A rota panorâmica no trem Bernina Express, na Suíça, é uma das rotas mais bonitas da Europa. O trem atravessa os Alpes, passando sempre por geleiras, cascatas, bosques, picos nevados e lagos pelo caminho. São 55 túneis e 196 pontes e viadutos no trajeto de 122 km. E toda essa natureza totalmente integrada à linha do trem rendeu inclusive o título de Patrimônio Mundial da Unesco.
A rota do Bernina Express vai de Chur, na Suíça alemã, até Tirano na Itália ( ou o contrário: de Tirano a Chur). É uma viagem que sai da cidade mais antiga do país, onde as construções medievais e a culinária alemã é mais presente, e vai até a região onde a Suíça ganha cara de Itália. Onde o idioma já é o italiano, as massas já estão no cardápio e o pessoal fala sobre a vida nas praças. Mas o mais bonito é mesmo da janela do vagão panorâmico no trem Bernina Express. É impossível ficar sentado quieto no lugar e prepare-se para levantar sempre para fotografar de um lado e do outro.
São vários detalhes para fazer essa viagem e está tudo explicado aqui: quanto custa o Bernina Express, como reservar, quais são as melhores paradas do Bernina Express, como organizar a viagem… descubra tudo o que você precisa saber para fazer a viagem de trem no Bernina Express.
ROTA DO BERNINA EXPRESS E ROTA DOS TRENS NA SUÍÇA
Bernina Express: preço
O trajeto inteiro no trem Bernina Express, que vai de Chur a Tirano custa 66 francos suíços (que tem a cotação parecida com o euro) na segunda classe. Já na primeira classe o preço do Bernina Express é 113 francos suíços. Outra opção é fazer metade do caminho, de St Moritz a Tirano, por 33 francos suíços na segunda classe e 57 francos suíços na primeira classe. Você também tem a opção de parar em Poschiavo por 59 francos suíços, ou fazer a ida e volta no Bernina Express pelo dobro do preço. Atenção: além dessa passagem, ainda é preciso pagar a reserva do assento.
Mas, se você tiver o passe Swiss Travel Pass, que dá acesso a qualquer transporte à vontade na Suíça, está incluída a passagem, mas não a reserva do assento (isso também vale para o passe Eurail, que você pode comprar para viajar de trem à vontade na Europa). Ou seja, você não precisa pagar o preço da passagem que descrevi acima, mas deve pagar a reserva do assento.
Como reservar assento no Bernina Express
Para o trecho curto, entre St. Moritz e Tirano, a reserva do assento custa 28 francos suíços. No trecho longo, de Chur a Tirano ou de Tirano a Chur, o preço depende da época. Você pode fazer a reserva do assento para o Bernina Express neste link.
- Baixa temporada: 32 francos suíços
- Alta temporada (de 1 de maio a 31 de outubro): 36 francos suíços
DICA: O Bernina Express para em 25 cidadezinhas pelo caminho, mas só há um trem panorâmico por dia. Para parar, passear e continuar a rota você pode continuar em trens regionais que fazem o mesmo trajeto e rodam praticamente de hora em hora. A dica é fazer os trechos em trem local e escolher um trecho só para o vagão panorâmico no Bernina Express. Assim você não precisa pagar a reserva do assento em todos os trechos. Eu, por exemplo, peguei o vagão panorâmico só no trecho de Bergün a Poschiavo, mas dormi em quatro cidades.
Os trens locais fazem o mesmo trajeto do Bernina Express, com a diferença que não têm a janela de vidro do chão ao teto e não são preparados para o turismo como o vagão panorâmico. Isso quer dizer que eles não têm mesinhas com os mapas impressos, não são distribuídos lanchinhos e também não há audio explicando de cada lugar.
Mas a vantagem é que a janela pode ser aberta (o que permite fotos da paisagem sem o vidro) e também muda o preço. Caso você tenha o passe Swiss Travel Pass, os trens locais estão incluídos.
Roteiro no Bernina Express
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Swiss Travel Pass
O passe Swiss Travel Pass permite que você pegue qualquer trem, ônibus e barco à vontade na Suíça, e ainda inclui o Bernina Express (mas você deve pagar a reserva de assento). Você pode escolher a opção de 3, 4, 6, 8 ou 15 dias consecutivos, e vai receber um bilhete por email com um QR Code. Na Suíça, os trens não têm catracas. Em algum momento vai entrar um fiscal no trem para conferir os bilhetes, e é só mostrar o passe.
