A só uma hora de trem de Londres, Coventry está em alta: foi a escolhida para ser a cidade da cultura da Inglaterra, de maio de 2021 a maio de 2022. Por isso, as renovações estão por todo o lado.
Coventry já foi a maior cidade da região (as Midlands, no Reino Unido) e a mais importante da Inglaterra, com seus dez mil habitantes entre 1450 e 1509, que trabalhavam principalmente com a manufatura têxtil. Depois de uma história cheia de declínios e ascensões intercalados, hoje a cidade está em uma ascensão constante. São 370 mil pessoas, muitos deles trabalhadores da sede da Jaguar e estudantes da famosa faculdade de Coventry, que dá vida ao lugar: novos bares, restaurantes modernos e shoppings em contâineres estão principalmente nos arredores da Coventry University.
Mas claro que não são eles a primeira atração para você ver na cidade de Coventry. Não dá para perder a catedral, construída em estilo gótico no século 14 e destruída em 1940 durante um dos 41 ataques a bomba sofridos pela cidade (este foi o mais concentrado ataque a uma cidade inglesa durante a Segunda Guerra Mundial).
Desde então, foi mantida em ruínas, o que deixa a catedral de Coventry ainda mais especial, justamente pela união da história medieval com esta tão triste história do século 20. Não se engane pensando “ah..são só ruínas”. Elas são um espetáculo. Restaram da catedral de Coventry as paredes externas, a torre, o pináculo, uma estátua de bronze e o túmulo do primeiro bispo. Mesmo em ruínas, a torre é a terceira torre de catedral mais alta da Inglaterra, e o pináculo, a construção mais alta da cidade, pode ser visto de vários pontos de Coventry.
Junto com a catedral, foram destruídas também 43 mil casas (metade da cidade), o mercado municipal, a biblioteca e o pátio do palácio do século 16 – tudo isso porque Coventry era um centro de produção de armas para defender os Aliados. Entenderam agora o porquê de Coventry ter essa história de superação?
Bem em frente às ruínas, o renascimento da cidade inglesa fica mais aparente. Está lá a Nova Catedral, inaugurada em 1962 (mas tão moderna que parece ter sido feita hoje em dia), e que também merece ser visitada. Ela é o símbolo de superação, afinal, já na manhã seguinte à destruição, havia sido tomada a decisão de reconstrução. Isso sim é um baita símbolo de esperança. Além desse, mais um faz parte concretamente da nova catedral. Pouco depois da destruição, duas das tábuas do telhado medievais carbonizadas haviam caído em forma de cruz. Mais tarde elas foram colocadas em um altar com as palavras Pai Perdoa.
Mais modernidade em Coventry
Seja a catedral em ruínas seja a nova, as duas estão a só 15 minutos da estação de trem, o que quer dizer que é um bom início para o seu roteiro por Coventry (não deixe de parar para um café no Bean and Leaf). De lá, você pode seguir a pé para o Herbert Art Gallery & Museum, museu literalmente para todos os gostos. Ali há desde instalações de arte e galerias de arte moderna, até peças romanas e uma imperdível exposição com a história de Coventry. É completíssima e mostra dados e costumes desde os tempos medievais até os dias de hoje, o que quer dizer que em uma mesma sala você pode ver de roupas medievais ao Supernintendo que marcou as décadas passadas.
Mais 6 minutos de caminhada desde o Herbert Museum e você vai chegar em outro museu icônico de Coventry: o Museu dos Transportes. Ele é a casa da maior coleção de veículo britânicos de transporte rodoviário. São 240 carros, 100 motos e 200 bicicletas, e faz todo o sentido estar em Coventry: a cidade serviu de berço das bicicletas e já foi centro de produção de carros britânicos.
Apesar desse excesso de contemporanidade no The Row, o centro tem ainda mais pontos históricos do que só a Catedral. Um exemplo é a ruazinha histórica Spun Street, onde não dá para deixar passar a The Weaver’s House que foi restaurada para mostrar exatamente como era a casa em 1540, junto a um jardim medieval onde cresciam frutas, verduras e ervas para uso medicinal. Outra construção histórica, essa pertinho do Herbert Art Gallery é a Câmara Municipal, do início do século 20.
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Deixando o centro em direção à universidade, você vai ver um prédio de arquitetura duvidosa erguido nos anos de 1970: o The Elephant, um centro de esportes no formato de um elefante (depois de muita imaginação), que foi restaurado para se tornar… mais um centro cultural, com workshops e galerias de arte. A 12 minutos dali, o clima jovial de Coventry fica mais evidente: basta chegar nos arredores da universidade, dos prédios de estudantes e da FarGo Village, definida como bairro criativo. Por essa definição já dá para imaginar um pouco do que a região apresenta, certo?
Essa antiga quadra industrial agora traz lojas independentes de moda loca, cervejaria artesanal, restaurantes naturebas e livrarias, em espaços com contêineres e lojas coloridíssimas. Minha recomendação é juntar Coventry com outra cidade da Inglaterra, como Manchester e Liverpool, já que Coventry é caminho desde Londres. Vale a pena parar para ver as ruínas da catedral e combinar com tantas outras atrações ligadas à arte nessa nova cidade da cultura.
*Visita a Coventry a convite do VisitBritain. O conteúdo do post é independente, baseado na opinião livre da repórter
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2 comentários
Olá boa noite,
gostei do que li sim e uma vez que pretendo visitar a cidade foi uma grande ajuda.
Muito obrigado,
Edson!
Oi Luis, que bom que você gostou! Aproveita muito todas essas atrações culturais da cidade 🙂