Eu já tinha passado um dia em Curaçao em uma parada de cruzeiro, e querem saber? Voltei e vale muito a pena ficar sete dias porque tem muito o que fazer em Curaçao.
Só assim para conseguir conhecer e aproveitar o país sem correria, com descanso total, como manda Curaçao.
A ilha é uma das mais bonitas do Caribe. Fica do lado de Aruba e Bonaire (é o “C do” ABC das Antilhas holandesas) e para a sorte dos viajantes não está na rota dos furacões (que podem atingir o Caribe de junho a setembro), o que quer dizer que é possível ir o ano todo para lá.
Seja janeiro seja julho, vejam tudo o que fazer na ilha de Curaçao com este roteiro de sete dias aproveitável o ano todo.
Dia 1 em Curaçao
O dia da chegada em Curaçao envolve carregar malas, encontrar o transfer, alugar carro, fazer check in no hotel, etc.
Mesmo com um voo curto, todos esse trâmites levam tempo e é bem provável que você não queira aproveitar só um restinho de sol na praia.
A maioria dos hotéis de Curaçao são de frente para a praia ou têm boas piscinas. Então, o melhor é tirar esse dia para isso: curtir o hotel.
Dia 2 em Curaçao
O passeio imperdível de Curaçao é para a ilhota Klein Curaçao (“pequena Curaçao”, em papiamento, o idioma da ilha), que tem aquele mar azul absurdamente fosforescente, de um tom quase inacreditável. Se você é do tipo ansioso e já quer ver o melhor logo no início, então esse é o dia.
Como é o passeio?
São cerca de duas horas a Klein Curacao, a bordo de um catamarã à vela que sai da Jan Thiel Beach às segundas, terças, quartas, quintas e sábados.
O barco, da Bluefinn Charters, é grande (tem 75 pés), com capacidade para algumas dezenas de pessoas, e muito bem equipado. Conta com bar, dois banheiros e aquelas redes instagramáveis na proa.
A impressão é de que a viagem será calma, inofensiva, e de contemplação com um drinque nas mãos, deitado na rede. Mas é só impressão.
No trecho de ida para Klein Curaçao o barco segue contra o vento e vai batendo nas ondas, em um balanço digno de colocar o Dramin à prova.
As ondas vão molhando a galera que insiste em ficar na frente do barco (vulgo eu), mas lá para o meio do caminho 100% dos turistas desistem de ficar ao ar livre e já estão quietinhos sentados no banco.
Mas, tudo bem. Porque quando a lancha vai se aproximando de Klein Curaçao, ninguém mais lembra do enjoo. O mar de repente ganha um azul daqueles tons que só parecem feitos em Photoshop.
Fica todo mundo meio embasbacado por um tempo até enfim desembarcar para a ilhota. Klein Curaçao é pequena, sem moradores, sem estrutura alguma, e por isso com todo o jeito de paradisíaca.
A ilha
Mede só 1,7 km e não tem vendedores, guarda-sóis, cadeiras, bares ou qualquer outra coisa que estrague a paisagem.
A única construção é um farol que enfeita o meio da ilha e só. Ainda bem. O negócio ali tirar muitas fotos daquela água azul que deixa impressionado, nadar naquele mar sem ondas e fazer snorkel (incluído no passeio de barco).
É área de tartarugas, então se você tiver sorte pode ser até que aviste algumas ali deixando o lugar ainda mais mágico.
É difícil enjoar daquele mar, mas para variar um pouco de cenário, faça uma caminhada até a outra costa da ilha.
Você vai passar por uma paisagem árida, um farol abandonado (onde é possível subir para ter uma vista fenomenal) e por um antigo navio encalhado.
Naquela costa, o mar já é bem diferente: é revolto e impossível entrar por conta da quantidade de pedras.
Por volta das 12h30 é servido um gostoso churrasco a bordo do barco atracado (se você achava que churrasco bom era só o brasileiro, está aí a prova), junto com refrigerante à vontade.
O barco só volta para Curaçao às 3 da tarde, deixando tempo o suficiente para todo mundo curtir a ilha, sem aquela correria de muitos tours.
Na volta, música holandesa, latina e brasileira, bebidas alcoólicas a bordo e um mar mansinho fazem desse retorno uma festa agradável: com todo mundo dançando, bebendo, descansando ou tomando o resto de sol que ainda ilumina o céu.
Dia 3 em Curaçao
É preciso tirar um dia para conhecer o centrinho de Curaçao. A capital, Willemstad, é tão gracinha que foi inclusive eleita Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco.
Naquele trecho não tem praia (é uma baía), mas o mar está sempre ali deixando a área mais bonita. As construções, em estilo holandês e tons pasteis, foram erguidas em 1634, e, muito bem preservadas, abrigam vários bares, restaurantes e lojas.
O lugar mais animado para ver as lojas é a área de Punda. Cheguem até a loja Penha, um casarão de 1708 que foi moradia de famílias judias e hoje abriga uma loja de maquiagem.
A sinagoga mais antiga da América
É em Punda também que está a sinagoga mais antiga da América em funcionamento continuo: a sinagoga Mikvé Israel-Emanuel.