Além de pegar qualquer transporte, o Swiss Travel Pass dá mais benefícios, como:
- Entrada gratuita em 500 museus
- Excursões de montanha para Rigi, Stanserhorn e Stoos
- 50% de desconto em outras excursões de montanha
- Crianças menores de 6 anos acompanhadas de um titular do Swiss Travel Pass viajam gratuitamente
- Crianças de 6 a 16 anos, acompanhadas de um pai ou mãe com o bilhete Swiss Travel Pass viajam gratuitamente com o Swiss Family Card
- Jovens com menos de 25 anos podem usar o Swiss Travel Pass Youth, que dá 30% de desconto no Swiss Travel Pass
Se você tiver o Swiss Travel Pass também pode usar um serviço bem prático que eu usei e aprovei: você não precisa viajar com as malas, e assim fica mais fácil ir parando nas cidades do caminho: é só deixá-las no seu hotel que depois elas são entregues no seu próximo hotel. O serviço chama Lugagge Door-to-door e é um adicional do Swiss Travel Pass. Custa 43 francos suíços para ser entregue dois dias depois, e mais 30 francos suíços para ser entregue no mesmo dia.
Qual o melhor lado para sentar no Bernina Express
Os dois lados são bonitos, tanto que os passageiros não param quietos e ficam indo de um lado para o outro para fotografar. Mas se for contar a quantidade de vezes que precisamos estar em cada lado do Bernina Express, do lado direito (indo de Chur a Tirano) passam mais paisagens bonitas. Já no ônibus do Bernina Express para ir de Tirano a Lugano, é imprescindível ficar do lado esquerdo. É esse o lado que você vai ver o Lago di Como e o Lago de Lugano.
Quanto tempo leva o Bernina Express
Se você fizer a rota toda, de Chur a Tirano (ou de Tirano a Chur), sem descer do trem, a rota no Bernina Express leva de quatro horas a quatro horas e meia. A paisagem que passa pela janela é linda, mas recomendo parar nas cidadezinhas do caminho, como eu fiz. Nesse caso, fiz em quatro dias, dormindo em Chur, Bergün, Poschiavo e Lugano.
Durante o trajeto, o trem faz paradas rápidas para quem vai descer nas cidadezinhas, mas em uma delas é possível descer, dar uma volta e subir de novo no trem: é em Alp Grüm, o segundo ponto mais alto da ferrovia, a 2091 m de altitude. Ali a parada é de 20 minutos para todo mundo ver a vista das montanhas, o lago e a geleira: mas na minha vez de ver a vista, estava tudo coberto por neblina.
Qual é a melhor época para viajar no Bernina Express
Em todos os meses a Suíça é linda: no verão e na primavera você vai os bosques e as montanhas bem verdes, e no inverno as montanhas estão com bastante neve e branquinhas. Mas recomendo ir no outono, especialmente até o meio de outono, quando os bosques estão bem coloridos. É a combinação perfeita: as árvores coloridas com os picos nevados. Nessa época também os preços são mais baixos e não escurece tão cedo quanto a partir de novembro, já que no fim de outubro termina o horário de verão na Europa.
Dá para fazer o Bernina Express saindo de Milão em um dia?
Há um tour de um dia saindo de Milão e pegando o Bernina Express em Tirano. A viagem inclui passeio de barco no Lago di Como, parada de uma hora e meia em St Moritz para conhecer a cidade, e o trem Bernina Express de St Moritz até Tirano, seguido de um ônibus até Milão. Não é o ideal para realmente conhecer a Suíça, mas você vai ter uma boa amostra da viagem.
Sugestão de paradas na rota panorâmica no Bernina Express
Como o Bernina Express sai de Chur, cidade a só uma hora e 10 minutos de Zurique, recomendo dormir pelo menos uma noite em Chur. Assim, além de conhecer essa que é a cidade mais antiga da Suíça, você garante que pegará o trem. Aproveite também para fazer um tour por Zurique incluindo passeio de barco pelo lago.
Parada 1 – Chur: o que fazer
Só o trem comum de Zurique até Chur já é um belo passeio: por isso, tente fazer esse trajeto de dia para ver o caminho que passa pela beira de dois lagos azulados. Chur tem o importante título de ser a cidade mais antiga da Suíça, e embora pequena, a cidade é toda cercada pelas montanhas, o que deixa o cenário maravilhoso. Saia cedo e vá bater perna, conhecendo o centro histórico com ruazinhas estreitas e arquitetura medieval; a catedral gótica construída no século 12; a praça Arcas, a mais bonita da cidade, cheia de restaurantes e cafés em casinhas coloridas, e a biblioteca toda moderna de Chur.
