro no parque para um almoço completo, uma garrafa de água e uma porção de frango frito com batata frita no fim do dia. A porção de frango mais batata fritas fica por US$ 19,98, a garrafa de água sai US$ 4,99 e o almoço saiu US$ 25,97 (pizza mais refrigerante mais cheesecake), um total de US$ 50,94.
A fome fez com que eu lembrasse de tirar a foto só depois de comer a primeira metade da pizza
Portanto, o All-Day Dining Deal vale a pena se você fizer pelo menos duas refeições no parque (o que é bem provável já que passará o dia todo). Outro detalhe: o Busch Gardens não é o tipo de parque com opções refinadas de restaurante. As opções são estilo fast-food, portanto não vá achando que vai comer à vontade em restaurantes elegantes.
Quando ir ao Busch Gardens
Tudo bem que muitas vezes é impossível evitar os meses de junho, julho e agosto, mas se puder, evite. Faz calor extremo em Orlando e nos arredores e é a época em que os parques estão mais lotados – nos Estados Unidos, o ano letivo termina em junho e recomeça no fim de agosto e início de setembro, por isso é o período em que os americanos, mais especificamente as famílias, mais viajam. Se você só tiver as férias escolares para viajar prefira janeiro, quando os preços também estão mais baixos. É inverno, mas o clima é como o de São Paulo: nos dias frios pode fazer 10 ºC, mas eles não duram tantos dias consecutivos e mesmo no inverno há dias com temperatura por volta dos 20 ºC.
Mas os meses que juntam temperatura mais amena (nem tão fria e nem tão quente), preços mais baixos e parques mais vazios é de setembro a novembro, além de fevereiro e maio (já que março e abril é época de Spring Break e também costuma ter mais gente nos parques).
Garanta seu ingresso para o Busch Gardens
Montanhas-russas do Busch Gardens
São oito montanhas-russas para adultos no Busch Gardens, todas bem radicais. Para quem não é fã de montanhas-russas, mas quer vencer o medo, por experiência própria sugiro começar com a montanha-russa mais tranquila. Uma vez que você perceber o quanto se divertiu com a adrenalina, é só ir aumentando o nível.
Cheetah Hunt
É a montanha-russa mais tranquila do Busch Gardens, mas ainda assim é uma das preferidas dos visitantes, mesmo os mais radicais. Isso porque o movimento da Cheetah Hunt remete ao de um guepardo, e você vai mesmo sentir isso durante a atração. São três lançamentos, e um sobe e desce que passa tanto em cima do parque quanto em meio a “rochas” – como se o animal mais rápido do mundo estivesse caçando. A Cheetah Hunt é a montanha-russa mais longa do Busch Gardens.
Iron Gwazi
A Iron Grazi foi inaugurada em 11 de março de 2022, e é a montanha-russa híbrida mais rápida, mais alta e mais íngreme de toda a América do Norte. Os títulos assustam, mas a competição é entre as montanhas-russas híbridas, ou seja, que misturam estrutura de ferro e madeira.
A Iron Grazi foi construída integrada à montanha-russa de madeira Gwazi, mais antiga. Ela simula o movimento de um crocodilo, e vai rápido mesmo: chega a 122 km/h, uma velocidade que é mesmo sentida no carrinho. Além disso, a queda é de 91º e tem três momentos de inversão (quando o trilho se inverte e faz o pessoal ficar de ponta-cabeça). A fila na Iron Grazi é longa (como toda atração nova na Flórida). Por isso recomendo que você compre o Quick Queue ou chegue no parque assim que ele abre para já ir direto para a fila.
Tigris
A Tigris é a segunda montanha-russa mais nova do Busch Gardens. Foi inaugurada em abril de 2019 e é outra das mais radicais. Se não tiver tempo para ir em todas, a Tigris deve estar na sua lista de prioridades por ser uma das mais diferentes. Por ocupar um espaço pequeno, a montanha-russa vai para a frente e para trás, diversas vezes em 60 segundos, a 96 km/h e incluindo inversões. É mesmo diferente de qualquer outra.
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Sheikra
A Sheikra é aquela clássica montanha-russa que não é por ser mais antiga que não deixa de divertir. Foi lançada em maio de 2005 e desde então é a montanha-russa mais famosa do Busch Gardens. Ainda que várias montanhas-russas tenham chegado ao parque, a Sheikra faz por merecer.
O carrinho, sem piso, sobe a uma altura de 60 metros e fica parado na borda da queda de 90º por alguns segundos intermináveis. A sensação é como a do elevador: você vai ver a paisagem do parque lá do alto e toda a queda antes de o carrinho despencar. A uma velocidade de 112 km/h, vem um looping e então um mergulho em um túnel subterrâneo. Quase no fim do percurso, a freada do carrinho joga água e dá um banho em quem fica lá embaixo. No calorão de Orlando, muita gente fica embaixo da Sheikra só para se refrescar. Do carrinho ou de fora esperando a água, a sensação é renovadora mesmo.