É típica sefaradita (dos judeus da península ibérica) e foi construída em 1732. O piso é de areia e está muito bem conservada. Judeus, como eu, vão lembrar das tradições, ver objetos judaicos centenários importantes no museu (como uma torá de 1455 e uma mezuza de 1740) e saber mais da comunidade.
Algumas curiosidades: mesmo durante a Segunda Guerra o serviço religioso não foi paralisado, o órgão é o mais antigo do Caribe e até 1875 o serviço era em português.
Isso porque a sinagoga tem tudo a ver com o Brasil e expõe a relação entre o nosso país e Curaçao: quem fundou a sinagoga foram os brasileiros que, quando os holandeses foram expulsos do Brasil, seguiram para Curaçao com medo de serem perseguidos pela Inquisição.
A ponte Queen Emma
Da sinagoga, passe na famosa ponte de Curaçao: a Queen Emma. Parece estranho pensar que uma ponte é atração turística, mas é.
Primeiro, porque conecta a duas principais regiões: Punda a Otrobanda ( o nome do bairro significa outro lado). Segundo, porque tem vista para as casas coloridas do centrinho, e terceiro porque é uma ponte móvel que se abre para os barcos passarem.
Pode ser que vocês estejam ali em cima e toque um alarme para para sair pouco antes de a ponte abrir. É divertido ser rebelde e ficar na ponte mesmo assim, fingindo que não ouviu o alarme.
Ela abre lateralmente (e não para cima como outras pontes móveis), e você vira o centro das atenções, parado no meio da ponte no meio do mar.
Só tem que ficar atento à cor dos sinais na ponte: se uma luz laranja acender, quer dizer que ela ficará aberta por dez minutos.
Agora, se for uma luz azul, a ponte vai ficar aberta por uma hora. Quem não sabe disso é obrigado a passar uma hora ali em cima.
Mais uma atividade próxima da ponte é o museu Kura Hulunda. Tudo bem que pouca gente vai a Curaçao para ver museu, mas esse é realmente interessante.
Tem um acervo imenso sobre a escravidão no país, mas mais que isso acaba tratando também da escravidão no mundo já que 15 milhões descravas vieram da África para a América.
É um pouco pesado, então depois uma boa ideia é jantar no restaurante integrar a um hotel ao lado do museu, no Village Kura Hulanda Hotel. Parece uma vila europeia, inclusive com música ao vivo.
Dia 4 em Curaçao
É impossível não lembrar do Curaçao Blue em Curaçao. A bebida é de lá mesmo. Então vale a pena ir conhecer a fábrica, a Chobolobo.
Fica em uma mansão histórica do século 19, e em um tour guiado por US$ 12.50 dá para aprender como é feita a bebida a base da fruta laranja.
Depois, um passeio imperdível é até o Parque Nacional Siete Bocas. É um terreno bem inóspito, cheio de plantas nativas, pedras e um mar bravo. Mas por isso mesmo é bonito: por ser diferente dos outros cenários.
O parque é o lugar onde dá para entender a origem de Curaçao. A ilha originalmente estava abaixo do mar, por isso, nesse parque intocado caminhamos em um terreno todo de corais.
Ele tem sete entradas, mas a mais mais turística é a Tabla. É ali uma atração impressionante: uma caverna , onde entramos por um lado, e pelo outro, vemos as ondas do mar entrarem na cova.
De lá, geralmente os tours passam pela Playa Piskado, uma praia de pescadores onde dá para nadar com tartarugas! elas ficam soltas pelo mar e é só mergulhar para nadar com várias delas.
Dia 5 em Curaçao
O dia foi dedicado a escolher uma praia para ficar. Aluguei um carro e rodei pela ilha atrás das praias mais bonitas.
Sem enrolação: para mim, a praia mais linda de Curaçao é a Kenepa Beach, com uma cor azul fosforescente que nem uma piscina consegue ter.
Parece até que alguém colocou corante naquela água. É uma das praias mais buscadas, por isso cheguem o mais cedo possível. Foi assim que consegui nadar sozinha naquele mar inacreditável.
Depois, segui para a Kokomo Beach, uma praia com faixa de areia maior, daquelas ideais para ir com os amigos e ficar ali batendo papo. É disputado um balanço no meio do mar para tirar foto, mas com a maré alta não é fácil subir.
Dia 6 em Curaçao
Mais um dia para ficar de boa na praia. A minha escolhida foi a Cas Abao, praia ótima para fazer snorkel e para não pensar em nada.
A Cas Abao é uma praia privada (pois é, em Curaçao algumas praias são privadas), mas o preço é baixo e a estrutura é boa: custa cerca de US$ 3, mas tem bar, massagem, boias, cadeiras…(tudo à parte, claro).
Depois, fui até a Port Marie, outra praia linda, boa para snorkel e privada: custa US$ 3 para entrar e US$ 3 a cadeira.
Dia 7 em Curaçao
Dia de voltar para o Brasil e de já sentir saudade dos dias vividos em Curaçao.
*Viagem a convite do VisiteCuracao. O conteúdo do post é independente, baseado na opinião livre da repórter.
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