Uma dica é reservar toda a manhã para Chur e à tarde visitar a cidade próxima: Flims. Leva só meia hora de ônibus e só o caminho até lá, sempre vendo as montanhas, já valeria o passeio.
Mas Flims já é aquela cidade tipicamente suíça, com um lago bem azul, e o vilarejo de 2500 habitantes em um vale de frente para uma montanha imponente, que está inclusive na fila para entrar na lista como Patrimônio Mundial da Unesco. No inverno, o lugar é estação de esqui, mas a paisagem rende visitas em qualquer época do ano.
Não deixe de fazer a pequena trilha até o lago Cauma, que tem água azul-turquesa e é todo rodeado por um bosque. Para terminar bem o dia você pode ir até o hotel Schweizerhof, um dos mais bonitos de todo o trajeto. O quatro estrelas tem mais de 100 anos, é super romântico e um hotel familiar, cuidado com esmero pela quarta geração da família.
O rooftop do hotel Schweizerhof é mais novo, foi inaugurado em 2017, e ali tanto hóspedes quanto não hóspedes podem tomar um drink. Apesar do bar e do restaurante estarem abertos a não-hóspedes, vale a pena passar uma noite no hotel para começar em grande estilo a viagem em uma das mais típicas paisagens suíças.
Onde ficar em Chur
Me hospedei no hotel histórico Stern, que é simplesmente de 1677! Os quartos são simples, mas o gostoso é que você vai se sentir em uma casinha de bonecas. Tudo é de madeira, como nos chalés alpinos, e o café da manhã é completíssimo. Também aproveite o restaurante, que tem uma decoração única da época, e serve um bom prato tradicional da região: a “Trilogia do cantão dos Grisões”, formado por batata frita com molho de maça e queijos das montanhas, repolho recheado com molho de queijos e massa com batata (€35 o prato pequeno, ou € 39, o prato grande). Consulte aqui o preço do hotel.
Organize a sua viagem:
Parada 2 – Filisur
Você não precisa dormir em Filisur, mas parar na cidade significa ver de vários ângulos um dos maiores símbolos da Suíça: o Landwasser Viaduct, que estampa sites, cartões-postais, capas de revistas e folhetos turísticos da Suíça. É um viaduto de pedras construído em 1901 e faz com que o trem passe sobre o vale e depois entre em um túnel pelas montanhas.
Você vai passar sobre ele na linha do Bernina Express, e se estiver do lado direito do trem no sentido de Chur a Tirano, vai ver o vale e depois o trem entrando pelas rochas. Mas se estiver em trem local pode descer em Filisur, e visitar o viaduto de vários jeitos.
Bem na frente da estação começa uma trilha de 15 minutos que leva até um mirante, de onde você tem a vista completa do viaduto. A volta é pela mesma trilha e já em frente à estação de novo você pode pegar o trenzinho Landwasser Express. Parece de brinquedo ou aqueles trenzinhos de criança em shoppings, e faz um passeio por todo o vilarejo até chegar nos pés do viaduto. Custa 15 francos suíços a ida e a volta.
Parada 3 – Bergün: o que fazer
Quando você chegar em Bergün vai se sentir em uma vila alpina de 800 anos atrás. É que ainda está lá a igreja dessa época e as casas, todas pintadas com afrescos nas paredes externas. Já na chegada a Bergün tenha espaço na memória do celular: é que a estação de trem é uma das mais bonitas do trajeto. Ela é toda rodeada por montanhas nevadas e, bem em frente, o bosque mais as montanhas vão fazer com que você se sinta dentro de um fundo de tela do computador.
Logo em frente à estação está o museu Albula Railway, que conta de maneira completíssima a história da Albula Line, uma das linhas ferroviárias da Suíça. Documentos, filmes, maquetes e simuladores estão espalhados para contar toda a história da importância dos trens para a Suíça.
Uma das áreas mais interessantes é o modelo da linha ferroviária em uma escala de 1:45, que mostra as casas, os terrenos, os vales, as montanhas e viadutos do caminho. Só assim dá para entender que o trem realmente se integra à natureza e não apenas passa por ela: são muitas as curvas que contornam as montanhas e muitos os túneis atravessados para vencer os tantos vales e montanhas do caminho. Um trem passa por essa maquete toda tarde para mostrar na escala todo o trajeto.
Onde ficar em Bergün
Me hospedei em um hotel histórico com uma história das mais interessantes: o Kurhaus Bergün, que está a só 15 minutos a pé da estação de trem. A vista é de hotel de cinco estrelas, e o mais incrível do Kurhaus é que apesar disso, o hotel não tem estrelas. Ele é simples, com estrutura de cinco estrelas, preço econômico para a Suíça, e permite acordar com um dos melhores visuais da viagem: de frente para as montanhas cobertas de árvores e com os picos nevados.