Montu
A Montu é uma montanha-russa invertida. ou seja, os pés vão soltos e o carrinho é “pendurado” nos trilhos. Nas montanhas-russas sem piso, as inversões e loopings ficam mais radicais, já que não existe um ponto fixo (o piso) no momento em que estamos de ponta-cabeça. A Montu tem sete inversões e velocidade que chega a 122 km/h.
Kumba
A Kumba é outra das montanhas-russas mais radicais do parque. Ela começa com uma queda de 41 metros, e tem vários loopings. Um deles inclusive é um dos maiores loopings verticais do mundo (traduzindo, aquele looping clássico, de 360º).
Crédito: divulgação
Scorpion
A Scorpion te lança em um looping completo e chega a uma velocidade de 80 km/h. A queda não é tão alta comparando com outras montanhas-russas do Busch Gardens (18 metros), e mesmo com o looping e a inversão, ela não é das mais radicais do parque. Pode ser também um bom começo para quem quer começar no mundo dos loopings das montanhas-russas.
Cobra’s Curse
A Cobra’s Curse é , teoricamente, a mais tranquila das montanhas-russas – tanto que é indicada para as famílias e pede altura mínima de só 1,07 m. Você pode ir nas montanhas-russas mais radicais, enfrentar looping e inversões, mas pode não se sentir bem na Cobra’s Curse se tiver facilidade para sentir tontura. O carrinho não vai tão rápido – segue a só 65 km/h – mas os trilhos são sinuosos e cada carrinho gira aleatoriamente, dependendo do peso dos visitantes.
Crédito: divulgação
Outras atrações do Busch Gardens
Falcon’s Fury
A maioria das torres de queda, ou como é mais conhecida, “elevadores” , é parecida. Muda a velocidade aqui, a altura ali, e pronto. Mas na Falcon’s Fury isso não acontece. É uma das torres mais diferentes, já que, quando os carrinhos atingem o topo (91 metros), os assentos viram para baixo, a 90º, e a queda é a 100 km/h, como a de um pássaro mergulhando. A subida é em só um minuto, mas tente amenizar o medo da queda admirando a vista do parque todo lá do alto. As crianças não ficam sem se divertir na torre, já que para as famílias o Busch Gardens incluiu o minielevador Wild Surge.
Crédito: divulgação
Congo River Rapids
Essa é daquelas atrações para sair molhado. Basicamente, você entra em uma boia giratória que percorre um rio rápido. A diversão é ficar molhado – ou ver quem está com você ficando encharcado com os jatos e as cascatas que surgem do nada. Os giros deixam tudo mais divertido: já que ora é um que se molha e ora a direção da boia vira e encharca quem não estava esperando.
Stanley Falls Flume Ride
Essa é mais uma das atrações do Busch Gardens para se refrescar do calorão da Flórida. A diferença para o Congo River Rapids é que a Stanley Falls faz mais o estilo “montanha-russa tranquila”, mas porque o objetivo é se molhar. São três minutos de percurso em um barco pela mata, que terminam em uma queda de 12 metros. É garantido que todos vão se molhar.
Atrações com animais
Estão espalhadas pelo parque áreas com animais, como pinguins, guepardos, gorilas e hipopótamos. Por isso, o Busch Gardens mistura o clima de parque de diversões com zoológico, e traz em horários marcados monitores que explicam sobre os hábitos dos animais. Embora não estejam em seu habitat natural, como acontece com todos os zoológicos, é também uma forma de educar e de proteger espécies ameaçadas. É um sucesso o safari na área Serengeti, feito em carro aberto tal qual os de safáris da África. É possível alimentar girafas, chegando bem pertinho delas, ver elefantes, leões e outros animais da savana. É pago à parte (US$ 39,99) e por ser bastante procurado, recomendo reservar com antecedência pelo site.
Outro passeio extra que já fiz e é bem interessante é o tour pelo Animal Care Center, hospital dentro do parque onde são tratadas 200 espécies de animais. O espaço fica aberto para visitas das 10h às 17h, mas quem quiser se envolver ainda mais pode fazer o Animal Care Center – Behind the Scenes Tour por US$ 19,99. São 30 minutos de visita pelo hospital veterinário, e você tem a chance de conversar com os veterinários que tratam tantos animais.
*Visita ao parque a convite do grupo SeaWorld. O conteúdo é independente, baseado na opinião livre da autora.
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