Glasgow é a segunda maior cidade da Escócia, e pode confiar: tem muito o que fazer em Glasgow, apesar de ela ser meio menosprezada pelos turistas e até pelos próprios escoceses. Enquanto Edimburgo é a romântica perfeitinha, Glasgow tem agito, muitas lojas, vários museus, bares de gin e de uísque e restaurantes. Guardadas as proporções, é uma Londres em menor escala. Convenci? Venham ver as dicas porque tem muito o que fazer em Glasgow.
Os britânicos que menosprezam Glasgow não sabem o quanto a cidade se reinventou nos últimos vinte anos e não se dão conta que agora ela é uma das cidades (o número de habitantes de Glasgow é quase 600 mil) mais divertidas da Grã-Bretanha. Vários britânicos que conheci acabavam assumindo: “preciso mesmo conhecer a Glasgow atual”. Realmente, todos precisam!
De Edimburgo para Glasgow
Minha viagem pela Escócia e Inglaterra foi toda de trem: fui de Edimburgo a Londres, e passei por Glasgow, Manchester, Bristol e Bath. De Edimburgo para Glasgow levei só uma hora de trem. Pela janelinha, passavam gramadões pontilhados graças às milhares de ovelhas que pastam por lá.
Confesso que cheguei de mansinho, sem esperar muito dessa escocesa menos aparecida. Mas foi só descer na estação, a imponente Charing Cross, e o burburinho de gente me conquistou logo.
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Dos 600 mil habitantes, um quarto são estudantes das três universidades da cidade, o que quer dizer que tem gente animada para tudo quanto é lado: nos bares, lojas e dançando como artistas de rua.
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O que fazer em Glasgow
A Buchanan Street é o principal símbolo do agito de Glasgow: no calçadão onde carros não entram, uma multidão passeia entre lojas famosonas como Diesel, Timberland e Swatch, nesse que é o principal ponto para fazer compras na Escócia.
Da Buchanan, peguei um beco estreito em que mal e mal cabem duas pessoas, e cheguei na The Lighthouse, uma galeria moderna montada em uma antiga torre projetada em 1895 pelo arquiteto mais querido de Glasgow, Charles Mackintosh.
No pretenso farol, que já foi a antiga sede do jornal The Glasgow Herald, vá até o último andar para tomar um café com vista para os telhados da cidade. Só não vá esperando muito do visual: o lugar é mais legal pela arquitetura do que pela vista e pelas exposições.
Catedral de Glasgow
Glasgow faz mais o estilo metrópole, mas também tem sua parte antiga. Ela cresceu em volta da catedral fundada no século 12 e formou uma das áreas mais interessantes da cidade.
A região foi um antigo burgo e é a única sobrevivente da Idade Média, já que a revolução industrial fez o favor de destruir os prédios antigos de Glasgow.
A catedral é fascinante, mas é como tantas outras da Europa.Achei mais interessante a casinha de pedra em frente: ela é de 1471 e tem tetos tão baixos que eu, no alto dos meus 1,55 m, tive que, pela primeira vez, abaixar a cabeça para atravessar algumas portas.
Devo ter passado mais de uma hora lá. O piso de madeira range a cada passo, os visitantes usam a gentileza para não atravancar a escadaria estreita e os salões são decorados com cadeiras incríveis de séculos passados, como as feitas em 1657.
Dá para se imaginar em uma casa da Idade Média. Fui té lá com o ônibus hop-on hop of, que é uma boa forma de rodar por Glasgow.
Universidade de Glasgow
Se você tivesse que ir a um só lugar em Glasgow, eu diria para você ir até a universidade e a viagem já teria valido a pena. Em 1451 ela já recebia estudantes, ano em que o Brasil era dos índios e Pedro Álvares Cabral nem tinha vindo ao mundo.
Mais do que em uma catedral da Idade Média, me senti dentro de um cenário de Harry Potter: estudantes fazem filas abaixo de tetos abobadados e as salas de geografia são alcançadas depois de enfrentar uma escadaria em caracol em uma escura torre em estilo medieval.
Ninguém checa se você é estudante ou não, mesmo que não tenha mais jeito de jovenzinho. Fui entrando e ninguém pergunta nada.
Aí é só se sentir aluno de novo e ir desbravando, com a sensação de malandro, os salões que receberam inclusive Albert Einstein anunciando seu protótipo da teoria da relatividade.
Kelvingrove Art Gallery
Da Universidade de Glasgow, caminhei dez minutos para um museu daqueles onde daria para passar o dia todo: o Kelvingrove. São 23 galerias com 8 mil objetos, sobre tudo.
Os artigos vão de pinturas de Salvador Dalí a arte em quadrinhos, e de múmias do ano 625 a.C. a uma popular exposição sobre abelhas, em que o pessoal assiste ao mel sendo produzido. Como a maioria dos museus da Escócia, é gratuito.
Galeria de Arte Moderna
O que mais me impressionou na Galeria de Arte Moderna de Glasgow (o GoMA) é que ela fica em um casarão do século 18, e não naqueles predios envidraçados e de salas brancas (que de tão modernos já viraram coisa comum). A mansão já foi casa, banco, livraria e agora é galeria de arte moderna.
A mais icônica obra do museu fica do lado de fora, na entrada da galeria: é a estátua de um cavaleiro, o duque de Wellington, com um cone de trânsito sobre a cabeça.
Começou como uma brincadeira 40 anos atrás e o governo até tentou tirar, mas sempre alguém ia lá colocar o cone. Acabou virando um símbolo. Esse é mais um museu gratuito de Glasgow.
Tour do Whisky
Duas mil marcas de uísque são produzidas na Escócia, e sempre vai ter uma destilaria por perto. Fui conhecer as obras da Clydeside Distillery.
Os tours custam a partir de £ 15, incluindo a degustação, e a destilaria é maravilhosa, toda envidraçada, com vista para o Rio Clyde e com exposições interativas sobre o uísque.
Na construção da destilaria, me falaram que a visita começaria com um filme, depois o pessoal veria uma linha do tempo com hologramas sobre a história do uísuqe, conheceria a destilaria e faria a degustação.
Outro tour que eu fiz é o Once Upon a Whisky, uma espécie de pub crawl focado em uísque. Fui a quatro bares de uísque, e aprendi muito sobre a história e a produção da bebida enquanto eu degustava as doses.
O guia, Camilo, entende muito e foi me mostrando em um ipad o mapa da produção na Escócia, os tipos de uísque e até me contou histórias sobre artistas e escritores e a relação com o uísque. Confesso que não aguentei e fui “só” em três bares de uísque de Glasgow: o Pot Still ( o mais animado, com 700 garrafas de uisque), Ben Nevis e o Chineskis. O tour do uísque custa a partir de £ 49 e pode ser feito em Edimburgo também.
Riverside Museum
Está a uns dez minutos a pé da Clydeside Distillery (dá para juntar os dois passeios, que foi o que fiz). O Riverside é um museu bem completo e fica ainda mais especial para quem gosta da história dos transportes.
Ganhou como Museu Europeu do Ano em 2013 e foi o primeiro grande edifício público do Reino Unido. Esse museu também é gratuito.
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