O Kurhaus faz parte do grupo de Hotéis Históricos da Suíça e é a prova de que para fazer parte não é preciso ter luxo: basta estar no critério de ter sido construído há pelo menos 30 anos e, ainda mais importante, ser autêntico. O Kurhaus foi inaugurado em estilo Art Nouveau em 1906, logo depois de chegar a linha do trem em 1903, porque esperava-se um boom no turismo. O Kurhaus era como um pequeno castelo na pequena vila de Bergün.
No entanto, a ideia de ser uma parada no trajeto não deu certo: o trem era tão confortável que o pessoal passava reto por Bergün. Depois, veio a Primeira Guerra, a Crise de 29, a Segunda Guerra… e o Kurhaus nunca teve o sucesso previsto.
Depois de várias crises, hoje é administrado por 675 famílias de shareholders que mantêm o clima familiar e a atmosfera de antigamente. O Kurhaus tem quartos compartilhados , quartos com banheiros compartilhados e quartos com banheiro (ainda que o banheiro tenha sido adicionado depois). Tem realmente estrutura de grande hotel, com vários salões, cinema e um ótimo spa com jacuzzi externa e sauna. O café da manhã é um espetáculo, com diversas opções, especialmente de queijos suíços. É uma atmosfera bem antiga, mas com um visual fenomenal. Consulte o preço aqui.
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Parada 4 – Poschiavo: O que fazer
Desembarcar em Poschiavo no trem Bernina Express é quase como desembarcar em um novo país, só que ainda na Suíça: as pessoas passam a se cumprimentar com buongiorno, falam sobre a vida quando se esbarram na praça, têm outro tipo físico e a comida já é a italiana. Faz sentido: Poschiavo está a só 15 km da Itália.
A cidade é pequena: tem só 3.500 habitantes, e, assim como na cultura, a arquitetura também é bem diferente da que se contra no norte do país, na Suíça alemã. Os casarões são especialmente palácios de residentes locais que fizeram fortuna no exterior, especialmente com café na Espanha.
Entre um palacete e outro, e uma igreja e outra, Poschiavo é mais uma cidade toda cercada pelas montanhas, o que deixa mais essa cidade suíça com todo o jeito de uma pintura. As montanhas estão sempre ali no horizonte enfeitando o cenário. No verão, o lago azulado de Poschiavo é mais uma atração, e aonde o pessoal vai fazer atividades aquáticas.
Não deixe de ver:
- A Spaniolenviertel: quarteirão dos casarões de moradores que fizeram dinheiro na Espanha
- A Casa Tomé: é a casa mais antiga de Poschiavo e é quase obrigatório entrar para ver a moradia de 1350. Pertenceu a uma mesma família até 1990 quando as irmãs donas da casa decidiram doá-la à cidade. Estão lá ainda as roupas das duas, o quarto intacto e os utensílios de cozinha. A estrutura foi mantida tal como era na Idade Média, então é a chance de ver, por exemplo, a cozinha de teto baixo e os cômodos de pedras.
- Museo Poschiavino: o antigo palácio se transformou em museu e mostra como as famílias da aristocracia viviam no século 19
- Ossario e Chiesa di Sant Anna: o oratório é um pouco mórbido, com 675 crânios na entrada. Mas procure-o no mapa porque, contraditoriamete, é da frente dele uma das vistas mais bonitas de Poschiavo
- Dica de restaurante em Poschiavo: o Ristorante Motrice. É simples e descontraído, e o menu é bem italiano, com massas, salames e afogatto de sobremesa. As massas saem na média € 15.
Onde ficar em Poschiavo
O hotel em Poschiavo em que fiquei é mais um hotel histórico da Suíça: o Albrici, primeiro hotel de Poschiavo. Não tem localização melhor. Fica bem na praça principal e está em uma casa de 1684 (aberta como hotel em 1848). Você vai sair do quarto e dar de cara com os Alpes Suícos, tomar café da manhã vendo a porta por onde passavam as carruagens e ouvir da cama mesmo os sinos da igreja ali na praça principal.
O restaurante é disputado na cidade, mas a Sala Delle Sibille, que pode ser reservada para um jantar romântico, parece montada para ter um momento inesquecível: de madeira e decorada com quadros referentes à mitologia grega, já recebeu príncipes, poetas e outros visitantes importantes.
Em Poschiavo, 94% do que é servido vem de produção orgânica, e existe um projeto para transformar em 100%. Nessa toada, o café da manhã no hotel Albrici é todo com produção local e orgânica, a exemplo dos ovos, bolos, pães e geleias. Consulte o preço aqui.
Organize a sua viagem:
Ônibus de Tirano a Lugano (ou de Lugano a Tirano)
Caso você vá de Chur a Tirano, na Itália, a viagem de trem termina ali. Mas você pode estender a viagem até Lugano, pegando um ônibus do próprio Bernina Express (atenção: ele não roda no inverno). Como eu tinha parado em Poschiavo e pegado um trem comum até Tirano, tive muitas horas para almoçar com calma em um restaurante italiano delicioso de Tirano, o Merizzi. Para a entrada, por exemplo, pedi tentáculos de polvo crocante na batata com confit de tomate (€25), e como prato principal, ravioli de abóboras com trufas e funghi (€14).
A vantagem de parar para almoçar com calma em Tirano é que, por ser na Itália, os preços são mais em conta que na Suíça e você come muito bem por um preço mais baixo. Caso você vá de trem direto a Tirano, tem uma hora entre a chegada do trem e a partida do ônibus. Os restaurantes ficam na praça bem perto da estação, mas ainda assim você terá que comer com uma certa pressa.
Os ônibus saem em frente à estação de trem (é só atravessar o túnel), e leva três horas de Tirano a Lugano (incluindo uma paradinha em um posto de estrada). A estrada não é tão bonita quanto a vista dos trens suíços, e a viagem é um pouco cansativa, mas o pedaço dos lagos acaba compensando. Depois, você pode se hospedar em Lugano como eu fiz, e conhecer a cidade com jeito de italiana que é uma graça.
Parada 5 – Lugano: O que fazer
Lugano é daquelas cidades que se não falassem que tem só 65 mil habitantes, daria para achar fácil que ela é lugar de 500.000 pessoas. Depois de tantas cidadezinhas de montanha, chegar em Lugano é rever o movimento, com ônibus, prédios, carros e avenidas. Em certos pontos, com edifícios baixinhos e ruas que terminam em morros, Lugano tem até um quê de Rio de Janeiro.
O que fazer em Lugano:
- Piazza della Riforma: a praça de prédios coloridos em estilo italiano é a praça principal da cidade, e cheia de restaurantes e bares.
- Catedrale di San Lorenzo: é a catedral que enfeita o panorama a partir da estação de trem
- Funicular de Lugano: ele une o centro histórico com o lago e chega até a estação de trem
- Orla do Lago Lugano: caminhar pela orla é uma boa forma de coroar as férias. O lago é cercado pelas montanhas formando mais uma vista maravilhosa na Suíça
- Lac: Lugano Arte e Cultura: perto do lago, esse é um imenso centro de arte e cultura, que apresenta em cinco andares, obras de arte moderna e arte cantonal. Ainda estão no completo um teatro moderno e uma sala de concertos para 1000 pessoas
Onde ficar em Lugano
Em Lugano, me hospedei em um hotel lindo, mas um pouco afastado da cidade: o Villa Carona, que está a meia hora do centro de Lugano. É um hotel histórico de só 18 quartos, em um belo casarão de 1719 que era lugar de veraneio de italianos que costumavam fugir do calor de Milão para a região. É perfeito para descansar, já que a casa é cercada de um bom jardim, piscina e jacuzzi.
Os quartos são bem aconchegantes e o café da manhã é farto com tudo o que se tem direito. E a região de Carona também rende um passeio: era cidade independente e reduto de artistas, e só há 20 anos é que se tornou parte de Lugano. O centrinho tem ruelas estreitas e românticas, casas decoradas com afrescos, construções de pedras e uma boa vista para a cidade.
O Villa Carona é bem romântico e uma boa ideia para ficar a dois, curtindo o fim da viagem sem pressa. Já se você quiser ir de um ponto turístico para outro, recomendo se hospedar mais perto do centro de Lugano. Consulte o preço aqui.
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Não esqueça o seguro-viagem
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Vá com chip de celular para a Suíça
Na Suíça não é todo lugar que tem wi-fi aberto. Você não terá wi-fi nos trens e, mesmo no aeroporto, é preciso encontrar uma máquina para imprimir um tíquete de acesso ao wi-fi. Por isso, é imprescindível já chegar na Suíça com chip de celular. Recomendo o chip da O Meu Chip, que é o que eu uso e funciona muito bem. E com o cupom PORTADEEMBARQUE você ganha 15% de desconto.
*Viagem a convite do My Switzerland, o órgão de turismo da Suíça. O conteúdo do post é independente, baseado na livre opinião da autora.
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